As quais que foram os momentos, de sangue e conjura de fúria, criado para amargar os dias que já foram bons e tornarem os próximos sofredores e traumas para os que virão. Cenas corrompidas que quebram as lacunas positivas que outros melhores tendem acontecer, uma sequência de sal derramado em sapos indefesos procurando seu pouco lago para embebedar da escassa beleza da Terra, e o que eles nos preferem dar? Sangue, perda e visões distorcidas tirando a amada esperança em nosso colo compreendendo nossos piores seres que gozam da alegria de ver o pingo do vermelho ilustre no chão. Porque acreditam que àquilo é maneira de conhecer a verdadeira natureza de quem somos, a verdade sobre o viver ou sobreviver, porque é assim que acreditam que nós jovens vamos aprender. Porém estão tão errados quanto suas atitudes mórbidas. O dia pós aquele não fora mais o mesmo, não para a Garota. Passamos três dias na mesma cidade estranha de multidões, a mente dela não se esquecia da cena, talvez nunca estivera acostumada com o mal milenar que cruza na nossa espécie e chacina historicamente, perturbando sua pacifica e alegre sintonia que sempre trouxera tornando numa ansiedade sem cessar para a saída longínqua dessa cidade, portanto estava se tornando cada vez mais difícil, principalmente pra a gente. Viemos de vielas à alguns que oferecia camas pra podemos passar a noite pós noite. As vezes sentia que havia uma enorme circularidade por conta disso, uma questão pra ser resolvida que impedia nossa passagem diante e cercaria por mais dias ou coisa assim. Se existisse então essa suposta intuição não seria vindo de mim, seria dela, uma concepção de aprender a conviver a lidar com o que houve e ter de carregar pelo o resto da vida inteira. Não é o que quero pra uma pessoa como ela, mas é o que todo mundo passa. Já é manhã de um dia seguinte de outros que perecem a se repetir, porém não dessa vez, não nessa cidade. Se faz dias que não vejo ela sorrindo parecendo ser uma eterna tortura, não me acostumo com o silêncio e muito menos aceitar que alguém não possa sorrir novamente, então de fato a epifania se erguera em minha frente e era minha vez de segura-lá para lhe mostrar o pôr-do-Sol outra vez.
Por via, a chuva se acabara, o céu ainda estava nublado suficiente pra prever uma próxima tempestade, guardamos o guarda-chuva e levava para uma caminhada, não sabia se era curta ou longa, só sabia que era necessário dar uma saída e que havia propósito de nunca adentrar nesse lugar nunca mais. Corremos o risco de esconder nossos olhos dessa falácia miserável que perturbava o seu ambiente e seus menos redores. Andamos o suficiente para calejar os tênis e sujá-los de qualquer poeira e terra que viria se encaixar, construções eram mais do que visíveis quando se afastava da cidade grande ou assim parecia ser um tipo de centro pelo o que dava de entender. Tudo parecia menos "sangramento", menos empoeirado ou se quer tinha alguma presença acumulada de pessoas em suas calçadas, no qual se visualizava o tempo todo nesses dias, mas dessa vez foi diminuindo com gente do tipo diferente. Já que se tratava de um cenário em construção, tornou claro enxergar pessoas do ramo como trabalhadores, engenheiros, construtores e todos os pilantres possíveis que usavam seus capacetes de segurança por mérito de proteção. Por tempo demais caminhando eles também nos ignoravam, deixando passar dois jovens, uma garota e um garoto sem proteção alguma mas disposta de sair logo de lá. A visão do céu acima era desértico com aspecto laranjado com o teor de pó e areia combinados, e o cheiro entupia outros odores ao redor e deixava coriza em narinas como a nossa, como éramos pálidos o suficiente, a vermelhidão ficava visivelmente fácil em nosso rosto principalmente o dela...
Do mesmo dia, a caminhada tornava ainda mais longa e os prédios ou qualquer coisa semelhante que fora construído por humano não se via mais. A areia desértica de lugares anteriores foram respostas de uma amontoado de dunas que acobertavam casas velhas, prédios e alguns pontos turísticos reconhecíveis porém abaixo de nossas cabeças, uma visão deslumbre desse vazio deserto que acarretam ventos e dunas como uma semelhança assustadora ao imenso Saara. Uma enorme duna aparecia em nossa frente, acobertando como uma onda e entregando sombra, porém do que se esperar? Não havia Sol, pois a areia vinha carregada como uma tempestade e era inacreditável de pensar como Abgrund fora muito maior do que imaginávamos entretanto me deixava boicotado com o medo por pensar que se depois desse deserto não haveria mais nada do que esse vazio e que só se enxergaria a muralha à frente. Eu compararia tudo isso com Maze Runner, e nunca imaginaria que passaríamos por um apocalipse tão semi-igual, com tanta transparência como livros e filmes que víamos quando criança de ficção científica, diria para mim mesmo que desta visão se enxergaria a proposta de escrever um livro.
