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Botem a música mais triste que tiverem kkkkkk
E vamos de sofrencia.▶️
Estava quase na hora.
Da-som não ficou um instante sequer sem pensar em Dong-sun.
Quando ouviu uma batida leve na porta, por um momento pensou que fosse ele, que finalmente ele tinha lido sua carta e a perdoado, e estava ali para salvá-la. Entretanto sua esperança sumiu assim que abriu a mesma e viu um desconhecido, que prontamente inclinou a cabeça em cumprimento. Ela o imitou.
- Senhorita, estou aqui para levá-la até o senhor Im.
Já? Não poderia ser. O tempo havia passado tão depressa?
- Como?! Já está perto de meia noite?
O homem assentiu.
- Queira me acompanhar, por favor.
Ela agarrou com força sua chima azul, e então assentiu, saindo do quarto.
O corredor estava escuro, e Da-som teve que tomar cuidado para não tropeçar na própria saia ou até mesmo nos próprios pés.O homem desconhecido caminhava a sua frente, enquanto outro - que ela notou após sair do cômodo - andando atrás da mesma.
Quando saíram da casa, seus olhos foram automaticamente para a lua cheia que iluminava o céu escuro, e só então notou que chovia.
Ela estendeu a palma da mão perto de seu rosto, vendo pequenas gotas caírem. Sua roupa rapidamente ficou molhada, dificultando a movimentação de Da-som.
Adiante estava seu pai, com um hanbok preto e um guarda chuva o protegendo da chuva agressiva. Estaria já pronto para o falso luto? Ela não sabia. Mas ele sequer a encarava. Talvez no fundo se sentisse culpado.
Assim que se aproximou, ela olhou para o pequeno tapete que havia perto dele.
- Para que é isso? - ela perguntou.
- Para que você se ajoelhe e não se machuque. - Seu pai respondeu.
Ela fez um pequeno som que não soube definir se tinha sido de pavor ou surpresa. Parecia que apenas naquele momento ela havia notado que seria estrangulada.
Da-som respirou fundo. Não podia. Não tinha coragem para aquilo. Era cruel, repulsivo. Não. Não poderia se sujeitar àquilo.
De repente, ela começou a correr, segurando a chima para evitar acidentes. Da-som não se exercitava, o que não era algo bom para si mesma.
Ela não notou quando atingiu o chão, gemendo de dor. Apoiou seus braços na calçada de pedra. Algum lugar em seu rosto estava machucada, porque ela sentia dor.
Tentou levantar e correr novamente, mas o primeiro homem - que havia falado com ela - a agarrou, tentando a levar para o local que seria o sacrifício.
Da-som gritou e se debateu, tentando se soltar. E então ela ouviu uma voz.- Soltem ela!
Ela arregalou os olhos e virou a cabeça para confirmar se era real, que não era uma alucinação em seus últimos momentos de vida.
Era real. Ele era real. Da-som quis chorar ao ver Dong-sun correr, tentando alcançá-la, e gritou de raiva quando o segundo homem o atingiu, o imobilizando, deixando-o deitado no chão, o lado esquerdo do rosto raspando contra as pedras.
- Dong-sun!Dong-sun! - ela gritou, pisando no pé do estranho que a agarrava e jogando a cabeça para trás com força, atingindo o homem.
Ela correu até ele, tropeçando no caminho.
- Solte-o! - ela ordenou ao homem. - SOLTE-O! - ela gritou, empurrando o mesmo com toda a força que tinha.
O que a tinha agarrado anteriormente se aproximou, preparado para a imobilizar, até que seu pai se pronunciou:
- Parem.Os estranhos olharam confusos para o homem mais velho, mas o obedeceram.
Ele caminhou até eles lentamente.
- Da-som, sabe o que acontecerá se não cumprir com seu destino. E se não o fizer, ele morrerá também. Eu não hesitarei em mandar os guardas o matarem na sua frente.
Ela piscou para afastar as lágrimas, ajudando Dong-sun a ficar sentado, que prontamente segurou o rosto dela com delicadeza.
- Você não precisa Da-som. Não o escute. Vamos embora, passar nossas vidas juntas. Por favor. - ele pediu.
Era difícil distinguir as lágrimas entre as gotas de chuva, mas tinha certeza de que ele chorava, e ela também chorava.
- Se fizermos isso, eles nos impedirão e nós dois morreremos. - ela falou em um tom baixo, a voz falhando.
- Não, não vou deixar. - ele a olhou como se visse a alma de Da-som.
- Eu não posso permitir que você se machuque.
Ela pegou delicadamente as mãos dele, as afastando.
- Eu te amo. - ela confessou pela segunda vez e dessa vez Da-som conseguiu olhar nos olhos dele, que brilhavam por conta das lágrimas .
Dong-sun assentiu com a cabeça, soluçando.
- Eu amo você, Da-som.
Da-som sorriu e se levantou, dando às costas para Dong-sun, fechando os olhos com força ao ouvi-lo chamá-la e ser impedido novamente.
Outra voz gritou, e ela pôde sentir suas pernas ficarem bambas. Sohyun. Sohyun estava ali.
Ela viu o homem que a segurava pelo braço ir impedir sua amiga. Seu pai veio em sua direção e a agarrou pelo pulso, a arrastando.
Ela não o olhou quando se ajoelhou sobre o tapete.
Ela não ousou olhar quando sentiu a corda fina, mas letal, ser colocada em volta de seu pescoço.
Ela não o olhou para não ver o coração dele ser destruído em pedaços.
Enquanto o oxigênio deixava de entrar e seus pulmões doíam mais e mais, em sua mente, Da-som via apenas Dong-sun sorrindo, junto de Sohyun, que ria animadamente.
E então ela não viu mais nada.
⏸
Amanhã é o último cap e eu espero que todos leiam kkkkk.
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Edelvais
FanfictionIm Da-som nasceu destinada a uma coisa: o ritual de estrangulamento. Isolada de tudo e todos, ela vive seus dias se entretendo com livros, jogos, pinturas e suas rápidas fugas ao jardim da casa a meia noite. Em uma dessas fugas, conhece o novo jard...