A mansão dos Malfoy

1.2K 95 46
                                    

Não demorou nem um segundo e Sirius já estava com o livro em suas mãos pronto para ler o próximo capítulo.

A mansão dos Malfoy

Harry olhou para os outros dois, agora meros contornos no escuro. Viu Hermione apontar a varinha, não para fora, mas para o rosto dele; ouviu-se um estampido, uma explosão de luz branca e ele se dobrou de dor, incapaz de enxergar. Com as mãos, sentiu seu rosto inchar rapidamente, enquanto passos pesados o cercavam.

"Agradecemos Hermione e os seus pensamentos rápidos" pensava Sirius.

— Levante-se, verme.

Mãos desconhecidas ergueram Harry do chão com violência. Antes que pudesse impedir, alguém revistou os seus bolsos e tirou a varinha de ameixeira-brava. Harry segurou o rosto que doía cruciantemente, e seus dedos não o reconheceram, tenso, inflamado, balofo como se tivesse sofrido uma violenta reação alérgica. Seus olhos estavam reduzidos a fendas, pelas quais mal conseguia enxergar; seus óculos caíram quando ele foi carregado para fora da barraca; conseguia apenas divisar as formas de quatro ou cinco pessoas lutando com Rony e Hermione, também no exterior.

— Larga... ela! — berrou Rony. Ouviu-se o som inconfundível de punhos socando carne: Rony grunhiu de dor, e Hermione gritou:

— Não! Deixe ele em paz, deixe ele em paz!

— O seu namorado vai receber tratamento pior que isso, se estiver na minha lista — disse a voz rascante, horrivelmente familiar. — Garota deliciosa... um petisco... adoro pele macia...

— Greyback — falou Remus rangendo os dentes. Todos se assustaram, no começo, com a voz carregada de raiva do amigo, mas, depois de entenderem a situação, compartilhavam o mesmo sentimento.

O estômago de Harry revirou. Sabia quem era aquele: Lobo Greyback, o lobisomem que tinha permissão de usar trajes de Comensal da Morte em troca de sua selvageria de aluguel.

— Revistem a barraca! — ordenou outra voz.

Harry foi atirado no chão, de cara para baixo. Um baque lhe informou que Rony fora jogado ao seu lado. Eles ouviam passos e trancos; os homens empurravam poltronas, revistando a barraca.

— Agora, vejamos quem temos aqui — disse Greyback, do alto, em tom de triunfo, e Harry foi virado sobre as costas. A luz da varinha incidiu sobre o seu rosto, e Greyback riu.

— Vou precisar de uma cerveja amanteigada para engolir esse. Que aconteceu com você, feioso?

Harry não respondeu imediatamente

— Eu perguntei — repetiu Greyback, e Harry recebeu um soco no diafragma que o fez dobrar de dor — que aconteceu com você?

— Mordido — murmurou Harry — Fui mordido.

— É, parece que foi — disse uma segunda voz.

— Qual é o seu nome? — rosnou Greyback.

— Dudley.

— E o seu primeiro nome?

— Eu... Válter. Válter Dudley.

— Claro, porque falar o nome do tio trouxa é o melhor que se pode fazer — falou Snape sarcástico.

— Bom, é melhor do que admitir que é o próprio Harry Potter — comentou Frank tentando evitar uma possível briga entre os marotos e Snape.

— Verifique na lista, Scabior — ordenou Greyback, e Harry o ouviu dar uns passos para o lado para olhar Rony. — E você, Ruço?

— Lalau Shunpike — disse Rony.

Reescrevendo o futuro {hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora