Stop making the eyes at me

Fuck you, Franco

-pensei que nunca poderíamos ter essa conversa, amigo- o garoto continuou, Alex não sorria
-o que você quer?- perguntei tomando a frente do vocalista
-você não pode salvar o seu namoradinho de novo-
-qual o seu problema? vai embora, porra-
-o gato comeu a sua língua, Turner?-
-Franco, não temos mais nada a conversar, consegui garantir que você nunca mais arrumaria emprego nessa região e isso basta pra mim- Alex falou tentando transparecer calma, mas eu podia sentir a tensão. Dave cerrou os punhos e mordeu o lábio, ele iria explodir a qualquer momento e eu não sei se conseguiria evitar
-você é um filho da puta, sempre fica no meu caminho-
-eu não to no seu caminho, Franco, não poderia me importar menos com a porra da sua vida-
-não se importa? roubou minha chance de tocar no Dirty Dicks, fez o Nick se virar contra mim e ainda...- o garoto me encarou e depois virou irritado. Que porra estava acontecendo? Eu continuava parada entre os dois variando o olhar de um para o outro
-eu não fiz nada com o intuito de entrar no seu caminho, você não é meu inimigo, você compete nessa porra sozinho- Alex disse e sorriu, dando de ombros. Não consegui pensar em nada, aconteceu muito rápido, Dave me empurrou para que eu saísse da frente e acertou um soco em cheio no olho esquerdo do vocalista. Os dois garotos rolavam pelo chão, levantei meio atordoada e tentei separa-los sem sucesso nenhum. Vi Franco acertar outro murro perto da boca do Turner e um na barriga
-parem, caralho- falei quando Alex tinha virado por cima do garoto e acertava diversos golpes do seu rosto
-Alex, para- puxei o vocalista pela fantasia que agora estava suja de sangue
-por favor, Alex- segurei seu braço e ele parou, sua respiração era barulhenta. Turner levantou de uma vez e limpou o sangue que descia pelo seu queixo, Dave tentou levantar e atingi-lo mas o vocalista foi mais rápido e desviou
-vamos embora, por favor- disse ainda segurando seu braço e ele assentiu, sinalizando para um táxi que passava. Entramos em silêncio, virei o rosto algumas vezes para observar nosso ex colega de trabalho que agora estava sendo ajudado por pessoas que passavam na rua, meu estômago revirou. Paguei pela corrida e guiei o Alexander para a minha casa, por sorte, ninguém estava na cozinha. Turner teve muita dificuldade em descer os degraus, tentei apoiar seu peso em mim mas ele era muito mais alto. Romeu ficou super agitado quando nos viu, até latiu algumas vezes antes de eu acalma-lo, o cachorro quase nunca latia
-M...- Alex disse quando o sentei no sofá
-oi?-
-eu posso ficar?- perguntou cerrando os olhos, podiam ser apenas os machucados mas suas bochechas pareciam muito coradas.