6 | Mattia

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  Sinto meu corpo todo dolorido, faz três dias que eu não durmo. Estou tentando descobrir quem são os malditos, que estão tentando contra mim. Encontrei o primeiro traidor, olho atentamente para o homem quase morto a minha frente. Chego a sentir pena dele, porque a morte estava longe ainda, ele vai sofrer pela traição deferida a máfia.

— Joguem água nele... — ordeno alto.

  Meus homens pega um balde de água, colocando sal e vinagre, logo depois jogando em cima do traidor a minha frente. Hector grita de dor acordando, seu olhar é de puro ódio. Levanto minha blusa para não sujar de sangue, o pego rapidamente.

— Quem são os malditos? — pergunto calmamente. — Só assim, terei piedade de sua família... — isso foi um blefe, mas serviu para que ele sentisse medo.

  Depois que minha mãe tomou o poder, há muitos anos atrás as coisas mudaram por aqui. E eu quero continuar seguindo seus passos, sendo um exemplo. Não machucar família de inimigos, como modo de vingança, não bater em mulheres e muitas outras coisas. As coisas mudaram por aqui, e eu gosto disso, mas meus inimigos não precisam saber. Que as minhas leis são as mesmas da mulher que me criou.

— Você não tem coragem... — Hector tem a ousadia de me desafiar na frente dos meus homens, parece que ele apanhou pouco ainda.

  Pego meu celular e procuro a foto, de uma linda jovem de dezessete anos. Me sentindo um monstro por usar isso a meu favor, mesmo não gostando coloco minha máscara. Ela está neste momento no outro cômodo do galpão.

— Traga a princesinha loira pra cá. — ordeno a meu soldado, ele pega uma arma e vai até a parta. Da ordem para trazerem a jovem.

  Perdoa-me Aurora, prometo não fazer nada contra a jovem.

  Hector arregala os olhos, ao vê a filha vestida com o uniforme da escola ainda. Ele tenta ir até ela, eu permito que ele a abrace, deve ser horrível passar por uma situação assim.

— Tic toc... Tic toc... Seu tempo está passando Sr. Hector. Se despeça de sua filha, aproveite o seu último momento junto a ela. Pois se não me disser o que eu quero, tenho homens aqui, que adorariam disflorar sua florzinha. — ele corre até mim se ajoelhando.

— Por favor, eu digo o que o senhor quiser. Mas solte minha filha, ela tem problemas e precisa de remédios.

  Dou uma risada maléfica, despertando o monstro que existe dentro de mim. Uma imagem de Natasha preenche minha mente, trazendo lembranças dolorosas. Estou com saudades, mas este não é o momento ainda para vê-la.

— Se despeça da menina, antes que eu desista de polpa sua vida. — foi mais fácil do que imaginei.

  Respirei fundo sabendo que a noite seria longa.

***

  — Mattia, descobriu quem são os homens? — Lorenzo pergunta pela chamada de vídeo.

  Bebo mais uma dose de uísque, tentando formular meus pensamentos. Não queria levar problemas para meu irmão, que estava passando por uma situação muito crítica.

— Quero adiar o casamento com Natasha! — resmungo mudando de assunto.

— Jamais, você vai se casar cara. Alice vai sair dessa, e nosso filho também. — ela tentou se convencer com suas palavras. — Você precisa agir por conta desse atentado que andam fazendo.

  Não quero colocar ele no meio disso, jamais me perdoaria se algo acontecesse a ele. Respiro fundo, fazendo meu corpo ficar tenso. Preciso de respostas, talvez ele possa me ajudar é meu irmão.

— Irlandeses, mano! — digo.

— Aqueles filhos da puta, não perdem uma oportunidade de tentar algo contra nossa família. — aceno com a cabeça, tomando mais uma dose de uísque.

— O chefe deles quer ter uma conversa comigo, diz que sabe algo relacionado ao meu passado. Que diz respeito a minha verdade mãe, Aurora e nosso pai. — um alívio percorre todo meu corpo.

  Meu telefone vibra, desvio meu olhar para o mesmo, dando um belo sorriso ao ver quem estava mandando mensagem.

  Oi, querido noivo...

  O casamento está chegando, amanhã temos a prova dos bolos. Já comprei o vestido, e mil desculpas pela minha mãe ter mandado a conta pra você. Eu sei que ele foi caro, mas foi o único que eu escolhi por conta própria...
Eu...

— Pelo seu sorriso, só pode ser a Natasha! — Lorenzo zoa. — Mano vou dormir agora, amanhã cedo vou para hospital e depois vou voltar pra cápsula. Te amo, depois me conta mais sobre a máfia irlandesa.

— Tá bem, até logo!

  Fecho a tela do computador, pego meu celular e volto para a mensagem que recebi de Natasha.

  ... está difícil admitir, mas seu afastamento está me fazendo sentir saudades. Beijos até amanhã.

  Me peguei sorrindo, gostando do que eu acabei de ler. Deixo meu escritório subindo para o meu quarto, me separando com a jovem ruiva deitada sobre minha cama ainda nua. Um sentimento diferente me surgiu, fazendo eu ficar na dúvida do que eu estava fazendo da minha vida.

  Natasha fazia meu pau estourar na calça, não conseguiria ficar um ano sem transar. Ainda mais sabendo que eu não vou ter tanta sorte com Natasha na lua de mel como eu queria ter. Deixo a Luany dormindo e vou para o banheiro, ligo o chuveiro deixando a água escorrer tudo de ruim que anda acontecendo.

  — Eles querem destruir você e a herança dos seus pais. Assim como seu pai destruiu a herança deles... — acertei um soco na cara do maldito.

— De que herança você está falando?

— Alessandro De Luca, tinha uma amante e o nome dela era Anna Rosa, sua mãe. — senti minhas forças se esvaindo. — Ela foi amante do seu pai por anos, até Aurora chegar a idade de se casar. Alessandro ficou enfeitiçado por Aurora e não queria mais Anna. O que Alessandro não sabia era que Anna Rosa era herdeira da Máfia Irlandesa, assim como você... Mas, eles se uniram há um homem...

— Chega, porra! Trás a garota aqui. — eu estava cego. Meu soldado foi na mesma hora. — Você está mentindo. Sua filha vai ser morta na sua frente e estuprada por mim e meus homens.

— Estou falando a verdade, por favor! Mattia. O homem quer Natasha sua futura noiva pra ele. Ele quer te matar... Mas seu avô, ainda está vivo e não vai permitir. Por isso eu estava aqui.

— Hector, eu quero provas. Você não me deu elas, não é mesmo? Então, vai sofrer as consequências.

  Soco a parede até ver sangue, sentindo lágrimas queimar meu rosto. Eu fui um estúpido, eu não deveria ter feito aquilo com aquela garota. Destruí sua vida para sempre, Natasha nunca me perdoará se descobrir o que eu obriguei meus homens fazerem. Mas como eu poderia acreditar, na sua história sem pé nem cabeça, aonde aquilo poderia ser verdade?

  Meu pai matou minha mãe, ele não seria capaz. Não por causa de Aurora e do Lorenzo, minha vida era uma mentira e eu tinha que descobrir todas as verdades escondidas.

Boa tarde, estou em falta com vocês. Mas eu estava sem conseguir escrever nenhum capítulo. Fiz e excluí várias vezes, e pra completar minha vida. Meu celular deu ruim, mas pretendo postar outro ainda em breve.

Fiquem ligados, votem e comentem.

( Gente sem celular não tem capítulos, pq eu escrevo pelo celular)

Mattia - Herdeiros da Máfia parte dois | Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora