Xenofílio Lovegood

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Xenofílio Lovegood — falou Snape após pegar o livro de Frank.

— Será que vamos descobrir o que era aquele símbolo que ele usou no casamento de Gui e Fleur? — perguntou Alice. Todos ficaram pensando o mesmo que a garota, mas não viam como o trio poderia descobrir o real significado sem revelar a sua localização.

James estava louco para descobrir o que aquele símbolo significava. Se lembrava de seu pai falando alguma coisa a respeito, porém não se lembrava direito da conversa.

Harry não esperava que a ira de Hermione se abrandasse da noite para o dia, portanto não se surpreendeu que ela se comunicasse principalmente por olhares indignados e silêncios contundentes na manhã seguinte. Rony reagiu mantendo um comportamento anormalmente sério na presença dela, como um sinal externo de seu continuado remorso. De fato, quando os três estavam juntos, Harry se sentia como o único não enlutado em um enterro com poucos acompanhantes. Nos raros momentos que passava sozinho com Harry (apanhando água e procurando cogumelos no mato rasteiro), no entanto, Rony se mostrava descaradamente alegre.

— Alguém nos ajudou — ele não parava de dizer. — Alguém mandou aquela corça. Alguém está do nosso lado. Uma Horcrux a menos, colega!

Estimulados pela destruição do medalhão, eles começaram a debater a possível localização das demais Horcruxes, e, embora tivessem discutido o assunto tantas vezes anteriormente, Harry se sentia otimista, certo de que outros avanços se seguiriam ao primeiro. O mau humor de Hermione não conseguia estragar o seu alto astral: a súbita virada em sua sorte, a aparição da misteriosa corça, a recuperação da espada de Gryffindor e, principalmente, o retorno de Rony faziam Harry tão feliz que era até difícil ficar de cara séria.

No final da tarde, ele e Rony fugiram mais uma vez da presença negativa de Hermione e, a pretexto de procurar amoras silvestres nos espinheiros desfolhados, continuaram a interminável troca de notícias. Harry conseguira finalmente contar ao amigo as várias viagens que ele e Hermione tinham feito até a história completa do que acontecera em Godric's Hollow; agora Rony estava pondo Harry ao corrente de tudo que descobrira sobre um mundo bruxo mais amplo nas semanas que estivera fora.

— ... e como foi que você descobriu a respeito do Tabu? — perguntou a Harry, depois de explicar as numerosas e desesperadas tentativas de nascidos trouxas para fugir do Ministério.

— O quê?

— Você e Hermione pararam de dizer o nome de Você-Sabe-Quem!

— Ah, sim. Foi um mau hábito que adquirimos — respondeu Harry. — Mas não tenho problema em chamá-lo de V..

— NÃO! — berrou Rony, fazendo Harry pular para dentro das amoreiras e Hermione (de nariz enterrado em um livro à entrada da barraca) olhar feio para os dois. — Desculpe — disse Rony, puxando Harry para fora dos galhos espinhosos —, mas o nome foi azarado, Harry, é assim que eles rastreiam as pessoas! Usar o nome dele rompe os feitiços de proteção, provoca uma espécie de perturbação mágica... foi como nos encontraram na Tottenham Court!

— Era só o que faltava — comentou Sirius — O nome virou tabu.

— Vocês acham que o nome também pode virar tabu nessa primeira guerra? — perguntou Lily preocupada.

— Não acho que isso possa acontecer — respondeu James — Não acho que Voldemort tem tanto poder assim na nossa época, apesar dele possuir as horcruxs.

— Porque usamos o nome dele?

— Exatamente! Você tem que dar a eles o merecido crédito, faz sentido. Somente as pessoas que se opunham seriamente a ele, como Dumbledore, é que se atreviam a usar o nome de Você-Sabe-Quem. Agora que impuseram um Tabu ao nome, qualquer pessoa que o diga é rastreável: um modo rápido e fácil de encontrar membros da Ordem. Quase apanharam o Kingsley...

Reescrevendo o futuro {hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora