In Memorian

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In Memorian — leu Frank. Todos ali sabiam que aquele capítulo seria dedicado ao professor Dumbledore, que haviam descoberto por meio das leituras que ele morreria no final do último livro.

Harry estava sangrando...

— Era só o que me faltava, quando vamos começar a ler um capítulo onde Harry esteja bem? — perguntou Sirius interrompendo Frank.

— Descobriremos se você deixar o Longbottom ler, Black. — respondeu Snape com raiva daquela interferência, pois sabia que aquilo se tornaria uma coisa frequente.

Frank voltou a ler antes que Sirius respondesse.

Harry estava sangrando, segurando firmemente sua mão direita com a esquerda, ofegante, ele abriu a porta de seu quarto com um encontrão. Houve um barulho de louça se quebrando; Ele tropeçou numa xícara de chá fria que esteve parada no chão do lado de fora da porta de seu quarto.

- Que m...?

Ele olhou à sua volta, o número quatro da Rua dos Alfeneiros estava deserto. Provavelmente a xícara de chá era a idéia de Duda de uma armadilha inteligente. Mantendo a sua mão que sangrava elevada, Harry juntou os pedaços de xícara quebrada com a outra mão e os lançou no lixo já cheio que havia dentro de seu quarto. Então ele foi à direção ao banheiro e colocou seu dedo na torneira. Era estúpido, irritante além do que se pode imaginar que ele ainda teria quatro dias em que teria problemas para lançar magias... Mas ele tinha que admitir que esse corte profundo em seu dedo teria o derrotado. Ele nunca havia aprendido como curar ferimentos, e agora que pensava nisso - particularmente tendo em vista seus planos imediatos - isso parecia ser uma séria falha em sua educação mágica. Fez uma nota mental para perguntar à Hermione como se fazia, ele usou um grande chumaço de papel higiênico para absorver o máximo de chá que ele conseguiu, antes de retornar ao seu quarto e bater a porta atrás dele. Harry havia passado a manhã na tarefa de esvaziar seu baú da escola pela primeira vez desde que ele tinha o arrumado seis anos antes, entre os anos anteriores, ele apenas havia remexido no topo de seus pertences e substituído ou melhorado eles, deixando uma camada de coisas sem utilidade no fundo - penas velhas, olhos dissecados de besouros, e meias sem par que não mais o serviam. Minutos antes, harry havia mergulhado sua mão nessas coisas, sentiu uma dor lancinante no dedo anelar de sua mão direita, e ao retirá-lo viu que estava sangrando muito.

A pergunta que todos faziam era por que o Harry estava tirando as coisas de seu malão? Não iria voltar para Hogwarts?

Agora ele prosseguia com mais cuidado, ajoelhando-se ao lado do baú novamente, apalpou o fundo, achando um velho broche que trocava a frase que mostrava, ora dizendo APÓIE CECDRICO DIGGORY, ora dizendo POTTER FEDE, um velho que quebrado Bisbilhoscópio, e um medalhão dourado dentro do qual um bilhete assinado por R.A.B esteve escondido, ele finalmente descobriu o objeto pontudo que produziu o dano. Ele reconheceu-o como um pedaço de 5 centímetros do espelho encantado que o seu padrinho morto, Sirius, havia dado para ele. Harry colocou-o de lado e cuidadosamente vasculhou o baú a procura do resto, mas nada mais restava do último presente de seu padrinho, exceto vidro em pó que se agarravam firmemente às camadas mais profundas como uma areia brilhante. 

Ler sobre a morte de seu melhor amigo havia afetado muito o almofadinhas. Saber que que ficaria 12 anos em Azkaban por causa de um raro traidor o irritava muito, mas saber que não consegui o dar uma vida melhor ao seu afilhado, Harry, o destruía por dentro. Sabia que estava lendo os livros para mudar o futuro, mas toda vez que era mencionado, ele não conseguiria parar de pensar que passou mais tempo em Azkaban do que com os seus verdadeiros amigos. Esse pensamento era um dos principais motivos para mudar a realidade.

Reescrevendo o futuro {hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora