My Body Is A Cage

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Meu corpo é uma jaula
Que me impede de dançar com aquele que amo
Mas minha mente segura a chave
Fique perto de mim
Minha mente possui a chave
Meu corpo é uma...
Meu corpo é uma jaula
Nós temos o que nos é dado
Só porque você esqueceu
Não quer dizer que foi perdoado
Eu vivo em uma era que
Grita o meu nome à noite
Mas quando chego à entrada
Não há ninguém à vista




flashback

Jughead estava parado diante de um quadro coberto de informações, haviam fotos, arquivos, notícias de jornais, tudo envolvendo o caso de Jason Blossom. Ele segurava uma caneca fumegante de café entre as mãos enquanto analisava tudo a sua frente.

— A única coisa que não parece se encaixar é Charles Smith. — Ele falou para Hiram Lodge.

O homem estava sentado na cadeira atrás da mesa de madeira, com uma pasta de arquivo sobre o detetive Charles aberta diante dele, analisando a mesma.

— Exatamente. O histórico dele é perfeito, não tem nada de errado. É quase como se fosse perfeito demais para ser verdade. O que esse garoto tem a ver com tudo isso para se envolver com Penelope Blossom? — Hiram soltou a pasta e se encostou na cadeira, tentando pensar.
— Seus homens ainda estão vigiando ele?
— O tempo todo. Mas tenho certeza que ele está escapando de tempos em tempos, conseguindo despistar.
— É isso o que acontece quando contrata amadores. — Jughead se virou para o homem e sorriu de maneira irônica. — Eu disse para deixar os Serpentes cuidarem disso.

O homem mais velho o analisou por um momento. Jughead era tudo que ele desprezava, um baderneiro, extremamente confiante e um pé no saco. Ele não simpatizava nenhum pouco com o rapaz, ao ponto de já tentarem se matar, mas de alguma forma, ele quase se podia ver muitos anos atrás. Era exatamente como ele. Talvez por isso o irritava tanto. E havia Veronica. Veronica, a menina de seus olhos, agora só tinha olhos para o garoto. Por mais que ele o odiasse, ele sabia o quanto a filha parecia feliz.

— Tudo bem! Coloque os seus homens para vigiá-lo também, vamos ver quem vai se sair melhor. — Hiram lhe deu o benefício da dúvida, ele havia dado muitos benefícios para esse garoto, tudo por causa de Veronica.
— Eu pensei em mandar alguns deles para verificar o passado de Charles de perto. Ir a sua cidade Natal, tenho amigos em Greendale que podem ajudar. — Ele deu um gole no seu café e fez uma pausa. — Se eu receber alguma novidade, eu te aviso. É melhor eu ir andando, tenho que buscar Veronica na Betty.

Jughead terminou seu café com um último gole e pegou a jaqueta de couro jogada sobre o sofá no canto da sala e a vestiu.

— Jughead. — Hiram o chamou pouco antes dele sair. — Veronica parece muito feliz, isso também me deixa muito feliz.
— Não precisa agradecer, sogro. — Jughead sorriu e saiu da sala, fazendo Hiram revirar os olhos.

fim do flashback

Eu estava deitada com o cobertor até a altura da minha cabeça, as cortinas do quarto estavam fechadas junto com a porta, deixando o ambiente completamente escuro e um tanto sufocante. Lá embaixo, eu podia ouvir os sons das pessoas na casa. Faziam três desde dias do assassinato do meu pai. Hoje era o dia do seu funeral e eu não conseguia me mover, e nem mesmo queria me esforçar para isso.
O que aconteceu foram uma série de erros. Não erros, planejamentos. O pouco policiamento, o público bem maior do que o esperado, ninguém reagindo a tempo quando ele foi baleado. E havia Penelope. A mulher que eu vi, era ela. Ela queria deixar claro para mim que ela estava lá, que ela participou disso e tirou algo de mim como eu tirei dela. Aposto que ela teve uma visão privilegiada da morte do meu pai e se divertiu com isso.
Ouvi uma batida na porta e a voz de Jughead.

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