Sentimento como você nunca viu

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"Como as pessoas sentem, geralmente, é tão importante quanto elas fazem."

Skinner, 1989.


O sentimento e emoção muitas vezes é visto como produto da mente, espontâneo e impossível de manipular, mas o sentimento pode ser apresentado de diversas formas e uma delas quando descreve algum sentimento de que estamos passando é porque aprendemos a nomear ou o que está acontecendo. Você pode ler isso e até pensar "poxa, isso é óbvio!", Mas calma lá, como vamos ensinar a nomear algo que nós não temos acesso? E como você saberia se eu poderia chamar corretamente a barriga de "dor de barriga" e a fome de "fome" e não o contrário?

Quando vamos identificar o que a criança está sentindo e usar o nome, usar algo que pode ser possível (carona que normalmente associa ao sono, se os lábios ficam secos quando você toma sem água, se contorcer e ficar agitado quando usar o banheiro, etc) .), aspectos anteriores como fazer o período prolongado que faz com que crianças usem o banheiro, bebam água, se alimentam, se ela já estava falida daquilo que sentia antes e qual era a ocorrência, entre outros aspectos; saber isso, observe se é possível que as pessoas chame ou usem normalmente "vergonha" de "medo", "raiva" de "tristeza" ou "alegria" de "amor", uma vez que seja bem difícil usar outros chamar por esse nome, uma vez que apenas a própria pessoa tem acesso a esses eventos.

Para entender o que estamos sentindo, é necessário perceber o que no ambiente alterou o comportamento da pessoa, assim, duas pessoas podem sentir o que denominamos "medo" e uma sair correndo e gritando e outra pode ficar pálida e paralisada. Muitas vezes quando alguém inicia a fazer terapia, o psicólogo tem que auxiliar ela a denominar o que ela sente, porque muitas vezes ela não foi ensinada a nomear aquele sentimento. Uma criança pode sentir ansiedade e descrever o que ela sente como "dor de barriga", "passando mal", "borboleta na barriga", "com frio" (muitas vezes ela começa a tremer e ela associa tremer=frio), etc.

Pode-se entende sentimento como sendo dois comportamentos que ocorrem ao mesmo tempo: um biológico/inato (taquicardia, suar, tremer, ficar pálido, etc.) e um aprendido (correr, paralisar, esconder, querer ir embora, enrolar, etc.), e ambos ocorrem ao mesmo tempo e o comportamento biológico/inato pode ser modelado ao decorre da vida da pessoa, então o que no começo não causava taquicardia pode associar com algo que cause e, assim, começar a falar. Um exemplo é a ansiedade/medo de falar em público, quando criança geralmente não tem essa vergonha pois fazendo isso recebe atenção social e afeto, porém na adolescência já começa a "punir" tirando ponto quando não há uma oratória ou explicação que o professor julgue boa, assim, inicia-se a ansiedade/medo de apresentação na frente de um grande número de pessoa, pois haverá o julgamento social sobre a forma que você se porta da frente de todos e a maneira que você explica seu raciocínio.

Agora será falado de como podemos entender alguns sentimentos como: alegria, tristeza, raiva, frustração.

A alegria comumente ocorre quando estamos em contato com algo que em uma situação passada foi recompensadora ou prazerosa, por isso sentimos alegria quando conversamos com aquele amigo bem humorado que gosta de contar piada, pois conversar com ele em uma situação passada fez a gente rir e ter boas histórias; uma pessoa pode ficar feliz quando encontra um livro de um autor que ela adora, pois em uma situação passada ler as histórias desse autor foi prazerosa. Esses dois exemplos mostram que uma resposta biológica/inata ocorreu por associação e alguns comportamentos de haverão maior possibilidade de ocorrer devida a situação prazerosa e recompensadora.

Tristeza geralmente acontece quando algo que era prazeroso ou recompensador para de existir ou não é mais agradável, assim, a criança que quebra o brinquedo preferido fica triste por não poder mais brincar ou quando uma pessoa termina seu relacionamento causa tristeza, pois por mais que a relação possa trazer sofrimento, muitas vezes ela trazia prazer ou possibilitava ter acesso em algo prazeroso que dificilmente pode ocorrer sem a relação.

A raiva ocorre quando ocorre algo muito desprazeroso ou somos impedidos de ter contato com algo prazeroso, comumente é feito por outra pessoa; um exemplo é quando um adolescente pede para ir em uma festa e seus pais não deixam, assim o adolescente pode estar sentido raiva.

Frustração pode ser considerado um caso especial de raiva, onde um comportamento que sempre causa prazer ou é recompensado deixa de ser; um exemplo é o que ocorre com uma pessoa que sempre ganha muitos presentes no aniversário, quando recebe poucos ou não recebe pode se sentir frustrada.

Veja mais informações em: HUBNER, M. M.; SILVARES, E. F.; ASSUMPÇÃO JUNIOR, F. B.; PRISZKULNIK, L.; MOREIRA, M. B. Temas clássicos da psicologia sob a ótica da análise do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

Aventuras de Psicologia, a Ciência do ComportamentoWhere stories live. Discover now