Coffee Addicted - Jenlisa

Sugar Pt 2

Jennie não estava pensando no que estava sentido. Ela não estava se interrogando no porquê do seu coração ter acelerado tanto ao ponto de o sentir bombardeando em sua garganta. Jen apenas sentiu e consentiu. E, na verdade, mesmo que a pequena quisesse pensar em algo, ela não conseguia. Porque momentos como esse vêm na velocidade de um flash, mesmo que, ao nosso olhar, pareça durar uma eternidade. E, quando voltamos a pestanejar, o momento passou. E esse tempo que passa numa rápida lentidão não nos dá tempo. Tempo de saborear. Tempo de fazer o sentimento passar do coração para a mente. O tempo passa tão rápido que o sentimento fica quietinho lá no peito, mesmo nosso lado racional estar chamando para conversar. Ela não aceita. O coração só quer conversar quando sabe que já ganhou a discussão.

E Jennie se apaixonaria se isso acontecesse.

— Por que não tenta patinar ali no meio? – Lisa apontou para o meio da pista, fazendo o tempo voltar a andar para Jennie.

— Quê? Ah, não, eu vou cair. 

A grande mulher segura a mão de Jennie gentilmente.

— Eu te ajudo.

Jennie deu pequenos passos, olhando para seus pés e depois para a mais velha, que lhe olhava como se estivesse dizendo está tudo bem. Então, aos poucos, os pequenos passos da pequena Jennie se tornaram em deslizes. O seu coração ainda batia forte, mas Jennie não pensava nisso. Não pensava que estava sentido um lado romântico sobre a situação, apenas que estava feliz. Que pequena e ingénua empregada.

— Vou largar sua mão. — Lisa soltou a mão da Jennie, mas não completamente, pois a sua mão ainda estava por baixo da de Jennie, garantindo a sua segurança.

— Vou tentar virar para aquele lado. – A jovem de cabelos castanhos se voltou, largando sua mão da de Lisa completamente, ficando de costas para a mesma.

— Você adora se jogar de cabeça não é mesmo?

— Gosto de pensar positivo – Jennie colocou então seu primeiro pé no gelo, sem qualquer ajuda de Lisa. Suas pernas se desequilibram um pouco, mas continuou. Então, seu corpo inteiro se desequilibrou, fazendo com que seu pequeno corpo leve tombasse para trás.

Lalisa rapidamente a agarrou, colocando seus braços por baixo dos braços da mais nova, impedindo que esta caísse no gelo. Depois, a levantou, colocando dessa vez os braços à volta de sua pequena cintura firmemente.

Jennie já havia notado que a mais velha possuía um corpo magro, mais muito forte, ainda assim, se sentiu impressionada ao sentir seu corpo ser levantado como se não pesasse nada.

— Obrigada. – Jennie disse timidamente. Ela não gostava de errar, e se sentia um pouco humilhada por ter escorregado e quase caído na frente da mais alta, que a havia avisado posteriormente.

— Tudo bem, eu caí muitas vezes pra aprender. Só não pense que te agarro da próxima – Lisa falou rindo, o que confundiu a pequena na credibilidade das suas palavras.

As duas ficaram pelo menos duas horas naquele local. Lisa ensinava Jennie aos poucos. E Jen se apaixonava por Lisa aos poucos. Não havia nenhum motivo para isso. Lalisa não estava lhe oferecendo um jantar romântico à luz das velas, nem estava cantando uma canção para ela cheia de versos elogiosos. Lalisa não estava bem vestida nem com o cabelo todo arranjado com fixador na franja. Lalisa estava na maior de suas purezas. Estava do lado de fora daquela cafetaria, com uma roupa casual, num momento casual, e estava, casualmente, sendo ela mesma.

E Jennie não precisava de mais nada além de casualidade. Ela não precisava de luxo, ou de alguém que dissesse o quanto a amava de baixo das cobertas. Ela precisava de alguém que agarrasse sua mão, e nas maiores das simplicidades, dissesse:

— Eu estou aqui.