Coffee Addicted - Jenlisa

Art & Coffee

Lalisa estava impaciente. Jennie havia desmarcado o encontro em sua casa duas vezes, e isso estava ateando cada vez mais a sua curiosidade. No começo, era apenas mais uma saída com a pequena, nada de importante. Mas parece que o fruto proibido é realmente o mais apetecido, e quanto mais a pequena empregada demorava, mais a grande curiosidade da escritora aumentava.

— Desculpa Lisa. A cafetaria encheu estes últimos dias e ficou meio impossível eu sair daqui.

— Sabe que nunca me deve deixar curiosa?

Jennie se preparava para sair de trás do balcão para entregar duas bandejas com cafés. Porém, o sorriso provocador da mais velha a fez recuar.

— Tá assim tão curiosa com meu presente? Pensei que eu precisasse de sorte. – Jennie sorri, inclinando a cabeça.

— E continua precisando, porque agora eu me interessei. – Lisa estava falando com um tom que Jennie nunca havia escutado vindo dela. E que tom, pensava. A mais velha falava com uma voz rouca, quase entre sussurros. Jennie estava sentido um clima tenso naquela conversa, e ela não conseguia perceber se devia de se sentir assustada, ou excitada.

Esta apenas lançou um olhar atrevido, mas desconfiada, saindo da vista da maior.

Mais tarde, Lisa a chama com a mão e, conseguindo a sua atenção, a chama com o dedo indicador, dando um sinal de "vem aqui". Jennie estremeceu apenas com isso, sem ao menos esperar que Lisa a puxaria levemente pela manga da blusa, colocando seus rostos próximos uma da outra.

— Eu quero ir na sua casa amanhã, sem desculpas. 

Jennie podia se perguntar "porque esta mulher me está deixando tão úmida lá em baixo?", mas ela sabia exatamente porquê. Afinal, Lalisa é atraente, é sensual, e sabe como usar as palavras. A pequena sabia dessa pequena atração desde o primeiro dia que havia conhecido aquela cliente. Mas o que poderia ela fazer? Jennie gosta de mulheres e Lisa é aquele tipo de mulher. No entanto, Jennie nunca tinha pensado em Lisa como estava pensando agora. No começo, era uma mulher bonita rude, depois, uma mulher bonita fria. Agora, ela era uma mulher bonita que fazia seu coração e corpo estremecer. 

— E se eu não poder? – A este ponto, Jennie já estava apenas provocando.

— Eu sei que vai poder. Sabe por quê, pequena garota?

Jennie esperava a resposta, vidrada no olhar da mais velha.

— Porque agora quem está interessada é você. – Lisa largou a manga da menor, abriu sua mão e colocou o dinheiro do café dentro dela. 

Então, se levantou, falou um "Até amanhã" e saiu.

[...]

Jennie estava nervosa. Deus, como ela estava nervosa. Depois de tanta provocação, ela sentia que teria de impressionar com seu presente. Ela estava pensando em fazer algo simples, mas depois de ter deixado Lisa curiosa, já não sabia o que deveria fazer. "Será que ela quer que eu faça sexo com ela?", Reprovou esse pensamento de imediato. Não podia chegar a esse ponto apenas para impressionar uma mulher. Até porque Lisa não parecia esse tipo de mulher. Talvez ela andasse lendo muitos livros de fantasia erótica – escritos pela LM, mas isso nem vem ao acaso – e as hormonas jovens de uma garota de 20 anos não estivessem ajudando. 

A pequena abre a porta – já sabendo quem estava do outro lado – tentando manter uma postura calma.

— Bom dia, Lalisa.

— Me mostre o que preparou para mim. – Lisa adentra o pequeno apartamento da mais nova sem nem sequer olhar para a mesma. Depois, ficou apreciando em volta.

— Você desenha? – Lisa pergunta, vendo um cavalete grande com uma tela colocado no meio da sala.

— Sim, todos esses quadros fui eu que pintei. – A jovem de cabelos castanhos aponta para uma parede com quadros diversos. Havia também alguns espalhados pelo chão.

— Pêlo vistos somos as duas artistas. – A mais velha apreciava as pinturas com um olhar um tanto impressionado, e até mesmo entusiasmada.

— Hoje serei só eu a artista. –Jennie aponta para o sofá. – Deite-se.

Um pensamento intruso chegou na mente da tailandesa.

— O que vai fazer? – Esta perguntou desconfiando se sentando lentamente no sofá. 

— Vou pintar um retrato seu. –Jennie pegou em um pincel e se colocou em frente à tela, que estava virada para o sofá. – Não se mexa.

Lisa, aliviada por entender finalmente o que estava acontecendo, começou a rir.

— Qual é a graça?

— Nada, é que nunca ninguém me deu um presente assim.