Eu te amo

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Quem for privilegiado ou usar o computador escute a música da multimídia, quem não conseguir só bote a música mais triste que tiver kkkkkkkkkk.

Boa leitura e feliz Páscoa!

                                 💔

O coração de Da-som doía tanto que ela sentia que iria morrer ali mesmo.

Não conseguiu dormir. Ficou pensando em Dong-sun, no que ele havia dito, e o mais importante: no que ele não tinha dito.

Ela chorava a ponto de sua cabeça latejar e seus olhos estarem vermelhos e inchados.

Sentou-se na cadeira e pegou o papel e a tinta para escrever. Ah, ela escreveria tudo. Explicaria tudo, o que acontecia com ela, o que a impediria de o encontrar. E se fosse preciso, ela falaria quando fosse ao jardim a meia noite também. Não poderia perder mais tempo.

Só de pensar em ficar sem Dong-sun, um bolo se formava em sua garganta e ela voltava a chorar.

Quando terminou a carta, ela dobrou o papel e o deixou no centro da mesa, para evitar qualquer acidente.

Ela voltou a observar a pintura, e dessa vez tocou na mesma.

O que sentia por Dong-sun?

Tudo que conhecia e sabia sobre amor era o que lia nos livros, apenas. Não sabia como funcionava isso. Mas a dor em seu coração a fazia pensar que sim, ela sentia algo, e talvez fosse amor.
Talvez ela estivesse errada quando disse a Sohyun que não o amava. E talvez fosse preciso confessar seus sentimentos antes de morrer.

                                 💔

Ela respirava rapidamente enquanto caminhava para o jardim, com a pintura e a carta sendo seguradas cuidadosamente.

Da-som havia arrumado o cabelo e Sohyun tinha a maquiado levemente. Sentia-se um pouco estranha com aquilo nos lábios. Nunca tinha usado maquiagem, e nos livros as protagonistas não usavam também.

Ela abriu a porta e passou a caminhar sobre a grama. Observou a lua e as estrelas, tomando coragem.

Avistou Dong-sun, que estava de costas para ela. Da-som andou rapidamente até ele, já organizando o que diria.

- Dong-sun me perdoe, não pude comparecer. Mas veja, trouxe sua pintura e uma carta. - Ela tentou sorrir.

Ele não se virou, e o sorriso de Da-som sumiu em um piscar de olhos.

- Sinto muito, eu realmente sinto por não ter vindo. Eu não consegui e-

- Eu esperei você por horas. - A voz dele estava baixa, e ela notou a mágoa na mesma, e sentiu seus olhos marejarem. - Eu esperei a noite toda. Não sai daqui. E você não apareceu.

Finalmente ele se virou. Da-som pode ver as lágrimas caírem seguidamente e escorrerem pelas bochechas de Dong-sun.

Ela deu um passo na direção dele, mas o mesmo recuou.

- Você podia ter me avisado.

Como se uma lâmpada se acendesse, ela notou que poderia ter pedido a Sohyun o avisar. Era burra. Como não pensou nisso antes?

- Dong-sun, eu sinto muito, de verdade. - Ela já chorava a esse ponto.

- Eu fui até a cozinha e perguntei se algum dos empregados sabiam onde você estava. E adivinhe? - Ele forçou um sorriso. - Descobri que não existe nenhuma Soyeon que trabalhe nesta casa.

Da-som soluçava. Seu peito doía ainda mais, e seu coração já estava destroçado.

- Eu posso explicar... me deixe...

- Por que mentiu? - ele perguntou sério.

- Eu precisava. Não podia correr o risco de você falar meu nome verdadeiro.

Ele olhou para cima, inclinando a cabeça para trás e suspirando, e então limpou as lágrimas que ainda caíam com a mão esquerda, porque a direita estava ocupada com algo.

- Tome. - Ele atirou no chão o presente que havia comprado, que caiu perto dos pés de Da-som.

Ela se agachou e pegou. Era um prendedor de cabelo com uma lua a decorando no centro e flores ao redor. Era simplesmente lindo.

Da-som andou até ele, mas Dong-sun negou com a cabeça e se virou para ir embora.

- Não vai, me deixa explicar com calma! - ela suplicou, o abraçando com força.

- Me solta. - ele pediu em um sussurro, tocando nas mãos de Da-som, tentando a fazer soltar.

- Não! Fique, por favor. Dong-sun, por favor.

Ela molhava a roupa dele com lágrimas, mas isso era o de menos. Ela não se preocupava também com a pintura, que havia largado no chão, ou com a carta. Ela só queria ficar com ele e explicar tudo.

- Dong-sun... - ela implorou. - eu te amo. Não vá.

As mãos dele pararam, ele parecia ter travado. Ela notou que ele tremia.
Da-som o soltou e longos minutos se passaram, até que Dong-sun se virou.

- Esse é nosso último momento juntos. - Ele tentou sorrir, as lágrimas escorrendo por suas bochechas e a vista embaçada.

E com isso, ele foi embora.

Da-som caiu de joelhos na grama, tapando a boca com as duas mãos. Não podia ser. Ele não podia estar realmente indo embora.

Sentia tanta dor que achou que cairia ali mesmo sem vida. Não era justo.

Ela queria gritar o nome dele enquanto o via ir embora. Ela queria correr e o agarrar, o obrigar a ouvir tudo que tinha a dizer.

Mas... ela não fez nada disso.

Da-som o observou sumir de sua vista, chorando e soluçando. Tentava abafar o som, com medo de que alguém surgisse do nada e escutasse.

Mas sequer deveria se importar com isso. Ela o perdeu, e isso partia seu coração. Daria tudo para estar com Dong-sun. Queria que ele a perdoasse.
Não conseguiria viver sem ele.

Deu merda, mas  não odeiem o Dong-sun ta bom 😭.

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