Capitulo 12 - Ataque inesperado

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POV JASON

Estou deitado em meu saco de dormir cercado por vários guerreiros dormindo serenamente na caverna em meio aos Cânions. Não consigo pregar os olhos sabendo que ela está sozinha.

Pare de ser tolo Jason, ela é uma guerreira Draunthz e agora tem um pássaro de fogo para protegê-la!

Ouço o som de um trovão e vejo um clarão em seguida. Ótimo, mas isso não é o suficiente para me acalmar. Sinto que tem algo errado, meu instinto diz que devo protegê-la e mais cedo falhei em convence-la a ficar junto com os outros.

Levanto desviando dos Draunthz que estão deitados, vou até a entrada da caverna. Olho para fora, a chuva cai em grande volume. Provavelmente teremos que ficar mais um dia aqui.

De repente vejo movimentos entre as sombras, ouço um barulho que parece ser de uma luta. Amarílis! Meu coração acelera, minha mente Draunthtz calcula o que poderia ter a atacado, se eu for até lá não conseguirei acordar os guerreiros. Observo as paredes rochosas a procura de algum movimento, estreito os olhos quando vejo vários pontinhos vermelhos vindo em nossa direção e um uivo alto.

- Caniniums! - Grito. - Guerreiros, acordem peguem suas armas e se preparem, tem um grupo de Caninium vindo em nossa direção.

Vejo Amarílis, mancando vindo para cá, ela deve ter sido mordida. Corro até ela.

- Jason. São muitos. Eles. Eles me pegaram de surpresa. - Diz ofegante. - Um deles me mordeu. - Pego ela no colo, para levá-la junto a tropa. - O que está fazendo? Me põe no chão posso ir sozinha! - Fala tentando descer dos meus braços.

- Fica quieta Amarílis, se não tivesse sido tão teimosa, não estaria machucada. Consegue lutar? - Pergunto meio preocupado.

- Claro que consigo, foi só um arranhão. - Diz. Ficando de pé, para mostrar que está bem. Não confio no que ela diz, tento ver o machucado, mas sua bota está cobrindo grande parte.

Chegamos encharcados na caverna, Leea vem correndo até ela saber o que aconteceu.

- Estou bem Le, só que eles vão sentir o cheiro do meu sangue em vão vir na minha direção. Jason, Raárah não vai poder ajudar a chuva está muito forte lá fora, ela não consegue sair da caverna, mas Caniniums queimam com facilidade. - Diz. Eu assinto entendendo o que ela quis dizer.

- Fryns, Anturw, Mark, Lyham, Terrenks ao meu sinal, vocês vêm comigo. - Digo começando a organizar um plano. - O restante da tropa, matem todos eles!

Caniniums são cães que andam sobre duas pernas, garras e grandes presas, sua mordida é extremamente dolorosa. Milhares deles se aproximam e assim como Amarílis falou, eles se aproximaram foram diretamente em direção a ela. Pego minha espada, vejo ela pegando o arco e flecha distribuindo flechas por todo lado.

- Amarílis, se prepara para correr. - Digo, cortando o braço de um Caninium que tentou me arranhar.

- Kithtz! – Solta um palavrão.

- Guerreiros, sigam-me!

Vou abrindo caminho com Fryns e Anturw, enquanto Mark, Lyham e Terrenks protegem a retaguarda. Leea e Amarilis atiram sem parar, temos que ser rápidos. Saímos da caverna correndo em meio a chuva, centenas de Caniniums nos seguiam sedentos.

Alcançamos a gruta onde Raárah estava. Amarílis assobia e o pássaro vem em nossa direção.

- Raárah fogo! - Ordena, apontando para os monstros que estavam chegando.

Ela levanta voo e todas as suas penas incendeiam, ficando o dobro de seu tamanho. Um assobio fino e muito alto sai de seu bico e em seguida uma labareda de fogo toma conta do lugar.

