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Alguns dias depois...

Noah:

Eu sabia que um dia acabaria pagando pelos os meus pecados. Que não são poucos. O pior deles foi ter matado minha própria mulher.

Any... Eu a amava tanto. Eu queria dá o mundo a ela. Sempre trabalhei para que ela pudesse ter tudo do bom e do melhor. Ela foi tão ingrata comigo, aquela traidora.

Eu sinto sua falta, ela era tudo pra mim, mas se ela não podia ficar comigo, ela também não podia ficar com ele. Josh, ainda vai me pagar. Ele não devia ter entrado em nossos caminhos.

-Urrea.

Ouço a voz do guarda e olho pra fora da cela.

-você tem visita.

Apenas assinto.

O guarda abre a cela pra mim e passo pelas barras de ferro que me prendiam ali.

Ele me guia pelos corredores fedorentos do presídio. Odiava aquele lugar, me fazia querer vomitar.

Um tempo depois, entro na sala de vistas. Onde alguns presos estavam recebendo familiares.

Avisto meu pai, sentado numa mesa mais pro canto. Vou até ele e sento na cadeira de frente a sua.

-pai, por que veio?

Ele sorri de lado, parecia ter ótimas notícias.

-entrei com o pedido de fiança, deve ser aprovado até o fim do dia.

-como assim? Eu peguei pena de trinta anos... a Any está morta.

-é aí que você se engana Noah, ela está viva, e entrou com o pedido de divórcio.

Aquilo não podia ser verdade. Eu vi o carro cair da ponte, ela afundou. A corretensa levou o corpo dela.

-Noah, ela esteve durante todo esse tempo escondida, ela deu depoimento ontem na delegacia.

A Any, está viva. Eu não acredito.

-meu filho, você já cometeu muitos erros, esquece essa mulher, assina o divórcio e se manda.

-Mas ela está viva, e eu a amo...

-isso não é amor Noah, isso é doença, se a amasse não teria tentando matar-la.

Mas eu a amo, por isso fiz o que fiz. Porque eu queria cuidar dela. Não queria que ela se machucasse. Ela tinha que ser minha. Íamos ser uma família.

-eu vou pagar sua fiança, mas com uma condição... Você vai se mandar, vai refazer sua vida em outro lugar e esquecer que a Any, existe. Deixe-a em paz, ela e a família dela.

-eu prometo, não vou chegar perto dela.

Meu pai solta um suspiro de alívio.

-ainda tem mais uma coisa, ela teve um bebê, então por favor, não faça nada de errado, o primeiro suspeito vai ser você.

Ela teve um bebê?
Um bebê daquele filho da puta...
Era pra ser meu! Era pra ser nosso filho!

-pai, eu só quero recomeçar...

Ela te traiu... Ridicularizou você... Rio da sua cara... Te fez de otário.

-Só quero esquecer o passado- falo o olhando nos olhos.

Você tem que terminar o que começou. Ela nunca te amou, só te usou. Só queria seu dinheiro. Esse bebê era pra ser seu.

-Eu vou esquecer-la, só quero ficar bem.

Meu pai sorri parecendo contente. Ele aperta minha mão sobre a mesa.

-você vai meu filho, e eu vou te ajudar. Eu sei que você não é um monstro.

-obrigado pai.

Eles vão me pagar!

...

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Traição | Beauany (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora