04| Mattia

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  Nunca estive tão empolgado com nada, a viagem para Itália estava preparando novas propostas. Natasha estava diferente, depois que deixamos a casa não voltou a falar comigo. Ela estava magoada por conta daquela fedelha maldita, mas já reservei o pior pra ela.

  Arrumei a minha mala, deixei um recado pra Natasha avisando o dia que eu a buscaria para a viagem. Ela respondeu Ok. Não levei como afronta, já que ela ainda está magoada comigo.

  A investigação contra seu ex professor está ficando cada vez mais profunda, o maldito está seguindo Natasha. A única coisa que posso afirmar, assim que eu voltar da Itália esse maldito vai pagar por cada criança que ele abusou.

  Pelas investigações, havia alguém protegendo ele algum tempo. Eu e meu investigador estamos achando que há ligação com a máfia irlandesa, que está tentando tomar o poder completo da Bratva. Será que eles não sabe que somos invencíveis?

  Meu celular começa a tocar, atendo assim que vejo o nome de Ismael na tela. Um dos seguranças que segue Natasha.

— Senhor? — ele diz antes eu responder ele prossegue. — Ele fugiu da Rússia senhor, ele tentou sequestrar Natasha. Estamos levando ela pro hospital, ou a gente cuidava dela ou ia atrás dele senhor. Optei por cuidar dela.

— Fez a coisa certa, leve a para o hospital dela. Avise seus pais, estou a caminho.

— Sim, senhor!

  Desligo o telefone, com raiva jogo tudo no chão. Maldito. Quando eu conseguir por as mãos nele, ele morre aquele desgraçado. Vou matar com minhas próprias mãos.

***

  Cheguei no hospital em menos se uma hora, subi para o quarto que ela estava. Vi seus pais na recepção, a mãe dela chorava compulsivamente, talvez tenha acabado de descobrir o que aconteceu com a filha na infância. Falei com ambos, me disseram que Natasha dormia e que ela havia perguntado por mim.

  Quando eu entrei no quarto, ela estava chorando e não dormindo como seus pais haviam dito. Assim que seus olhos cruzaram os meus, ela se encolheu.

— Vai embora, por favor! — ela resmungou.

— Eu não vou sair do seu lado, desculpa por não conseguir te proteger... — resmunguei com ódio e raiva.

— E aqueles homens, quem eram? Estavam me seguindo?

— Seus seguranças... — ela me interrompe.

— De alguma forma estava me protegendo, obrigada. — ela limpa um pouco das lágrimas. — Fiquei com tanto medo quando eu vi que ele me seguia, quando ele tentou me colocar no carro... Quando ele tentou passar aquelas mãos em mim, achei que ele fosse conseguir. Mas...

  Eu chego o mais próximo dela que consigo, seguro seu rosto e digo.

— Eu vou te proteger sempre, Natasha. Nunca esteve desprotegida, desde o dia que nos conhecemos há seguranças disfarçados cuidando de você.

— Nem sei como te agradecer... Eu não sabia, se não fosse você... Provavelmente eu estaria, sei lá...

— Chega, não quero mais ouvir isso. Vou ser não só seu marido, seu amigo e seu amante. E seu protetor, devo te proteger sempre Natasha.

  Puxo ela para mim, dando um abraço apertado, espero que eu não esteja demostrando demais o que eu sinto por ela.

***

  A viagem para Itália, transcorreu bem o casamento do meu irmão foi melhor do que esperávamos. Ele realmente estava animado com aquilo, eu fico feliz por ele. Natasha se soltou um pouco e estava melhor, a viagem de volta para casa foi muito cansativa.

  Natasha estava parecendo melhor que antes, e também muito empolgada e feliz. Ela não quis me dizer o porquê, mas me mantive na minha. Marquei um jantar para nós dois no próximo final de semana, ela aceitou de primeira. Vou levar ela para conhecer o melhor restaurante da região.

  A semana passou rápido o dia do nossa jantar havia chegado, eu estava mais ansioso que o normal. Realmente eu estava feliz enfim, em tê-la comigo. Fui para meu apartamento, resolvi algumas questões que estavam acontecendo. E fui tomar banho.

  Quero cuidar de Natasha, como ninguém nunca fez ontem, não vou dizer a ela que já sei o que o maldito do professor tentou fazer com ela. Espero ela estar pronta para me dizer.

  Coloquei o melhor perfume, minha melhor roupa e assim por diante. Queria estar mais que perfeito para ela. Talvez fosse o momento certo de revelar o amor doentio que eu sinto por ela. Desde o primeiro dia que a vi, tenho a necessidade de proteger e cuidar dela.

  Já no carro, vejo no retrovisor que além dos meus seguranças há dois carros me seguindo. Revirei os olhos, estava tudo tranquilo para ser verdade. Peguei minha pistola e preparei, abri a janela mirando no pneu do primeiro carro. Acertei em cheio, o carro foi parando e rodando pela pista, obrigando o outro que estava atrás parar também.

— Quero saber, quem são os malditos que estão tentando contra mim. — pego o telefone e digo assim que, Higor atende.

***

  Desisto de ir ao restaurante com Natasha, pelo medo de algum atentado quando eu tiver com ela. Não me perdoaria. Pedi uma pizza, estilo italiano que sou e ficamos no seu quarto. Contrariando o desejo do seu pai.

— Já disse pro senhor, eu não farei nada que irá contra os costumes da máfia. — disse batendo a porta na cara dele, tranquei a mesma e fui caminhando com a pizza de pepperoni nas mãos e com um refrigerante em outra.

  Há uma pizzaria no estilo Italiano, que eu sempre vou quando quero me lembrar de casa. Ela é bem famosa aqui em Moscou.

— Acho que nunca comi antes... — ela confessa.

  Olho surpreso para ela, solto um sorriso, retiro meu casaco ficando apenas de calça e blusa. Retiro minha blusa, fazendo sinal de calor com as mãos.

— Tá calor aqui! — respondo me justificando.

  Vejo Natasha analisar todo meu corpo, ela morde os lábios e sorri. Me aproximo o máximo que consigo, corto um pedaço de pizza e como.

— Chega mais perto... — peço ela faz imediatamente. — abra bem a boca, isso. — sinto meu pau latejar, maldita está obediente. Pego um pedaço de pizza e coloco na sua boca. Ela mastiga, assim que ela engole e abre um sorriso. Eu arranco um beijo dela. — No estilo mais italiano e safado possível, la mia ragazza.

  Ela abre um sorriso me surpreendendo, me beija em um supetão que eu quase caiu da cama. Agarro seu corpo juntando ao meu e seu pescoço, com força. Deliciosa, e só minha. Depois de um tempo ela se afasta, um pouco apreensiva, eu sorrio e continuo a comer.

— Se continuarmos assim, não chegaremos ao casamento. — confesso.

***

Bom dia!

Quando a meta foi batida, vim postar o capítulo e estava apagado. Eu tive que reescrever ele todo, por isso não postei ontem.

Estaremos de volta essa semana.

Bjs, votem e comentem.😘

Mattia - Herdeiros da Máfia parte dois | Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora