2.1 - The Rescue

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Como Eleanor suspeitava, assim que conseguiu sair, a primeira coisa que Harry fez foi ir a procura de Louis. Ele sabia que o garoto também estava o querendo encontrar, o que fazia com que sua decisão de deixar seus dramas de lado se tornasse mais fácil. Mas, ao passar dias à espera de o garoto, estava começando a entrar em desespero e correu ao encontro da garota pensando que ela havia sumido com ele.

Ela começou a suspeitar de que algo estava errado, afinal, a tarefa de Louis era a mais simples de todas. Só precisava fazer com que a mãe da garota entregasse a caixa a ele e correr para fora dali. Sabia que humanos não podiam passar muito tempo naquele lugar ou poderiam morrer, e talvez estivesse no começo de um surto ao pensar na possibilidade de ter levado Louis diretamente a sua morte. Afinal, apesar da insistência inicial de querer o garoto para si, nunca foi sua vontade causar maiores problemas além de alguns atritos que irritariam Harry.

Estava em um conflito interno, onde ao mesmo tempo que pensava em ir atrás do primo para tentar ajudar, também passava por sua mente que já havia ajudado o bastante e era melhor ficar longe daquilo. Não queria estar envolvida caso aquilo se tornasse um problema maior do que a infelicidade de Afrodite por as coisas não irem de acordo com o que ela deseja.

Por outro lado, não parava de pensar que se acontecesse alguma coisa a Louis, ela seria a culpada por leva-lo até o submundo e, antes mesmo que pudesse pensar em desistir, já estava frente a frente com o garoto de belas asas enquanto ele a encarava com uma expressão totalmente desconhecida por ela. "eu devo isso ao Louis" era o que pensava enquanto observava a quase falta de reação de Harry.

- Você precisa me levar até lá – foi o que ele disse, depois que seu surto acabou

- Você tem as suas próprias asas, se veio até aqui, pode chegar lá

- Me deve essa – retrucou

- Olha, eu te digo o caminho, você só precisa achar ele e levá-lo para fora. – se deu por vencida

Sabia que não poderia levar Harry ao submundo do mesmo jeito que levou Louis, precisava guiá-lo até uma das entradas que só imortais eram capazes de ver. Mas o garoto estava mais do que feliz de não ter que entrar na escuridão que os poderes de Eleanor emanavam, e ela estava mais do que agradecida por isso. Não queria ter que carregar o garoto, só de imaginar quanto ele pesava com aquelas asas já a deixavam cansada.

Ao chegarem à beira da entrada, ela o entregou um cristal de cor arroxeada, ele sabia que era igual ao que havia entregado a Louis na noite em que o mandou para casa por algumas horas. Ele não ouviu explicações, agarrou o cristal e logo se virou, saindo do campo de visão da garota, mas, esperava que aquilo funcionasse para mais de uma pessoa ou estaria preso ali.

Sabia que também devia a liberdade a Louis, e estava disposto a tentar se redimir ao tirá-lo de qualquer que fosse o problema que suas ações levaram o garoto a se meter. Por sorte, não precisaria do barqueiro para atravessar o rio, podia voar, e naquele dia, estava mais do que com sorte ao perceber que Eleanor o havia deixado em uma entrada que estava próxima ao que havia deixado Louis, pois, mesmo sem precisar de muitos minutos procurando, logo observou o corpo do garoto adormecido perto da entrada do palácio de Perséfone.

- Por favor não esteva morto – repetia para se mesmo ao correr até o garoto adormecido

Viu a caixa ao seu lado e reconheceu que aquilo era parte de algum esquema de sua mãe, só não entendia o motivo de ninguém o ter encontrado antes. Mas conhecia aquele truque e tão fácil como respirar, fechou a bela caixa quebrando o encanto, afinal, sabia que aquela caixa estava enfeitiçada, há algum tempo, por Perséfone.

Louis acordou assustado logo pulando de seus braços, o garoto parecia aterrorizado e puxou sua mochila para procurar algo em seu interior. Mas antes que fosse capaz de abrir o zíper, Harry o abraçou, houve um choque inicial, mas logo foi correspondido e sem perceber os dois já estavam envolvidos em um beijo cheio de volúpia.

- Precisamos sair daqui – disse Louis após alguns minutos de caricias trocadas, voltando a agarrar sua mochila e tirando lá de dentro uma esfera igual a que Eleanor havia dado a Harry.

O cacheado agarrou a sua e logo os dois haviam desaparecido daquele lugar. Quando perceberam estavam de volta ao belo jardim de Afrodite. 

Eros | l.s [Reescrevendo]Onde histórias criam vida. Descubra agora