Capítulo 18

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11:30, Coreia do Norte e eu ainda estávamos na praça, caminhando agora pela trilha do local conversando fatos aleatórios, o céu já estava azul e o sol batia forte no solo também fazendo a água do lago brilhar cristalizado a cada movimento.

C. Do Norte: Você vai voltar pra escola amanhã vai?

Brasil: Se o Rússia não me interrogar logo na entrada.

C. Do Norte: Não se preocupe com isso, ele manca o valentão, mas é só um pobre garotão com problemas com o pai.

Brasil: ...Ele me falou sobre isso...

Continuamos seguindo a trilha em silêncio, até o Norte coreano dizer algo.

C. Do Norte: Vai ver ele só haje assim com você por que é inseguro.

Brasil: Dúvido!

C. Do Norte: Hum, ele já te machucou? Qualquer momento?

Parando pra pensar, acho que Rússia nunca me machucou, desde o nosso primeiro encontro na casa de seu pai pela festinha da Ucrânia até agora, ele apenas me ameaçou e eu fui idiota de ficar com medo disso.

Brasil: Não... Nenhuma vez...

O Norte coreano franziu o cenho afirmando certeza e razão.

Brasil: Mas eu já dei um chutezinho no saco dele... Sabe?

C. Do Norte: Nossa! E é dele que você tá com medo!?

Brasil: Foi instinto, eu pensava que ele ia me fazer algum mal, sabe? Foi na primeira vez que nos conhecemos!

C. Do Norte: Só você mesmo pra pensar em fazer umas coisas dessas. Se fosse eu, me afastaria de você.

Brasil: Que nada, você nunca pensaria em me pegar como ele fez.

C. Do Norte: O que? Como assim?

Brasil: É que ele me jogou na cama e ficou sobre mim quando chutei o amiguinho dele...

C. Do Norte: Eehh, eu nunca pensaria em fazer isso...

Percebo um tom diferente na fala de Coreia do Norte e me viro para o mesmo e vejo que ele estava vermelho, provavelmente envergonhado ou sem jeito.

Brasil: Aahh, me desculpe se pegou um tanto quanto sensual ou até malicioso no seu ponto de vista!

C. Do Norte: Não, tudo bem, eu te conheço bem, já sei que você é bastante sincera.

Continuamos caminhando em silêncio, é um pouco tenso andar ao lado do Coreia do Norte, ele não é uma das pessoas mais boas que existe no mundo mas, também está sendo uma surpresa o mesmo estar sendo tão compriensivo comigo, é até estranho.

Brasil: Obrigada Norte, já estou me sentindo bem melhor, acho que já posso voltar pra casa.

C. Do Norte: Ah, tudo bem. Se quiser eu posso te levar...

Brasil: Ah não precisa, você já ficou comigo até eu me sentir melhor, não quero que se esforce.

C. Do Norte: Se esforçar com o que? Até agora nós só andamos e conversamos.

Reviro um pouco os olhos pensando um pouco no assunto, ele já tinha me ajudado bastante até aqui me fazendo companhia, talvez ficar com ele só mais um pouquinho não faz mal.

Brasil: Hmm, tá bom...

Ele assentiu com a cabeça e demos meia volta indo a caminho a saída da praça. Após sairmos, fomos em direção a minha casa, não era tão longe assim então não demorou muito.

Caminhos Traçados - Brasil X Rússia (CountryHumans)🗺Onde histórias criam vida. Descubra agora