Os Caniniums simplesmente viram pó em contato com a chama de Raárah, chamas que de acordo com os monges, vem da própria deusa. Como previsto o sangue de Amarílis atraiu vários deles para cá. Mesmo o pássaro de fogo matando grande parte deles Amarílis avança com suas cimitarras, Leea lança suas adagas com precisão no centro da cabeça deles. Vejo um se aproximando de fininho por trás da ruiva, ela concentrada na luta não percebeu. Corro o mais rápido que eu consigo em sua direção.

- Amarílis, cuidado! - Saio matando todos os que entram na minha frente. Ela se vira para me olhar, sem entender. - atrás de você!

O desgraçado do morde no mesmo lugar que estava machucado antes. Kithtz! Vou decapita-lo. Amarílis grita tão alto que estremece a caverna. Pega as cimitarras e enfia nos olhos do Caninium que estava puxando sua perna.

Depois do seu grito, estranhamente os monstros começam a bater em retirada, todos correm covardemente, para o meio dos Cânions se escondendo nas sombras.

Mark corre preocupado em direção a Amarílis e consegue alcançá-la assim que ela desmaia de dor. Meu coração está tão acelerado que nem consigo me mexer. Vejo o sangue escorrendo da bota, provavelmente foi bem profundo.

- Jason, me ajuda a encontrar a bolça com as ervas, que a Lis trouxe, rápido! - Leea fala desesperada.

Corro em direção aonde eu vi ela deixando o saco de dormir e suas coisas e encontro uma bolsa cheia de potes com folhas e faixas para curativo.

- Mark, traz ela aqui. - Digo. - Fryns e Anturw, preciso que vocês voltem e vejam se está tudo bem lá na outra caverna, se ainda tem Caniniums. Lyham e Terrenks, limpem esse lugar. E faça Raárah queimar todos eles. Leea e Mark quem de vocês entende suturação? - Pergunto.

Eles apontam para Amarílis desacordada. Kithtz!

- Venham vocês vão ter que me ajudar! - Suspiro. - Ela está perdendo muito sangue.

Tiro suas botas com cuidado, corto sua calça de couro. Tento não me espantar com o sangue. Ela não demonstrou em nenhum momento que estava com dor, mas o machucado está muito profundo. Foi bem mais que um arranhão...Mulher teimosa!

- Peguem um pouco de água para lavar os panos. - Digo. Leea que estava quase vomitando, vai atrás da água. Limpo a mordida para conseguir ver o ferimento e aonde precisará de pontos.

- Mark, preciso que segure a perna dela um pouco levantada acha que consegue? - Ele assente, concordando.

Tem quatro cortes horizontais que precisa de pontos, faço ela beber o sumo de Lezus, que é uma planta anestésica. Espero alguns minutos e começo a suturar faço pontos proporcionais e na profundidade exata, depois coloco sumo de Niquel, para ajudar na cicatrização.

Vejo que Mark está verde. Os dois tem estômago fraco para sangue.

- Mark se você vomitar em mim, juro pelos deuses que quebro seu nariz. - Digo, sério. - Pegue alguns panos na outra caverna, precisamos fazer um apoio, para a perna dela fica mais alta, ela perdeu muito sangue.

Ele segue para outra caverna, um pouco apreensivo, mas sabe que é preciso ir buscar. Assim que ele some em meio a chuva, observo o curativo, acho que em dois dias está totalmente cicatrizado se ela conseguir repousar e não abrir os pontos. Pego um pano para limpar seu rosto, que com a batalha acabou um pouco sujo. Limpo suas bochechas com delicadeza, vejo mini sardinhas em contraste com sua pele. Sua expressão está serena, suspiro. Ela é tão linda...

Preciso acorda-la, para saber se está sentindo alguma dor.

- Amarílis, acorde - sussurro.

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Gostaram de ver as coisas através do ponto de vista do Jason?

O Sussurro da Deusa: Missão DraunthtzOnde histórias criam vida. Descubra agora