Noites em claro

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— Sequestraram a Mabel, c-como assim, Pacífica? — Dipper perguntou, seus olhos transbordavam e seu semblante preocupado arrastava todos os pensamentos ruins possíveis para si. Bill poderia enlouquecer caso se permitisse ler os mesmos, tantas ideias giravam sobre a cabeça de Pines, era como um furacão.

— Estávamos na floresta, enquanto galhos se chocaram e alguns animais saíram o mais rápido que puderam dali nós vimos alguma coisa. — Ela colocava as mãos próximas ao coração, e não se permitia chorar enquanto não contasse tudo o que aconteceu.

E ela explicou tudo à eles.

[...]

Três dias.

Foram três dias acordado.

Três dias de busca.

Três dias procurando por pistas.

[...]

Primeiro dia: Terça-feira, 7:48 da manhã.

— Dipper... — E estalou os dedos, fazendo com quê o notebook aparecesse em suas mãos. Conjurou algum feitiço sobre o aparelho e o entregou ao menor. — Toda e qualquer informação sobre o submundo se encontra nesse mecanismo de pesquisa.

— Obrigado. — Respondeu, objetivo. E se sentou em sua escrivaninha, que havia levado até a sala, para que enquanto trabalhasse, se Mabel abrisse a porta e finalmente aparecesse, ele já estaria lá para recebê-la.

O de cabelos castanhos não poderia perder tempo, chorar, sofrer.

Esses sentimento estavam proibidos de virem à tona durante os próximos dias.

Cada hora que se passava era torturante, cada segundo perdido lhe causava ansiedade, era como o sequestro perfeito, não haviam pistas, não haviam erros.

Seja quem for, não havia deixado nada passar.

Ligou o notebook e começou à procurar, Pacífica contratou detetives particulares para trabalharem por toda a área de Gravity Falls. "Quem sabe eles deixaram algumas pistas enquanto saíam, ou estão à aprisionando por aqui." Foi o que ela disse, ao tomar a sua decisão.

Bill estava sempre no submundo desde então, procurando por informações, enquanto Pines fazia o mesmo, porém, virtualmente.

As luzes estavam todas apagadas, fogões, micro-ondas, televisões, tudo. Absolutamente tudo. Pines precisava de energia o suficiente para que o notebook conseguir acessar informações do submundo, com a ajuda dos poderes do Cipher.

Vez ou outra Pines o encontrava sobre as câmeras, passando pelas ruas, correndo, ou até mesmo entrando em alguns locais abandonados, caso ela estivesse por lá.

[...]

Ainda terça, 11:37 da noite.

Bill voltava sempre as dez da noite, e aquele dia não fora diferente.

— Dipper, vamos dormir. — O loiro pediu.

— Daqui à pouco estou na cama.

O maior assentiu e subiu as escadas, se sentindo agoniado com as tábuas, depositando um feitiço, enquanto estivesse lá, aquelas malditas escadas não iriam ranger.

Passou a noite em claro.

Não deixou seus olhos fecharem nem por um segundo, e assim se passou toda a madrugada.

E claro, não encontrou um vestígio.

[...]

Segundo dia: Quarta-feira, 5:00 da manhã.

Mil e uma maneirasOnde histórias criam vida. Descubra agora