Coffee Addicted - Jenlisa

Canela

Já era manhã, e Lisa percebeu isso sentido a claridade do sol através de suas pálpebras. Ela estava com uma dor de cabeça tão grande, que nem se atreveu a tentar abrir os olhos. Ao invés disso, se esforçou para que flashbacks surgissem em sua mente. Tudo o que se conseguia lembrar era de ter bebido muito e ter perdido a Rosé de vista.

Lisa se preparava para voltar a dormir, até um cheiro lhe despertar o transe da ressaca. Era seu cheiro favorito, café. Mas não era apenas café, era café e... perfume feminino? Lisa se levantou em sobressalto, olhando em volta. Como esperava, não estava em sua cama, muito menos em sua casa. Eu fiz sexo com uma mulher? Lisa se perguntava, perplexa. 

— Ah, já acordou? – Uma voz surge pela porta do quarto. Nem um pouco desconhecida. Foi nesse momento que Lisa ficou entre o alívio e o medo.

— O que eu estou fazendo aqui Jennie?

— Calma, não pensa besteira. –Jennie se aproximava da cama, rindo. – Você estava muito bêbada e eu te trouxe para aqui, antes que cometesse alguma loucura. 

— Como sabia que eu estava bêbada? Inclusive... Você não estava em sua cidade natal?

— Eu voltei ontem à noite. Quando me mandou mensagem eu já estava em casa.

— Mensagem? Qual mensagem?

—Tu pediu pra eu te ir buscar, e falou umas coisas bem... Aleatórias. – Jennie tirou seu celular do bolso e o entregou a mais velha. Esta queria se enfiar debaixo dos lençóis e nunca mais sair de lá com o que havia enviado.

— Ah... Entendi... Obrigada por me ajudar. – Lisa se levanta rápidamente, procurando por uma roupa. –É melhor eu ir.

Jennie gargalha por ver o estado desnorteado da mais velha.

— As suas roupas estão na lavandaria. Estavam sujas de vómito. A menos que queira usar algo meu.

— Acha que roupa XXS vai me servir? – Lisa lança um sorriso provocador, respondido com um chute rápido e gargalhadas de Jennie.

— Esse pijama cabe em ti não cabe? Então não reclama. – Jennie sai do quarto, e fala alto fora da divisão. – Ah, e o café da manhã tá pronto. É de canela.

Lisa nem tinha reparado no que estava vestindo. Era um pijama preto simples, mas ficava muito justo principalmente em seu peito e braços. Que fofo, riu. 

A tailandesa saiu então do quarto, procurando a cozinha, que facilmente encontrou por ser um apartamento pequeno.

— Não precisava fazer café da manhã para mim. – Se senta em frente a Jennie, que já estava comendo tostas.

— Tudo bem, não foi um incómodo. – Esta respondeu com um sorriso doce. 

Lisa se sentia nervosa de estar ali com Jennie. Depois daquela mensagem ela só queria se esconder da pequena. Para descontrair, tentou puxar assunto.

— Como está seu pai?

—Não está muito bem. Mas as crises são habituais, ele sempre se recupera.

[...]

—Não está preocupada?

—Um pouco, mas esqueça isso. Quer ficar pra almoçar também? Hoje é domingo e como não trabalho, é entediante ficar em casa. Podia me fazer companhia.

Lalisa pensou em recusar, ela ainda estava insegura com o que tinha acontecido. Afinal, Jennie tinha a visto numa situação vergonhosa e ela não sabia o que poderia ter dito além daquela mensagem. No entanto, ela realmente queria passar um tempo com a mais nova, pois não a via à bastante tempo. Lisa riscou o "bastante" em sua mente e substituiu por "algum". Ela não queria admitir para si mesma que tinha sentido saudades, apesar de ser verdade.

— O que tanto olha? – Jennie se assusta e desvia o olhar como reflexo, não respondendo. Afinal, o que poderia ela dizer? "Estou olhando para seu abdômen definido um pouco a amostra?" não parecia uma boa resposta.

—Responda.

—Esse pijama não fica bom em você.

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Tira então KKKk