eu quero

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Querer é poder?

Boa leitura, migs!

<3

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Uma lanchonete? Uma lanchonete, Juliana? Sério que você tinha escolhido uma lanchonete meia-boca pra levar a mulher mais instigante e linda que você já tinha visto? Mas eu falei que eu queria pagar e já estava no final do mês, não tinha como ser algo tão caro. Será que ela me odiaria pra sempre? Ela nunca deve ter colocado os pés milionários em uma espelunca como essa. Perdendo pontos, Juliana. Mas que pontos eu tinha pra perder? Vamos ser sinceras, né? Eu não sou ninguém, apenas uma pé-rapada que trabalha no aeroporto e ela, parece ser tudo o que há de mais perfeito nesse mundo. Ela deve estar encantada com o submundo, sei lá, alguma conquista que eu represento pra ela, mas tenho que ter certo na minha cabeça que isso aqui é uma confusão, um jogo. Não posso me entregar pra essa relação que claramente não vai dar em nada. Se controle e pareça certa das suas opções, Juliana. Esse é o seu mundo.

- Curioso esse lugar que você me trouxe. Algum motivo especial? – Valentina, com toda sua pose e educação tentou puxar papo assim que sentamos na mesa da lanchonete perto do meu antigo trabalho. Eu, antes de ir pro aeroporto, trabalhava pela manhã em uma pequena sala de massagem e a noite naquele local. Era uma parte do Brooklyn quase totalmente habitada por Alemães e Polacos.

- Eu trabalhei aqui um tempo e gosto muito do hambúrguer daqui. Espero que você coma carne, pois é o carro chefe da casa. – eu disse meio tensa, pensando no porque de não ter perguntado isso antes.

- Ahh como sim. Tem tempo que não como carboidrato... – claro, pra manter a forma. Bola fora, Juliana. Bola fora.

- Me desculpe. Não perguntei. Se quiser, podemos ir em outro lugar, eu..

- Não, não...você escolheu por um bom motivo. Tá ótimo aqui. – ela me interrompeu pra me tirar daquela situação de desconforto.

Enquanto olhávamos o cardápio de bebidas, uma pessoa chegou por trás de mim apertando as minhas costelas e me fazendo levar um susto.

- Juliana, sua safada. Você não ia falar comigo, não? – olhei pra trás e abri um sorriso largo, indo diretamente dar um abraço apertado no homem que me cumprimentava.

- Alex!!! Caramba, há quanto tempo. Que bom te ver.

- Digo o mesmo. Você está cada dia mais linda! – ele dizia me olhando de cima a baixo e ouvi um limpar de garganta do outro lado da mesa.

- Ahh, Alex, essa é a Valentina. Uma..amiga minha.

- Prazer. Encantada. – a mulher estendeu a mão e o cumprimentou.

- O prazer é todo meu, princesa. – ele voltou o olhar pra mim e fez um gesto com a cabeça – Amiga, é?

- Não começa, Alex. Vai lá trabalhar! Depois vou ali falar mais com você. Aproveita e traz dois hambúrgueres, do jeito que eu gosto.– ele nos deixou, sorrindo enquanto sentava novamente a mesa.

- Ex?

- Oi?

- Vocês parecem íntimos. – aquilo era ciúmes? E sério que ela ainda não tinha sacado?

- E se fosse? – eu não ia deixar barato. Queria vê-la mais entregue que eu.

- Se fosse..ué..tudo bem. Seria..ok, ué. – Valentina nervosa e gaga era a minha favorita. Até aquele momento. Tenho certeza que teria outras facetas preferidas mais pra frente.

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