"Ainda preso nessa calçada?" Uma fala que circula quase todas manhãs que acordo onde caminho sobre essa cidade sem sentido e sem vida. Todos que passam que goram da mesma insuficiência vê o garoto de olhos fundos avermelhados, pele pálida e magro sentado sobre a guia dessa calçada suja. Talvez eu fosse um nome dessa história toda que percorrera durante os anos que estamos ou talvez todos sejam histórias de algo, o que me parece ver é que a presença dessa ilógica humanidade são percorridas por histórias carregadas em devaneios por decepções ou por vias da dúvida, um certo medo. O que é esse medo? Do que tens medo afinal? Bom eu lhes digo. Eu observo desta calçada todos os dias as pessoas sucintas à procurarem objetivos e propósitos já que suas esperanças, fé e o que se diria luz divina que tanto acreditavam, se apagara. A vida ensinou algo mais real e as fizeram voltarem contra suas crenças deixando elas mais "protegidas" dos outros, todos os dias elas carregam essa proteção porque o medo do desconhecido que antes era como inimigo de suas crenças, hoje se tornara a saída de suas cavernas e vieram a enxergar suas vidas como uma realidade Schoupenhaeriana, onde tudo pode dar errado, sem presunções asquerosas do mal ou do bem e sim de vim qualquer coisa ruim de qualquer ser humano. E onde chegara afinal tudo isso? A finalidade é óbvia. Medo dos outros. Medo do que podem ou que são capazes de fazer. Já que essa queda nos trouxe a verdadeira da podridão humana fica quase impossível de acreditar em ambos, muito menos em si mesmo. Só que... Esse medo é constante e serviu como um instinto arcaico e basicamente primordial para todos que se isolam e ficam dentro de uma cidade como essa, elas preferiram seguir esse medo. O interessante é que parece que estamos regredindo então, invés de sabermos o que têm por trás dessas muralhas, nós acomodamos com o fato de ficarem presos e menos libertos porque temos medo do que jas lá fora, medo de conhecer. E o mais curioso no qual reflito todas manhãs que aqui fico sentado é como buscar e dar um "google" em meus estudos, evoluímos e aparentemente obtivemos a tal consciência e assim se dizer identidade de sentir estar vivo à partir do momento que superamos o medo, foi preciso uma chama, um fogo assim se dizer literalmente, uma luz que estamos abandonando e carreguemos por milênios e eras na qual oportuna se diria que está morrendo e esmaecendo com o pessimismo e o medo do viver.
Mesmo com a mente perturbada dos medos que carregam sempre associo aos que tenho mas tento não pensar naquele que o me atormenta. Entretanto nessa calçada fria enquanto o céu nebuloso e nublado que está desde o verão passado ele me responde com a visão de uma garota que fortemente foca em minha pessoa em parcela de todos os dias, na calçada da rua da frente, outros garotos e garotas estão em casas diferentes e parecem fazer o mesmo, portanto ela é a única que visualiza através de minhas pupilas aparentemente diária. Ela me faz lembrar do meu medo atormentado e tento desviar o olhar, com a tentação de esquecimento e eu poderia muito bem ignorar e andar comumente por aí. Contudo não é algo que é fácil ignorar, porque de alguma razão ou circunstância, ela puxa por um interesse que eu também enxergo, de um certo medo vislumbre que ela se abre e me deixa ver. Medo de interagir? Não. Medo de conversar? Não. Medo de viver e se expressar alguém? Não. Havia a resposta que ligava ao meu medo atormentador que de maneira nada figurativa ela poderia enxergar e que sabendo não ousaria se entrelaçar porque esperara eu superar esse medo, mas como garota? Como superar isso que carrego em palavras, descrevo em rascunhos, titulo em textos, expresso em desenhos e coloro com a alma num preto em branco? Calçada amiga que me aguente todo dia, sentado desses dias todas manhãs onde outros jovens como eu faz do mesmo, e de frente essas calçadas cruzam com o medo de nós jovens, o medo de se arrepender, o medo de qualquer um ou medo de tudo ir em vão. Abertamente possa-te falar. Ela é a oportunidade de encarar e superar de tudo que passei, não só ela mas como muitas de outras oportunidades. Porém nada de arriscar de algo aterrorizante. Nada de se empunhar ao medo... Ao Medo de Amar mais uma vez.
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O ABGRUND
General FictionSobre um desafio posto de usar 15 palavras pra descrever algo, decidir rotineiramente criar uma composta literatura de 15 capítulos dessas 15 palavras como um enredo composto de um garoto em uma cidade isolada do mundo que já conhecido, fostes perdi...