duas palavras

2K 134 107
                                    


Que que dá quando mistura drama com hot? Vejam a seguir..

////////////////////////////////////////////////

Juls POV


Juls, por favor. Respira, meu amor. Respira!

Fui jogada diretamente no último momento que tive que enfrentar o olhar do daquele crápula. Foi também o momento mais doloroso da minha vida, em todos os sentidos.

- Juliana, se aproxime por favor. – Garcia me estendeu a mão para que eu entrasse em um escritório de sua casa milionária. Ao lado dele, estava ela. Sempre com aquele olhar perdido, que não focava em nada, completamente drogada. E era assim que ele a queria. – Fale oi pra sua mãe, Juliana. Não a falte com respeito.

- Olá, Lupita. – falei com nojo e aversão àquela pessoa, que nem conseguia responder a um cumprimento.

- Como você está? Precisa de alguma coisa? Roupas novas?

- Não preciso de nada. – ele resolveu se levantar. Se aproximava com um olhar faminto, com luxúria, o que me fazia ter vontade de vomitar. Eu estava ali contra a minha vontade, praticamente obrigada pois minha família inteira devia dinheiro para esse nojento, inclusive a minha avó, que cedeu em seus últimos momentos, por necessitar de proteção, o que no final das contas, foi em vão.

- Que bom que está bem instalada. Soube por algumas pessoas que já é a garota mais popular por aqui. – falou rodeando meu corpo e passando sua mão pelo meu ombro. Eu estava naquele inferno há meses e era ele quem me dava o valor das minhas dívidas. Cada trabalho feito, ele quitava um pouco do montante. Eu chorava todos os dias. Me sentia suja, me sentia violada, tanto no corpo quanto na minha alma. Eu não merecia aquilo e tinha principalmente a minha mãe para culpar. – Juliana, creio que nossa dívida vai ter que ser revista. – falou diretamente enquanto descia sua mão asquerosa pelo meu braço.

- Como? Eu estou fazendo tudo o que você me pede.

- Sim, e estou muito orgulhoso de você. Mas infelizmente, seu irmãozinho não está colaborando. – a minha mandíbula travou de tanto ódio. Odiava a minha pele, odiava tudo o que me cercava e principalmente a minha família.

- Não estou entendendo.

- Seu querido irmão, sangue do seu sangue, pegou uma bela quantidade de mercadoria com a gente para vender. Fez toda uma propaganda que já tinha comprador, que era dos bons. Acreditei nele, sabe? Achei que ele tivesse aprendido a lição. – conseguia sentir o bafo quente no meu pescoço e olhei para a minha mãe, que me olhava, mas não me via.

- E o que você quer que eu faça sobre isso? – disse querendo uma resposta rápida para que ele me deixasse em paz.

- Não seja tão arisca, jovem. Eu serei bonzinho. Te darei duas opções, que tal? – meu maxilar continuava travado a espera da falsa benevolência daquele ser. – Opção 1. Você faz uma pequena viagem para o exterior levando uma mercadoria que temos que entregar.

- Eu seria uma mula? – falei em um tom mais alto.

- Se acalma, garota. Sei que essa opção é a menos adequada para uma garota linda como você. Ate porque a mercadoria iria em lugares desconfortáveis. – Tudo o que eu queria era estar nos braços da minha avó, segura e longe dali. – A opção 2 acho que você vai preferir. É bem simples: você terá que substituir sua mãe.

O Seu ToqueOnde histórias criam vida. Descubra agora