Os peixes do lago

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Eu sou péssima pra títulos de capítulos kkkkkkk. Me perdoem.
Se você chegou aqui antes do dia 23, eu fiz alterações na história. Agora o personagem par da Da-som mudou de nome, e se chama Dong-sun. Acho que é só.
Boa leitura. Se puder, vote e comente, isso me ajuda muito 🤗

▶️

- "E então ela sentiu suas bochechas corarem apenas de olhar para ele."

Da-som riu, sentindo um leve constrangimento pela protagonista do livro que lia. Era bobo corar só de ver alguém. Aliás, era possível?
Em toda sua vida, as bochechas de Da-som só coravam quando a mesma ficava doente.

A porta antiga de seu quarto foi aberta e Sohyun passou pela mesma com a bandeja de café da manhã.

Da-som sentou-se na cama, esperando a amiga por a bandeja na pequena mesa, a convidando para sentar.

- Só alguns minutos. Se eles descobrem que converso com você, me matam.

Ela sorriu sem saber porque, já que era simplesmente horrível que a isolassem a esse ponto. Sentiu-se melancólica novamente.

Sohyun era nova, talvez mais jovem que Da-som, e trabalhava na casa desde os dezesseis anos. Sempre morou ali, já que sua avó era uma empregada de confiança. Como a mesma estava doente, confiou a neta esse trabalho. O trabalho de apenas cuidar da refeição de Da-som, mas acabaram criando um laço de amizade.

- Queria lhe perguntar algo.
Sohyun a olhou com os olhos semicerrados e fazendo bico.

- O que é? - ela perguntou desconfiada. -Se for sobre algo impróprio, saiba que sei tão pouco quanto você.

Da-som revirou os olhos e bateu de leve na mão da amiga.

- Não! Você é muito... muito... indecente.

Ela riu ao ver Sohyun corar e emitir um som de indignação.

- Escute. - Ela se inclinou, ficando mais perto da de cabelos curtos.

- Meu Deus não me diga que irá me beijar.

Dessa vez, Da-som quem corou e soltou um gritinho de surpresa e vergonha.

- Pare com isso! - exclamou irritada ao ver Sohyun rir, caindo na cama. - Quero lhe perguntar algo sério. Pare de rir.

Sohyun foi se acalmando aos poucos, recuperando o fôlego.

- Está bem, fale.

- Você já corou vendo um homem? - Da-som perguntou rapidamente.

Ela a olhou surpresa, ficando séria, mas ainda curiosa em saber o porquê de Da-som querer saber sobre isso.

- Por que isso?

- Li em um livro e queria saber se era verdade.

Sohyun pensou, colocando o indicador sobre os lábios finos e com a mão livre, coçando a cabeça levemente, passando a mesma em sua franja.

- Já! - Ela sorriu. - O cozinheiro da sua família. Ele é simplesmente lindo demais!

Da-som abriu a boca em choque. Ela não podia acreditar no que havia acabado de ouvir. Sua melhor amiga apaixonada?

- Você está apaixonada pelo cozinheiro?

- Não! - Sohyun franziu o cenho. -Bem... talvez.

Sohyun parou de falar ao ver Da-som gargalhar e começou a bater fracamente na amiga.

- Pare de rir Som! Pare!

Da-som movia a cabeça em negação, vermelha de tanto rir. Sentia que se continuasse naquele ritmo, morreria por falta de ar.

- Olhe, tenho que ir. Guarde meu segredo. Tudo bem? Volto no almoço.

Sohyun falou tão rápido que Da-som não pôde nem se despedir.

Ela se levantou, pegando novamente o livro que lia antes de sua amiga entrar.

- Então coramos quando estamos apaixonados?

                                  ⏩

Estava de volta ao jardim. Era incrível como ficava lindo a luz da lua. Da-som faria uma pintura, com certeza.

Ela andou até o pequeno lago, se agachando e apoiando as mãos na grama verde.

- Onde estão, peixinhos? - ela perguntou quase em um sussurro.

Ficou concentrada na água, a procura de algo dourado que representasse os peixes do lago. No entanto, acabou se perdendo na imagem da lua, refletida na água limpa do lago. Ela esticou a mão para tocar a superfície, como se aquela fosse a verdadeira lua, e ao tocar nela, Da-som fosse transportada para outro mundo. Para um lugar sem sacrifícios, maldições e coisas tristes.

- O que está fazendo? - Uma voz perguntou.

Da-som arregalou os olhos, sentindo seu coração parar por um segundo inteiro, e quando notou, estava dentro do lago.

Ela esbravejou, furiosa. Não acreditava que havia caído dentro do lago. Agora sentia alguns dos peixes encostarem em sua pele.

Ela voltou a superfície, estendendo a mão pedindo ajuda ao jardineiro.
- Pare de rir! Maldito.

Dong-sun estava encurvado, rindo tanto que parecia estar em um circo vendo um palhaço.

- Você... caiu... Ah! - Ele voltou a gargalhar.

- Argh! Espero que engasgue.

Da-som arregalou os olhos ao ver ele parar de rir e começar a tussir, e então foi sua vez de rir.

- Quem é o palhaço agora? - ela perguntou.

- Não tem graça. - ele respondeu sério, após a crise de tosse.

- Você só provou do próprio veneno. Aliás, me ajude, estou congelando nesta água.

Ele se aproximou desconfiado e segurou a mão de Da-som, que rapidamente o puxou, fazendo com que caísse no lago também.

- Por que fez isso?! - ele perguntou.

- Vingança. - Ela saiu do lago após certo esforço, vendo Dong-sun a imitar, apoiando as mãos na grama e tomando impulso, saindo da água gelada.
Ela inclinou a cabeça para o lado, pegando seu cabelo e o torcendo, vendo a água escorrer.

- O que fazia de cara no lago? - ele indagou curioso, passando a mão pelo rosto para espantar pingos de água que caíam.

- Procurava os peixes. - ela o respondeu andando até a entrada.

Uma noite desperdiçada. Ainda sentia um resquício de raiva dele.

- Por quê?

- Nossa você faz muitas perguntas. Como ainda não costuraram sua boca?

- Acredite, já tentaram.

Ela sorriu, mas voltou a ficar séria.

- Estou brava ainda, então não fale comigo até a meia noite de amanhã.

Ele abriu a boca, incrédulo e sem entender.

- Mas por quê?

- Tchau, tchau. - Ela acenou, rindo.
Não duvidava que Dong-sun só fosse entender quando se vissem novamente.

Caso tenha gostado, comente o que achou, e caso não tenha, estou aberta a críticas construtivas.

Lembrando: críticas negativas eu não leio, apenas bloqueio quem a fez. Isso me faz mal. Então por favor, se não gostou da história, não me ofenda ou desmereça meu trabalho.

Obrigada e lave suas mãos.

Fique em casa ❤

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