A duna em seu formato de uma gigante onda fora escalada, entretanto a Garota de Amarelo se disparou em direção dela, como um rifle apontado para cervo, sua bala chegara perfurando suas pegadas no vago laranjado de areia, subindo sem cessar com uma cara mais positiva aquela de antes, uma reposição do que passara antes fortemente construído em poucos segundos, estava cansado e ela também, portanto ergueu uma diferença na índole da mesma, determinando-a entrar sob o propósito de que acharia algo á mais do que somente areia, até que chegara ao topo e de alguma forma, obteve sucesso.
-Flores! SUBA! VAMOS! - Sua feição mudara completamente, não se via mais aquela garota no canto desses dias, e sim a que me acostumei a enxergar, que sempre ficava em sua frente, sorrindo e alegrando como uma paisagem.
E eu as subi e por um instante... Eu...
- Uau! Cara o que é isso? - A paisagem se embelezava em nossa frente, uma cidade nova entrava em nossas visões com uma peculiaridade. Não se possuía luzes extravagantes, muito menos aquelas que nos cegavam. Porém tinha sua luz própria, a simplicidade de se enxergar, uma cidade que fechava o deserto e o deixava isolado com portas em trilhas menores e outras maiores, o que me parecia pensar que fossem para veículos.
Ela tinha suas portas gigantes, protegidas de muros também, eram uma muralha dentro de outra, supostamente para evitar ameaças de cidades como aquela toda cheia de sangue. Portanto não se encontrava nem se quer guardas, seu isolamento foi fornecido com uma constante premissa cheia de pessoas dançantes, com casas que se assemelha as épocas da antiguidade, daquelas da era medieval, uma fantasia dentro de um lugar. Dava pra compreender a mudança de clima, de humor e o entusiasmo dela que brilhava seus olhos por admirar o que tinha por vir em nossa frente, o sorriso dela retornou e o meu acompanhou o dela, como 2 em 1, tornando as coisas terríveis para trás e esquecendo do passado.
- Vamos! O que está esperando? Vamos logo ou ficar observando a... Ei olha! - Ela apontou em minha direita, sob a duna lá longe era como ver a mesma coisa naquele momento anterior no topo de um prédio, mas dessa vez se via o imenso deserto novamente, a certa cidade e suas construções atrás, a cidade iluminada do velho e por fim um muro novamente, longe e vago carregando a poeira como um cosmos em seu processo de criação, se dissipava a tempestade e a visibilidade melhorava. A muralha acobertava uma enorme parcela de tudo, carregada daqui, até a cidade cinzenta, ou até mais do que viria aparecer. Mesmo engaiolados em uma gigante cidade de outras cidades adentro, ela me pareceu estar livre. Por fim perguntei.
- Antes de irmos, lá atrás essas coisas que vieram acontecer, os males e...
- Estou bem. Eu diria melhor e... O que houve foi passado, mesmo sendo assustador veio compreender como está indo a humanidade nos seus dias. Fiquei daquele jeito por acreditar que haveria de alguma forma uma certa esperança que elas poderiam melhorar ou algo assim, entretanto eu aprendi que não é bem assim, pois o homem é o lobo do homem, só que não pra todos não é, aliás é isso que somos. Sobreviventes. Nesse deserto todo que caminhamos por horas e cansados por seguirem em uma jornada que mal sabemos como vai acabar ou aonde chegar, me fez refletir que talvez a direção seja infinita, mas tudo dependendo de nossas escolhas, princípios e até mesmo desejos, aliás isso só nós sabemos... Não compreendo porque todos tendem erguer sinais para mudarem nossas vidas, dizendo o que devemos fazer ou que é ruim ou bom para nós, posso me sentir mal, mas ninguém deve dizer ou sinalizar o que devo fazer ou resolver, porque afinal mesmo que dependem de proteger, só quem sabe e sente sou eu. Todos deveriam aprender, sentimentos são só únicos de nós, querendo ou não, o último de nós. - E por fim ela desceu, escorregando areia e surfando até chegar no chão. Sua sinceridade foi mais do que um aprendizado, foi um ensinamento à mim. Por isso eu vejo essa coisa especial nessa garota, sua força de vontade ultrapassa padrões, sua gentileza conquista, sua percepção viabiliza e sua personalidade faz mágica em nossos corações, seu jeito, seu olhar das coisas e entre outros. Afinal é especial.
''Talvez eu cruze os braços um dia à você e vá embora''. Um dia eu já ouvi essas palavras de uma pessoa que tanto amei, e os meus conhecidos avisaram que todo mal do amor iria ver acontecer de novo à mim, falando o que fazer e ignorar o que meu coração dissesse. Pois estavam errados. Deixa puxar a rede, filtrar o que interessa, o mar não tá pesca...
Eu aprendi garota. Você está ai, alguns metros batendo nessas portas e me chamando de longe enquanto a observo dessa duna, me pedindo pra ir logo... Eu aprendi sim que vamos puxar à rede.
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O ABGRUND
General FictionSobre um desafio posto de usar 15 palavras pra descrever algo, decidir rotineiramente criar uma composta literatura de 15 capítulos dessas 15 palavras como um enredo composto de um garoto em uma cidade isolada do mundo que já conhecido, fostes perdi...