Capítulo 26

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Acordo cedo propositalmente para frustrar meu irmão depois de anos de tradição de me acordar sujo de chantilly no meu próprio aniversário

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Acordo cedo propositalmente para frustrar meu irmão depois de anos de tradição de me acordar sujo de chantilly no meu próprio aniversário.

Tomo um banho rápido, coloco uma roupa confortável e entro no quarto dele sem ser notado. Ed estava esparramado não cama, literalmente.

Respiro fundo ao sair. Pois é, 26 anos com carinha de 19. Eu sou gostoso pra caralho.

Balançando a cabeça negativamente antes de sair de casa, para ir até a loja de convenções da mãe do Noah, fica menos de um quilômetro daqui.

O tempo de caminhada foi usado para pensar, em absolutamente tudo e em tópicos.

Tenho 26 anos e nunca tive uma namorada, as "quase" não vale.

Meu irmão já está quase virando um adolescente, eu não gosto de adolescentes. Não sei como lidaremos com isso e pelo visto o idiota vai começar no romance primeiro que eu.

Tudo passou rápido demais e eu nem sei de fato se em algum dia de todo esse tempo vivo, eu fiz algo por mim.

Nunca vou julgar meu irmão, ou dizer que ele tem culpa de algo. Eu faria tudo de novo, perderia um monte de chances de novo, aprenderia a colocar uma fralda quantas vezes for preciso.

Mas saber que nunca fiz algo por mim é frustrante. Então hoje vou comprar cereal sem açúcar.

É o meu preferido, mas quando Ed era um pirralho Mirim, eu comprava aqueles que praticamente só tinha gosto de açúcar, ele amava.

E não dava para comprar os dois tipos de uma vez, agora da.

Então foda-se, é meu aniversário, se eu quiser eu compro o estoque todo.

E também penso em como eu queria que todos estivessem juntos, eu, meu irmão, Noah, a mãe dele e até mesmo a Jade.

Bufo impaciente quando a imagem da Sammy aparece entre eles, digo mentalmente um "não".

Nem pensar, nem em uma realidade alternativa, muito menos nessa realidade. Ela é a porra da garota que mais chamou minha atenção nessa terra.

Mas nem fodendo. São realidades diferentes, problemas complexo demais. É óbvio o quanto a vida dela é meio confusa, ainda mais pra mim.

Eu não entendo como pode ser tão difícil para alguém aceitar a si mesmo. Fora ela ter um puta medo de "andar" com quem não é tão rico quanto ela.

Esse lance é complicado demais e de complicado já basta tudo que vivi.

Então seja lá o que temos, espero que continue assim.

— Oi Tia, linda e mais perfeita que existe. -Abraço ela por trás, dando um baita de um susto na coroa.

— Perdeu o juízo? - Ela se afasta, me encarando da forma mais ranzinza possível.

— E algum dia eu já tive? - ironizo, pegamos uma cesta para por algumas coisas.

— Jamais. - Ela me puxa para um abraço de urso, me apertando com seus braços fofos. — Parabéns, vou fazer uma bolinho de baunilha que você ama.

— Não precisa não, no máximo a gente pode pedir algumas pizza ou ir ao boliche.

— Mas você nem gosta de boliche. - Ela bufa, colocando algumas coisas dentro da minha cesta.

— Pra que isso tudo? -Pergunto, seguindo ela.

— Pra fazer o bolo e eu preciso que você vá lá em casa, estou terminando a reforma para a mudança e precisa estar perfeita para alugar, procurei um encanador barato para consertar a merda da pia e nada. - Ela bufa, parecendo impaciente. — Mas você é de graça.

— E porque eu sou de graça? Não sou nem encanador. - Retruco.

—  Mas sabe mexer nesse trecos. - ela diz jogando as caixa de cereal sem açúcar na cesta, fazendo-me sorri.

— É assim que você acha que vai me conquistar?

— Claro. -Ela pisca. — Agora vá pagar.

— Ganho nem um desconto? -Faço uma careta triste.

Não.

— Porque você fez isso?

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— Porque você fez isso?

É a primeira coisa que escuto ao entrar em casa.

— Eu comprei o chantilly atoa, Philipe. - Meu irmão exclama, quase furando o chão de tanto que pisava forte. — Você é um otário.

— Otário foi você por achar que eu ia cair nessa de novo depois daquela vez. - Irrito mais ele, deixando as coisas em cima da mesa. — Agora me sirva, irmão, hoje é o meu dia.

Ed me olha com os os braços cruzados, seu rosto pálido estava ganhando um tom avermelhado,  mas para a minha surpresa, ele não negou.

Babaca. - Escuto ele sussurrar.

Observo ele mexer nas bolsas, suspiro e me levanto para ajudar ele.

— Se me chamar de babaca de novo, não vou dar meu primeiro pedaço de bolo pra você.

— Não quero, seu babaca. -Meu irmão retruca, me fazendo rir. — Você Vai fazer bolo?

Ed pergunta curioso.

— Não, mais tarde a mãe do Noah vai vir fazer enquanto eu arrumo a pia dela.

— Posso ir?

Não.

—Não

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