Um dia eu me sequestrei. Fui meu cativeiro. Loucura desse mundo não é pra mim.
Já preferi minha cama, botar meu pijama e só, só que toda essa ideia foi-se embora. Entramos numa fantasia, na cidade que mais se parecia livros de RPG quando eu lia desde criança, tudo era fantástico com mulheres e homens vestidos de forma peculiar ignorando o mal do mundo gritando e apropriando seu ambiente de fogos de artifício, confetes e entre coisas variadas de festas. Usavam vestidos de época renascentista com características norueguesas, homens com seus banjos e diversos instrumentos incorporando uma sintonia agradável onde muitos não paravam de pular, alargando seus sorrisos sem parar, o céu lá fora que antes estava laranjado e com suas poeira, ficou infestado de lamparinas e chaminés acesas, apreciando um belo azul circulando aos redores dessa parte da enorme Abgrund. A Garota claro largou sua mochila em assentos de comércios que ficavam perto dos calçadões onde faziam fileiras de dançarinas, se proporcionou a participar e começou a dançar, com muita gente que olhara sem cessar que estava vislumbrado com a sua beleza, o que é bastante óbvio, aqueles olhos, cabelos negros, pele pálida, me diz quem não iria se encantar ou se apaixonar? Duvido alguém dizer não.
Ela continuava dançando, peguei suas coisas e as segurei, não ficando muito longe a observara de certa distância a apreciando. Me assentei nos acomodados de comércios que estavam lotados e quase enfiados uns aos outros. Tinha sua características realmente medievais, tudo aqui era uma fornalha ou taverna diferente da outra, com um mundo colorido de adversas como objetos e instrumentos em mesas e talheres de madeiras, os homens eram barbudos, alguns ruivos, morenos e velhos barrocos com sua cara bêbada de rum ou sei lá o que era que ofereceria nesse lugar, portanto interessante. O local que aonde ficava em minha presença se qualificava à um tipo de taverna de vikings ou algo assim, todo mundo parecia robusto diferente de mim, magro e nada enrustido e sem humor pra esclarecer as piadas meio maliciosas que soltavam, o lado bom que daquele lugar altura era meu maior forte, fazendo invejar os barbudos baixinhos deixando-os observar de baixo a cima para um nerd que tinha o nome de Flores perdido sem rumo mas caminhando por aí. Pedi uma bebida, e as tomei, argh! Não era café, nem se quer algum leite, um líquido tão forte quanto qualquer outra coisa colhada com tanta gordura e um agridoce estranho que me fez cuspi-lá de uma vez. Os outros riram tanto, o que estava do meu lado bateu calmamente em minhas costas e disse '' Calma!" Olhou aos seus amigos do lado erguera a caneca de ferro de bebida para cima e todos gritaram:
- BEBAM!
Suas barbas sujas de espumas de cervejas e outras coisas meio exóticas fora ser muito engraçado, o lugar era realmente prático e fantasioso, uma utopia até que agradável demais e não hesitaria passar muitos dias aqui. Garota continuara de longe com um enorme sorriso no rosto, me viu assentado acobertado da tenda da taverna, acenara alegremente e posteriormente deixou a visão a partir do momento que ergui a caneca como gesto, e ela continuou com o amontoado a dançar. Dessa vez eu bebi, tomando com aquela face de nojo e de estranheza enquanto observara o local que fomos parar depois de todo aquele deserto. Os telhados e os prédios dessa cidade são baixos, com pontas e telhas coloridas da cor vermelha, típicas de países escandinavos, acrescentara cultura e alma no lugar, dava pra sentir cada dado e passo. Alguns falavam num idioma diferente, eu só identifiquei os russos e suiços, já os demais passei a não entender, porém já se sabia que esse povo todo vinham dos países ao norte do planeta, ou que sobrara dele. Talvez essa parcela seja do que sobreviveu após a queda, lógico de muitas cidades gigantes como Abgrund deve haver lugares como esse, espalhados de alguma maneira. Essa província foi clara para nós dois, esclareceu certos sentimentos positivos, o homem ao lado estava comentando sobre uma mulher, no qual admirava tanto, contava aos seus companheiros que a levaria longe de qualquer mal que essa muralha poderia trazer, pois ele ouviu histórias que além das ruínas, há montanhas onde o Mundo Antigo ainda nasce e renasce o tempo todo, descreveu como se fosse um roteiro contado dos nossos ancestrais, só que sua sinceridade e seu jeito de falar pareceu verdadeiro demais. Ele ressaltava do lugar, dizia que havia máquinas, flores, animais, vida e amor, e com tanto prazer da mesma mulher iria levar a mesma para esse lugar, nem que perdesse algum membro ou algo assim. Sua força de vontade motivou muitos de lá, onde gritavam e gozaram de suas bebidas, cantavam sem parar e a bagunça toda veio. O homem de fato me motivou também, atingiu a curiosidade e gerou a ansiedade que tanto esperei, ele falava de amor com uma certeza fascinante, como se fosse que viveu outras vidas e só sentira de verdade agora e de alguma maneira precisa contribuir com sentimento e objetivo. Aquilo era amor? Acho que sim, e se fosse que lindo eu diria, carregada de esperança e do prover de que tudo poderia dar certo, uma visão no qual sonho ter um dia.
A garota retornara minutos depois enquanto a longa conversa doida rolava entre os homens, estava acompanhada com uma outra garota e ela me apresentou:
- Flores, essa é a Aurora.
- E aí Aurora.
- Hallo Blumen!
- O quê???
- Ai ai, desculpa é que ela é alemã sabe. Não sabe falar muito bem nosso idioma mas está aprendendo. Eu descobri umas coisas por causa dela, e pela as outras garotas. Acredito que nossa caminhada tenha algum propósito sim de fato, só demorou muito para aparecer.
- Acho que até sei o que. - Cocei o rosto. - Uma tal montanha depois das ruínas das cidades, onde...
- Onde existe vida, amor e etc... É é isso mesmo, aqui não param de falar disso, até cantam certas palavras sobre esse tal lugar.
- Espera você sabe alemão? - perguntei à ela.
- Ah um pouco. - Respondeu de forma gradual.
- Não precisa ser humilde, enfim o que acha disso?
- Acho que devemos ver logo como sair dessa maldita cidade porque quero logo conhecer esse lugar! - Exclamou-a.
- Hahaha! Ok então. O que acha de termos mais informações, já que aqui é o que todo mundo fala não é.
- Acho uma boa. - Concluiu.
Seguimos fora a multidão dançante, os sons de músicas percorriam pelo o cenário da cidade. Fortificando cada vez mais a cultura presente. A garota se permaneceu focada e ao mesmo tempo deslumbrada com tudo isso. Caminhando novamente sem parar, mas dessa vez sem preocupações sutis ou ruins por aí. A verdade que... Não há nada em nossa frente. Não há nada que seja prejudicial.
AMOR TERÁ CONTINUAÇÃO COMO - AMOR PARTE II
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O ABGRUND
General FictionSobre um desafio posto de usar 15 palavras pra descrever algo, decidir rotineiramente criar uma composta literatura de 15 capítulos dessas 15 palavras como um enredo composto de um garoto em uma cidade isolada do mundo que já conhecido, fostes perdi...