Em questão de segundos

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Terça-feira, 8:37 da manhã.

Dipper acordara, abrindo os olhos lentamente, enquanto sentia o cansaço lhe evaporar, e perceber que os hematomas haviam sumido. Deu um sorriso de leve.

— De nada, Pinetree. — Bill auto-respondeu. Suspirando. — Agora que eu te curei, quem está acabado sou eu.

— Você que se ofereceu! — Retrucou.

— Talvez seja verdade... — Bill disse enquanto punha as mãos na testa. Começando à reclamar — Ah, é tão ruim ser humano as vezes!

— Você que lute. — Debochou.

— Às vezes eu acho que você me odeia. — Desabafou, fingindo tristeza.

— Pare de achar e tenha certeza, boboca. — Dipper respondeu em brincadeira.

— Ah... — Bill gemeu fingindo uma pontada no coração. — Meus sentimentos humanos foram abalados. — E chorou baixinho.

— Dipper o encarou com deboche. O demônio mais perveso e lindo estava participando da brincadeira. — Im-pres-sio-nan-te.

— Ele parou de imediato com o drama. — Alguém já me disse isso alguma vez essa semana ou a passada. — E colocou a mão no queixo.

— Análise. — Dipper usou de um meme.

— Análise. — Bill respondeu. — Acho que não vou lembrar.

Pacífica invadiu o quarto, enquanto via Dipper e Bill abraçados juntinhos, e o menor corou violentamente, se afastando do moreno, que puxou ele de volta, implorando para continuarem o abraço.

— Aaah, vocês são tão fofos juntos! — A garota exclamou, enquanto levava as mãos as bochechas. — Parem de namorar e venham tomar café!

— N-nós não estamos namorando! — Dipper gritou.

— Me engana que eu gosto! — Ela respondeu enquanto saía, fechando a porta.

— Nós podemos ficar mais um pouquinho? — Bill resmungou, enquanto Dipper se levantava.

As luzes foram ligadas, Bill usava um calção amarelo de algodão e uma camisa preta. Já Dipper estava usando uma vestimenta de baixo igual, de cor azul-claro, e um casaco azul-escuro.

— Óbvio que não, só fiquei aí com você por causa do feitiço. Vem, vamos. — Dipper chamou sem olhar para trás. Enquanto Bill estalava os dedos, desligando as luzes.

— Pinetree... — Ele disse. — Eu realmente estou... — E sussurrou. — Bem cansado.

— Claro que está.

— É óbvio que estou, meu corpo está doendo, minha cabeça está latejando, estou indisposto, minha garganta arranha.

— E como eu tenho certeza de que isso não é um truque?

— Por... Favor. — Ele disse baixinho, suas bochechas estavam rosadas, as gotículas de suor desciam pelo seu rosto, e o mesmo tinha um semblante cansado.

— Se cura sozinho aí, você é um puta demônio poderoso, uai.

— Eu ainda sou, mas viver aqui sem ajuda e influência de outros demônios me fazem ficar mais fraco que o normal.

— Eu não acredito que vou trazer café da manhã e afins pra você.

— Às vezes eu tenho certeza que você me odeia, estava à cinco minutos atrás mil amores comigo, foi só a Pacífica chegar. — E falou um pouco alto. — Era melhor ela nem ter vindo, atrapalhou nosso momento!

Mil e uma maneirasOnde histórias criam vida. Descubra agora