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Entre castigos e um visconde interesseiro

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Não aceito adaptações desta obra.

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: )

Os dias são longos, principalmente quando se está de castigo. Ou melhor; passando por uma experiência disciplinar. Como disse minha mãe. Frustrado é o meu estado de espírito e entediado todo o meu ser. Passo horas trancado em meu quarto, permitido sair apenas para me alimentar, e para as aulas com senhor Kim. Nada de tomar um ar puro, muito menos cavalgar, sequer poderia ler um bom livro, eu apenas deveria ficar em meu quarto e refletir sobre o acontecido do baile. Acontece que, quanto mais eu refletia, mais ficava furioso, e mais me inclinava a desobedecer as ordens de minha mãe, já se faziam uma semana desse castigo ridículo. E sim, muitas pessoas pararam de vir aos bailes e sim, meu nome está na boca do povo, mas, quando foi diferente?

Portanto, estou decidido a me divertir depois de uma semana em tortura, e meu professor será meu cúmplice.

Abro a porta de meus aposentos lentamente. Ouvi por entre as paredes finas do casarão, que minha mãe sairia para visitar uma de suas amigas está tarde, e este será o momento perfeito para eu respirar bons ares. Olho atentamente ao redor e constato que o caminho está liberado, colocando meu corpo para fora e começando a caminhar lentamente pelo chão de madeira.

Estou quase chegando ao banheiro quando o som de uma porta se abre, meu pé pisa em uma madeira solta causando um som alto. Meu plano de sair de fininho caindo por água abaixo, me viro lentamente e noto ser apenas minha irmã, então toda a tensão desaparece e fico mais tranquilo.

— O que está fazendo? – Surien me questiona.

— O que acha que estou fazendo? Fugindo do castigo da mamãe! – retruco e coloco um dos indicadores em frente a boca. – Não conte a ninguém.

— É melhor você voltar... Se ela te pegar vai ser pior.

— Ela não saiu?

Surien apenas da de ombros e concorda.

— Mas pode voltar a qualquer momento. – me relembrou.

— Vou correr o risco.

Termino e me viro novamente para seguir meu caminho quando ouço a voz dela novamente, desta vez mais perto.

— Não estarei aqui esta noite, então, se algo acontecer... me de cobertura.

Suas simples palavras me fazem arquear as sobrancelhas e me voltar para ela, curioso.

— O alfa?

Ela apenas concorda e vejo seus olhos se voltarem para o chão, seu rosto parece ganhar mais cor.

— Vamos sair em um encontro.

Suas mãos apertam a barra do vestido e tudo que posso fazer é suspirar. Dou meia volta e me aproximo dela.

— Só tome cuidado. – advirto e ela concorda.

— Eu sempre tomo.

Apenas deixo minha irmã para trás e continuo com minha fuga, ignorando as aventuras românticas e sexuais dela para me preocupar com o meu relaxamento. Há poucos empregados no casarão, portanto, não é difícil caminhar a vontade pelos corredores largos, não sei o que fazer, imaginar que poderia cavalgar seria ganancioso demais, mas pelo menos poderia continuar um de meus romances na biblioteca. Então aperto o passo até o local, e abro lentamente as grandes portas de madeira causando apenas ruídos, o local é iluminado pela luz do dia que adentra as duas únicas janelas, meu plano de fuga foi cem porcento realizado.