Perdoe-me por ser egoísta

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VOLTEI MAIS CEDO EEEEH
Como foi a Páscoa de vocês??? Muitos doces?? A minha foi ótima e bem recheada(mas sem ovos, faz tempo q n ganho kkkk)

Infos:
🔸️ Hanbok: roupa tradicional coreana:
🔸️ Chima: saia do hanbok

Boa leitura!!!!

▶️

Ela não havia dormido naquela noite. Como poderia? Seu coração estava em pedaços.

Seus olhos pesavam, mas ela se recusou a fechar os mesmos.

Não tinha mais lágrimas para chorar. Tudo havia sido despejado durante a noite em que ficou pensando em Dong-sun e em como foi tola. Poderia ter evitado tantas coisas.

Sohyun entrou com o café da manhã, porém Da-som não se mexeu. Continuou sentada na cama, abraçando suas pernas e olhando para o nada.

- O que aconteceu ontem? - Sohyun perguntou, se aproximando e sentando ao lado dela.

- Aconteceu tudo que não deveria. - Sua voz estava um pouco rouca. - Acabou.

Ela sentiu Sohyun a abraçar de lado.

- Vamos encontrar uma forma de resolver.

- Para quê? - Da-som a olhou pela primeira vez naquele dia. - Em quinze dias estarei morta. Então do que adianta explicar para ele sobre minha situação? O que adianta se ele me perdoar? Eu vou morrer. - Ela quis chorar, mas não tinha mais força para isso.

Sohyun ficou em silêncio por longos minutos, e então se levantou e colocou as mãos na cintura.

- Não, você não vai morrer.

Da-som franziu o cenho.

- Eu vou te ajudar a sair daqui e encontrar com Dong-sun. Vou fazer o que puder para que você viva.

- Isso vai te prejudicar. - Ela negou com a cabeça enquanto falava.

Sohyun pegou as mãos de Da-som e a olhou nos olhos.

- Da-som, não é justo você morrer por quem não ama. Talvez eu perca meu emprego, mas não posso te deixar sucumbir e fazer isso.

Sohyun soltou as mãos dela e foi em direção a porta, a abrindo, mas parou ali mesmo. Da-som se levantou.

- O que foi?

Ela caminhou até onde Sohyun estava e viu um homem parado ali.

- Me deixe a sós com a minha filha. - O homem ordenou, e Sohyun saiu rapidamente.

Seu pai entrou no quarto, fechando a porta, e Da-som recuou, sentindo medo do que estava por vir.

- Como pode pensar em fugir? - Ele estava com raiva. - Não pensa nas consequências? Ou em suas irmãs? No que aconteceria a elas e a sua mãe se o ritual não fosse cumprido?

Os lábios dela se curvaram para baixo, e ela lutou contra a tristeza em seu peito.

- Por que eu? É justo me dar esse destino, pai? - Ela o olhou nos olhos, agarrando com força a chima de seu hanbok. - Eu sequer pude conhecer minhas irmãs ou minha mãe. - Da-som piscou, sentindo as lágrimas escorrerem por suas bochechas e queimarem sua pele.

- Não podíamos deixar isso acontecer. Só faria sua mãe e irmãs sofrerem ainda mais!

Os sentimentos de Da-som nunca eram levados em conta. Será que alguma vez ele pensou em como ela se sentia ao saber que morreria aos vinte anos?

Mesmo assim, era egoísmo da parte dela? Ela já não sabia. Não queria que nada de ruim acontecesse as meninas e a mulher que lhe deu a luz.

Da-som o olhou com os olhos cheios de lágrimas, embaçando sua visão, e então se agachou e sentou sobre seus pés, se curvando e encostando a testa no piso de madeira.

- Desculpe-me! - ela pediu, em um misto de tristeza e raiva. - Me perdoe por ser egoísta.

Ela o ouviu fazer um som de aprovação e entao a porta ser aberta e fechada, sendo trancada após isso.

Da-som ergueu a cabeça e ficou ali, sentada no chão, as lágrimas molhando sua chima.

Da-som sentia-se angustiada. Não sabia o que tinha acontecido com Sohyun. Quem havia trago o almoço era outra empregada, e isso a preocupou.
Seu objetivo era descobrir se Sohyun ainda trabalhava na casa, ou se havia sido expulsa. E se isso tivesse acontecido, significava que a avó dela tinha ido embora também.

Ela não parava de andar de um lado para o outro. Precisava saber de algo, mas a empregada sequer olhava na cara de Da-som quando entrava no quarto.

Estava próximo da hora do jantar, então ela esperou até a mulher entrar, e quando isso aconteceu, Da-som agarrou o pulso da mesma.

- O que aconteceu com Sohyun? Ela ainda trabalha aqui? Foi demitida? - ela perguntou rapidamente, assustando a outra.

- E-eu não posso dizer.

- Ora, claro que pode! Ninguém saberá que falou comigo. Vamos, preciso saber senão morrerei de angústia.

A empregada olhou para a porta que estava fechada e então sussurrou:

- Ela ainda trabalha aqui. Com licença. - Ela fez uma reverência e saiu.
Ótimo ao menos Sohyun não estava sem emprego e sem onde morar.

Ela se sentou e comeu um pouco da comida, sem ao menos sentir o gosto. Sua mente estava uma bagunça. Não sabia com o que se preocupar. Se com Sohyun, com Dong-sun ou com sua família. Percebeu que sempre esquecia de se preocupar com ela mesma.

Da-som suspirou e se levantou, apagou as velas espalhadas pelo quarto, soltando os cabelos e indo para a cama. Era meia noite.

Ela se deitou e fechou os olhos, respirando fundo e se concentrando para dormir.

Naquela noite, sonhou que estava com Dong-sun embaixo da árvore deles, milhares de vagalumes os cercando e ele a beijando, para em seguida a chamar de esposa.

O que acharam do pai da protagonista?

E pensar que falta só 4 caps pra acabar... já sinto saudades de vocês e dos personagens 🥺

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