Aaaaaaa eu não queria me despedir de vocês 😭😭😭😭😭😭😭😭😭
To quase obrigando vcs a me passarem o zap pra gnt conversar.Obrigada a todos que acompanharam a história até aqui, e vou confessar que to com medo de não gostarem do final, porque eu sou o Stephen King só que mulher, ninguém gosta dos meus finais kkkkkkkj.
Boa leitura e bom feriado e a gente se vê(ou não né)
2019 - Coréia do Sul, Seul
Ji-Eun tentava não derrubar sua tela e as sacolas cheias de tinta que tinha acabado de comprar, além do resto de suas pinturas.
Estava com vinte e três anos e desempregada. Maldita hora que tinha escolhido fazer artes na faculdade ao invés de algum curso que desse dinheiro. Agora ia para o parque da cidade todas as tardes fazer caricaturas e recebia pedidos de pinturas, mas claro que não cobrava caro, o que não melhorava muito as coisas.
Ela chegou ao local que sempre ficava, a entrada do parque, assim mais pessoas podiam a ver e se interessar. Posicionou algumas pinturas num dos bancos de madeiras que havia ali, arrumando as coisas para que tudo estivesse pronto.
Ji-Eun prendeu o cabelo num rabo de cavalo, arremangando as mangas de sua blusa roxa e se sentando no chão mesmo, tirando as tintas das sacolas e os pincéis.
Aos poucos algumas pessoas se aproximavam, interessadas em ou ver o trabalho dela ou pagarem para que ela fizesse uma caricatura.
Sempre gostou de pintar. Desde criança pensava em ser uma pintora famosa, ter uma exposição na maior galeria de Seul. Mas eram sonhos, e a realidade foi totalmente diferente.
Buscava na pintura um meio de consolo para o buraco que sentia em seu peito, que sequer sabia porque, mas sempre se sentia triste, como se algo faltasse.
As horas passaram, e com isso as pessoas iam embora. Estava na hora de recolher suas coisas e ir para a casa, porque não conseguiria mais dinheiro.
Ela se levantou, fazendo alguns alongamentos sem se importar se alguém a achava esquisita por fazer aquilo. Suas costas doíam muito, parecia uma idosa, mas tinha entrado na casa dos vinte só!
Ji-Eun gemeu enquanto se curvava para pegar seu material e guardar eles.
Ela olhou para as pinturas sobre o banco de madeira e sorriu. As amava, eram suas favoritas.Geralmente ela tinha sonhos estranhos, e podia até mesmo dizer que eram lembranças de sua vida passada, porque pareciam reais e sempre sonhava com as mesmas pessoas.
Pegou seu quadro favorito. Uma mulher e um homem a beira de um lago rodeados de vagalumes. De repente sentiu uma tristeza assolar seu coração e uma vontade de chorar.
Distraída, não percebeu quando alguns jovens passaram correndo e levaram alguns de seus materiais.
- Moleques! Voltem aqui! - ela gritou, largando a pintura e tentando correr atrás dos mesmos, que só riram ao vê-la tropeçar e cair. - Merda. - Ela estalou a língua. - Tô muito velha pra correr atrás de pestes.
- Você está bem?
Aquela voz.... ela conhecia a voz, mas ao mesmo tempo parecia estranha para seus ouvidos. Ela olhou para cima e viu um homem estender uma das mãos para ajudá-la a levantar, e Ji-Eun prontamente aceitou, porque como sua mãe dizia: "se vemos um homem bonito a gente agarra e não solta mais", e aquele estranho era muito bonito. E muito familiar.
- T-tô sim. Essas crianças malditas que só incomodam.
- Eles pegaram muito? - ele perguntou, olhando para trás, na direção em que as crianças tinham corrido.
- Não... eram só algumas tintas e pincéis, depois compro mais. - Ela tentou parecer indiferente, mas estava surtando.
Tinha pago caro naquelas tintas e aqueles moleques simplesmente as roubaram! Ia achar as mães deles e esperava que as mesmas dessem uma boa surra neles.
- Quer ajuda para carregar? - O homem apontou para as coisas de Ji-Eun, que semicerrou os olhos e colocou as mãos na cintura.
- Eu nem te conheço.
Ele coçou a cabeça, parecendo lembrar só naquele instante que não tinha se apresentado.
- Eu me chamo Lee Do...
Lee Dong-sun.
Ela arregalou os olhos ao ouvir o nome em sua mente e abriu levemente a boca. Aquele homem... era o homem de seus sonhos. Sim, agora ela o reconhecia.
- O-o quê?
- Meu nome é Lee Dohyun.
Ah. Dohyun. Tinha se enganado.
- Pode sorrir? - ela perguntou, e esperava que ele não a achasse uma tarada ou maluca.
Dohyun hesitou e colocou as mãos nos bolsos da calça, mas atendeu ao pedido e sorriu.
Aquele sorriso. Era o mesmo. A boca formou uma linha fina, os olhos se fecharam.
- É você! - ela gritou, tapando a boca com a mão ao perceber o que tinha dito.
Ele a olhou confuso.
- Você me conhece?
Ji-Eun corou e negou com a cabeça. Já parecia maluca, se dissesse o que achava ele iria chamar a polícia.
- Desculpe... é que tenho a impressão que te conheço.
Dohyun a olhou nos olhos por alguns segundos, e então sorriu mais uma vez.
- Eu também sinto que conheço você de algum lugar distante.
Ela piscou, sentindo algumas lágrimas caírem, e então sorriu ao notar que a tristeza que sentia tinha ido embora, e que agora chorava por outra razão
.
Ele se aproximou, com um olhar preocupado, e limpou as lágrimas das bochechas dela, que ficou surpresa. Ao ver a reação de Ji-Eun, Dohyun se afastou.- Desculpe.
Aquilo... tinha acontecido antes?
A sensação que tinha era de que já havia sentido o toque das mãos dele.- Se você ainda quiser me ajudar, eu aceito. - ela falou.
Ele assentiu.
- Claro.
Ambos caminharam até as coisas dela e as pegaram, começando a andar em direção a casa de Ji-Eun enquanto conversavam. E durante isso, alguns vagalumes os acompanharam.
Gostaram? Não? Aaaarrr que insegurança, mas eu gostei bastante desse capítulo.
Bye 💞🥺
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Edelvais
FanfictionIm Da-som nasceu destinada a uma coisa: o ritual de estrangulamento. Isolada de tudo e todos, ela vive seus dias se entretendo com livros, jogos, pinturas e suas rápidas fugas ao jardim da casa a meia noite. Em uma dessas fugas, conhece o novo jard...