— Me desculpem os possíveis erros na escrita e boa leitura. —
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Já se passaram uma semana desde a minha mudança para a nova casa e eu posso dizer com tranquilidade que essa foi uma das semanas mais agitadas da minha vida.
Milhares de trabalhos para serem entregues, noites mal dormidas, refeições puladas, estresse mental e pouca socialização. Em resumo foi isso que me ocorreu, tirando o fato de que eu não tiro meu maldito vizinho da cabeça, talvez isso tenha complicado minha semana já que eu não conseguia fazer nada porque ele ocupava minha mente.
Como se meu sentimento nostálgico de ansiedade e curiosidade voltassem a tona, eu quero que algo aconteça mas ao mesmo tempo não quero, quero fazer algo mas ao mesmo tempo não sei o que fazer e nem sei se quero fazer.
Confusão, seria essa a palavra certa.
Já está de noite e eu acabo de terminar de lavar a pouca louça na pia, atividade que eu odeio praticar, subo os degraus da minha casa na esperança de ter uma boa e tranquila noite de sono, mas sei que não terei porque meu sono está desregulado em decorrência da semana caótica. É como se eu saísse do olho do furacão de repente, ainda não me acostumei com a calmaria.
Sento na minha cama e olho para a gambiarra na janela, a maldita janela, ainda não comprei a cortina, isso me lembra que dessa semana não pode passar, e mais uma vez meus pensamentos são ligados a ele.
Droga.
Deito na cama e puxo meus fones de ouvido para escutar alguma coisa que me relaxe e me faça dormir mais rápido, mas antes que eu faça isso escuto uma melodia vinda da casa vizinha, é um piano, é suave e de alguma forma me acalma, é Chopin.
Não esperava que meu vizinho "louco" gostasse de Chopin, muito menos tocasse piano mas existem muitas coisas que eu não sei sobre ele, eu não sei nada sobre para ser sincera, e eu sinto nos meus profundos sentimentos que eu gostaria de saber, mas porque essa necessidade?
Antes que eu pense em mais alguma coisa percebo meus pensamentos ficando desconexos e sei que em breve dormirei, mais rápido do que o esperado e talvez o piano tenha algo a ver com isso.
[...]
Amanheceu e eu sou uma figura destrambelhada e caótica correndo pela minha cozinha na esperança de achar algo que eu possa comer rápido e acabo pegando uma pêra da geladeira, noite passada eu capotei e dormi tudo o que eu não havia dormido de uma vez só. Acordei 20 minutos atrasada e talvez eu não consiga chegar a tempo da primeira aula.
Corro pelas ruas o mais rápido que eu consigo, a faculdade não é longe e eu só vou me atrasar mais ainda se parar para pedir um taxi. Sinto uma gota de suor escorrer pela minha testa e meus joelhos doerem num pedido silencioso de descanso já que eu não corro assim há muito tempo.
Adentro a faculdade, subo escadas, corro pelos pátios, dobro corredores, esbarro em pessoas que ainda se encontram nos corredores, quase escorrego no piso molhado pois a moça da limpeza acabou de passar o pano, cumprimento-a e ela me devolve com um aceno e um riso nos lábios como se essa cena fosse cômica. E é.
Finalmente chego no prédio de artes cênicas e corro para a ala de pintura, diminuo minha velocidade e corrijo minha postura, abro a porta lentamente e coloco só a cabeça para dentro, quando percebo que não tem nenhum professor corro para a minha cadeira que fica ao lado da minha amiga.
— Você não vai acreditar Roseanne Park. - digo sorrindo para a garota na minha frente e estou pronta para conta-la toda minha jornada, mas ela é mais rápida.
— Deixa eu adivinhar, você acordou fora do horário e veio correndo até a faculdade. - ela sorri e suspende as sobrancelhas.
— Não sabia que você lia mentes. - pendo minha cabeça para o lado.
— Não preciso, seu cabelo te entrega. - ela olha para o meu cabelo com uma cara nada boa e só agora me lembro que não o penteei. Ela abre a mochila amarela e parece procurar algo, afasta alguma coisas e finalmente pega um pente e um espelho.
Agradeço mentalmente aos deuses por minha amiga ter tudo nessa bolsa, se um dia já reclamei da sua mochila e disse que era muito pesada e desnecessária não me lembro.
Depois de organizar meu cabelo e passar um pó na minha cara oleosa, que rosé também me emprestou, o professor chega pedindo desculpas pelo atraso e começa a aula logo em seguida.
[...]
— O professor Choi sempre tem aulas chatas mas a de hoje se superou. - diz rosé ao meu lado e sorrio de canto.
Estamos no meio do refeitório a procura de um lugar para sentar, varro meus olhos para a mesa do canto direito a procura do meu namorado pois ele sempre senta lá na mesma mesa e espera por mim e por rosé junto ao seu amigo park jimin, que faz o mesmo curso que ele, dança, e cujo rosé não tem somente uma quedinha, ela tem um penhasco inteiro.
Mas ele não está lá, o que é de fato estranho já que ele faz isso todos os dias, ou fazia, não sei, hoseok anda esquisito esses dias.
— Aqui tem um lugar, vem. - rosé me puxa para uma mesa do outro lado do refeitório. Nós sentamos e começamos a comer.
Não puxo nenhum assunto porque meus pensamentos estão longe, estão onde quer que o hoseok esteja e está na casa ao lado da minha, não sei em qual pensar primeiro.
— Ok, pode me dizer, pode pedir conselhos eu vou te ajudar. - ela para de comer e vira sua postura me olhando no fundo dos olhos como se quisesse ler minha mente.
— Ok... você com certeza ler mentes. - olho-a atentamente e com os olhos arregalados eu sei que isso é impossível, mas como é possível essa menina saber que tudo?
— Eu já disse, não preciso, eu te conheço, agora me fala. - ela tem uma feição de compreensão e está pronta para soltar mais um de seus conselhos sábios.
— Bom, acho que é o hoseok, ele anda estranho esses dias.... - olho para rosé e ela acena para que eu continue. — Eu não sei direito é mais uma sensação, é como se ele não fizesse tanta questão de mim, como se ele estivesse perto de mim só para cumprir o papel de namorado, mas não porque ele quer de fato. - solto a bomba e espero ela dizer algo.
— Amiga... você sabe o que eu penso disso, você tem que conversar com ele, pode estar acontecendo algo e pode não estar acontecendo, tentar adivinhar não vai adiantar muita coisa. - ela fraze a testa e me olha com seriedade.
— É, eu sei, eu vou fazer isso. - volto minha atenção para a comida novamente, pego os hashis e tento comer, mas algo ainda me pertuba.
— Era só isso? - ela maneia sua cabeça para perto da minha na esperança de chamar minha atenção. Espremo meus olhos e minha boca, não é só isso.
— Você sabe que eu me mudei né? - volto minha cabeça para ela novamente e ela acente. — Então, é o meu vizinho, eu não sei, eu tenho a sensação de que eu tenho que falar com ele, só conversar, eu quero mas eu não sei como chegar nele. E nem sei porque eu quero isso.
— Ou ele é bonito ou você é muito curiosa. - ri e volta a comer sua refeição. — Você pode ir na casa dele se apresentar, mandar mensagem se você tiver o numero dele, pode colocar uma mensagem na janela e várias outras possibilidades. - ela coloca uma porção de arroz na boca e me olha.
— Mensagem na janela? - franzo o cenho em confusão.
— É, você escreve um oi ou alguma outra coisa, mas ele tem que ver então a janela dele tem que ser próxima da sua. - Sorrio é como se tudo fosse um grande acaso.
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𝑴𝒆𝒖 𝒗𝒊𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝑲𝒊𝒎 𝑻𝒂𝒆𝒉𝒚𝒖𝒏𝒈 || 🄺🅃🄷
Fanfiction[Concluída] Quando ha-yun se mudou sempre escutou as diferentes fofocas sobre o morador da casa 140, alguns diziam que ele era louco, depressivo, psicopata. E agora que vai se mudar para a casa ao lado pode fazer o que sempre quis, tirar suas própri...