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Maratona 1/3

Alguns dias depois

Josh:

Joalin, tinha conseguido me convencer a ir ver minha mãe. E era isso que eu estava fazendo nesse momento.

Esses dias que se passaram tem sido tranqüilos pra mim. A empresa está indo bem, eu tenho recebido pedidos de outros países interessados na marca. O que me deixa extremamente feliz.

Ultimamente eu tenho notado que Any, não estava muito bem. Todas as vezes que nos vimos, ela estava com a região abaixo dos olhos inchadas. Não sei se aconteceu algo muito grave com alguém, ou se ela estava passando por algo. Ela nunca queria me contar, o que me deixava preocupado. Pois eu realmente queria saber como ela estava.

Ela é muito transparente, sempre reparo nela.

-você está distante- Joalin fala chamando minha atenção- aconteceu algo?

A olho rápido e volto a prestar atenção na estrada.

-não, está tudo bem- respondo dando um sorriso- mas e você, está bem?

-sim, estava pensando, você iria se incomodar se eu passasse uns dias com minha mãe, ela sente minha falta.

A olho por um instante. Esse pedido é um pouco estranho. Mas é a mãe dela.

-não- falo- pode ir.

-obrigada.

...

Minha mãe estava diferente. Ela não tinha sugerido nada pra minha vida. Estava mais alegre e até brincalhona.

Tem homem nesse meio, tenho certeza.

Ela não conheceu ninguém depois que meu pai se foi.

Desço do carro e vou pro elevador. Any já deve está me esperando.
Não a vejo faz três dias. Não queremos que as pessoas suspeitem.

Saio do elevador assim que ele abre no meu andar. Caminho em passos largos até meu apartamento. Abro a porta com a chave entrando.

Estava tudo muito calmo, a não pelo o som do chuveiro.
Tiro meu paletó e o colocando sob o sofá. Dobro as mangas da minha camisa enquanto vou até o banheiro.

Abro a porta e tenho a visão de Any. A silhueta dela estava toda visível através do box do banheiro.

Encosto na soleira da porta e fico a observando. Como ela pode ser tão linda?

Any passa a mão no braço e uma coisa chama minha atenção. Era como uma marca roxa, quase verde. Parecia a marca se uma pancada.

-Any...

Ela me olha e sorri.

-Hey, eu não tinha te visto- fala fechando o registro do chuveiro.

Ela abre o box e sai vestindo um roupão. Vou até ela, porém ela meio que dá um passo pra trás.

-como foi seu dia?- pergunta tentando disfarçar.

Mas eu percebi.

-foi um pouco corrido- respondo cruzando os braços- e o seu?

-normal, eu não tinha muita coisa pra fazer.

-hum.

Me aproximo dela a olhando intensamente. Os olhos dela estavam meio sem vida hoje.

Eu ia fazer uma coisa, era só pra comprovar um pensamento que estava passando pela minha cabeça.

Seguro os braços dela com cuidado a trazendo pra mim. Ela fecha os olhos fazendo uma careta, mas tenta disfarçar me beijando logo em seguida.

O que estava acontecendo com ela?

Separo nossos lábios a olhando. Ela continuava de olhos fechados.

-sera que não podemos fazer nada hoje?- pergunta me olhando- só ficar deitados.

-sim- respondo esboçando um sorriso- vem.

A guio até o quarto onde deitamos na cama. Fico fazendo cafuné em seu cabelo molhada.

Any estava com os olhos fechados a respiração estava um pouco fraca.

Eu não quero criar conclusões precipitadas em minha cabeça. Mas a vendo assim, tão frágil, só faz com que eu pense besteira.

Estamos envolvidos numa relação perigosa. Não devíamos se meter na vida um do outro, mas eu não posso deixar de observar que tem alguma coisa errada.

Eu me preocupo com ela, mas até do que devia.

-o que aconteceu?- pergunto de uma vez- você está com uma marca roxa no braço.

-isso não foi nada- responde- eu estava fazendo uns exercícios em casa e cair de mal jeito.

-Any, eu não sou otário.

-ai Josh, para com isso, não foi nada, eu só cair- responde irritada- quer saber, acho melhor eu ir embora.

Ela saio dos meus abraços e começa a pegar as roupas dela.

-por que estava tomando banho?- pergunto achando aquilo estranho- Any...

-PARA- grita me assustando- você não é nada meu, não tenho que te dá satisfações de minha vida.

Eu não queria que o que ela acabou de dizer me afetasse, mas aquilo me acertou em cheio.

Sento na cama e fico a olhando enquanto ela se veste. Noto outro mancha na cintura dela, mas fico calado.

Eu não sou nada dela, não tenho que me meter.

-se você for- falo chamando a atenção dela- isso que temos vai acabar.

Ela me olha de imediato. Os olhos estavam cheios de lágrimas.

-me fala o que está acontecendo- peço uma última vez.

Ela parece pensar em algo. Pois suas pupilas dilatam várias vezes e sua respiração até acelera.

-eu já disse que você não é nada meu- fala antes de sair batendo a porta do quarto.

....

Traição | Beauany (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora