Stop making the eyes at me

The photoboof is a liar

ALEX TURNER POV

2 meses? 3 meses? O tempo parece meio relativo agora
Nick disse que precisamos falar sobre você para superarmos isso, talvez ele tenha razão
Se eu soubesse que você iria fugir tinha perguntado para onde iria
Talvez eu pudesse encontrar você lá
Talvez nem fosse necessário, parece que você está em todo lugar, tudo me lembra você
Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por outra pessoa, mesmo que esteja tentando
Eu estou sempre me arrastando de volta para você
A cabine de fotos é mentirosa
Desde que roubou meu coração tudo que eu toco me diz que ficaria melhor se compartilhado com você
Não consigo me concentrar em nada do que faço
Eu estou sempre me arrastando de volta para você
Eu escuto sua voz quando estou deitado sozinho mas tudo bem, eu realmente pedi que a marca que deixou em mim não sumisse tão rápido, tenho medo de esquecer seu rosto
A cabine de fotos é mentirosa
Não consigo me concentrar em nada do que faço
Eu estou sempre me arrastando de volta para você
Sempre penso em te ligar quando tomo umas mas e você? Já pensou em me ligar alguma vez?
Você quer que eu me arraste de volta até você?

MATTHEW HELDERS POV

Depois da nossa conversa em Leeds todos estavam mais abertos e eu finalmente sentia, depois de muito tempo, que as coisas ficariam bem, mesmo que não totalmente. O álbum tinha estourado depois de fecharmos com aquela gravadora, rodamos o país com a nossa música e conhecemos muitas pessoas, incluindo os caras do The Strokes, era impossível lembrar disso sem pular de felicidade, o Julian até deu o número dele para o Alex, que abriu o maior sorriso que eu vi no seu rosto desde a partida da M. Quase não íamos para o Dirty Dicks por causa da turner mas ela acabaria em breve e voltaríamos ao nosso trabalho de meio período. Voltar para a realidade seria complicado mas tínhamos que terminar nossos estudos e depois disso focar totalmente na música, até Harry, o pai do Alex, tinha desistido de insistir que o garoto fosse para a faculdade fazer inglês
-mas que merda, cadê o Alex?- Jamie perguntou batendo o pé no chão, impaciente
-vai fazer um buraco no chão, Cook- Ed, nosso agente, disse escrevendo alguma coisa em uma planilha
-relaxa, ele chega logo- Nick disse para tranquilizar o guitarrista que bufou irritado
-espero que esse barulho não tenha sido pra mim, Jamie- Alex falou aparecendo do nada, tinha um sorriso de orelha a orelha e um chupão no pescoço
-óbvio que foi, você tá atrasado de novo-
-seu relógio que tá errado, Cook- o vocalista disse e encarou o chão, era uma coisa que a M costumava dizer
-certo, vamos logo então- falei jogando uma guitarra para o garoto que sacudiu a cabeça e voltou com aquele sorrisinho de lado. Ed pediu para que um motorista nos deixasse na minha casa, meu irmão não estava e os meninos reclamaram muito por causa disso
-com qual garota saiu ontem?- Nick perguntou depois de virar a ampulheta, estamos jogando humm bug, o único jogo de tabuleiro que tem na minha casa por isso sempre jogávamos ele
-aquela de cabelo preto, Sydney?- o vocalista respondeu andando sua peça
-Sheron?- perguntei e ele confirmou com a cabeça
-pensei que tinha dito que nunca mais sairia com ela- Jamie falou fazendo uma careta e Alex deu de ombros. Turner estava saindo com muitas meninas atualmente, mais do que podíamos contar, mas nenhuma dava certo, claro que eu sabia o motivo mas era sempre estranho ver que ele estava tentando. Depois de algumas cervejas, deitamos no carpete, Jamie tocava violão, eu e o Nick tentávamos fazer posições de yoga que não conseguiríamos nem se estivéssemos sóbrios e o Alex encarava o celular com o dedo sobre o botão verde
-pra qual das garotas tá pensando em ligar?- perguntei e o vocalista fechou o celular, como se saísse de um transe
-nenhuma, nem me recuperei da de hoje ainda- ele disse forçando um sorriso, eu sabia para quem ele pretendia ligar
-eu terminei aquela música, Nick- o baixista se levantou em um salto
-sério? Posso ver?- todos nos juntamos ao redor do vocalista e ele nos entregou o caderno que estava cada vez mais surrado