01x06 Amizades

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Era dia primeiro de Setembro; durante todo o mês de Agosto Peter e May havia feito o impossível para que tudo estivesse perfeito para o primeiro dia; toda a burocracia referente a Peter não ser filho de May, todos os formulários de regras que tiveram de ler e assinar, as compras dos livros e materiais escolares, até mesmo as medidas de braço, cintura, quadril, etc para o uniforme sob medida que a escola encomendava, e que agora o mesmo vestia.
Os sapatos luxuosos eram muito distantes de seus gastos tênis vermelhos, a calça de sarja cinzenta, a camisa branca, o suéter vermelho e por fim a jaqueta azul complementavam seu uniforme que basicamente deveria custar mais caro do que todas as roupas juntas que havia usado em toda a sua vida. May havia insistido que o mesmo tomasse um banho de manhã para não chegar todo suado no primeiro dia de aula, é claro que estava sendo inútil naquele momento, já que o menino suava baldes de nervosismo por debaixo da roupa;
— Pegou sua escova de dentes? – pergunta sua tia enquanto a mesma arrumava a gola de sua camisa que saia pra fora do suéter

— Peguei!

— Carregador de celular caso acabe a bateria?

— Peguei!

— E o...- a tia começa a dizer

— May! – o sobrinho a interrompe, se divertindo com a preocupação da tia, mesmo estando com um pouquinho de saco cheio – eu peguei tudo que preciso, hoje é só orientação, não preciso levar muitas coisas, mais tarde receberemos os horários e você pode me relembrar de toda a lista pelo resto do ano letivo ok?

— Ok...- ela diz cabisbaixa e um pouco envergonhada, Peter sabia que ela queria que tudo fosse perfeito, o sonho agora de ser o herói número um não era só dele

— Obrigado por tudo tia May...- ele diz se aproximando da mesma e a puxando para um abraço apertado, sentindo seu cheiro de café e álcool em gel; a mesma tendo voltado a trabalhar de assistente de enfermagem no Hospital Presbiteriano do Queens – eu te amo...

— Eu também te amo querido...- ela diz logo soltando o sobrinho – boa sorte!

— Obrigado – ele diz colocando a mochila amarela nas costas e saindo da casa





Depois da viagem de quase uma hora de ônibus até o prédio da M.A, que se localizava ao lado do Washington Square Park, Peter se vê em cima da hora para a primeira aula as 8:00. Ele então rapidamente se põe a correr no meio dos corredores vazios daquele enorme lugar, tendo visto o mapa do prédio na entrada, ele força sua memória para achar o caminho certo para a sala do primeiro ano “A”; felizmente chegando até o corredor em que as duas salas do primeiro ano do curso de heróis se encontravam, percebendo apenas no momento um fato interessante;

— Essa porta é gigantesca...- disse o pobre menino se sentindo intimidado pela porta de madeira de mais de três metros de altura, mas rapidamente se concentrando na tarefa do momento, estendendo a mão até a maçaneta e puxando a porta, só pra descobrir que ela não se movia – Ah não! Será que já estou tão atrasado? Perdi a primeira aula? Ficarei para fora? Será que já estão contando presença? O que isso significa para minha carreira acadêmica...

— Você sabe que a porta é de correr certo? – o menino ouve uma voz a sua esquerda e se vira, encontrando duas pessoas;
Peter se impressiona ao reconhecer o loiro que o impedira de conversar com Wanda, agora sabendo o nome dela, antes do exame se encontrava ali, com um sorriso singelo no rosto e a mesma aura de serenidade e calma. Mas ele não estava sozinho, ao lado do loiro havia uma garota, bem menor que o mesmo e até que Peter, era igualmente loira, com os cabelos próximos dos ombros e as pontas em um tom rosa, havendo um degrade, tinha a pele clara e olhos azuis celestes, era bem magra e vestia uma versão feminina do uniforme dos garotos, apenas substituindo a calça por uma saia preta que ia até o meio das coxas e uma meia calça igualmente preta, a mesma olhava o outro loiro de forma divertida
— Você só diz isso por que onde você vive as portas são todas de correr – a garota diz cruzando os braços e levantando uma sobrancelha para o amigo – acha que eu não te vi fazendo a mesma coisa na porta do banheiro, que é de abrir pra frente, Sr. Monge? – ela diz divertida e arrancando um sorriso envergonhado do menino

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