— Primeiramente obrigada a todos que estão dando uma chance para a fanfiction, isso é muito importante para mim. Não esqueçam de favoritar e se quiserem, indicar para alguém. Só queria dizer que o capítulo de hoje tem bomba, boa leitura. —
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Após toda a cena discreta do refeitório eu decidi dar uma volta, tomar um ar e relaxar minha mente, colocar meu cérebro para funcionar e tentar fazer algo que não seja querer gritar ou surtar.
Chego ao Rio Han, na ponte Banpo para ser mais exata, esse é um dos meus pontos turísticos preferidos, os pôres-do-sol por aqui são um espetáculo, e tem-se uma calmaria que não se tem na cidade em si. Apoio meus cotovelos no parapeito da ponte e respirando fundo deixo meus pensamentos se organizarem com a brisa.
Hoje foi um dia cheio, cheio de sensações as quais eu não me sinto bem, eu não sou e nunca fui uma pessoa ciumenta pois eu sempre confiei muito nas pessoas, talvez mais do que eu deveria. Mas eu vejo isso como uma qualidade, eu gosto de respeitar o espaço do outro e não exigir coisas em troca.
Mas, recentemente, eu tenho a sensação de que eu precise exigir algo de hoseok, algo que é simples e não deveria ser exigido, algo que ele sempre me deu e eu sempre dei a ele, mas agora eu sinto falta, isto é o carinho, a atenção. Eu também nunca fui uma pessoa grudenta ou carente, sempre fui muito independente e a vida me fez assim, talvez até para o meu próprio bem. Mas quando se está em uma relação o mínimo a se fazer é amar e principalmente se sentir amado, desejado e querido, esse e outros são um dos pilares que constroem uma relação, seja ela qual for. E para ser sincera, não sinto isso nele, algo que alerta na minha cabeça, me dizendo que algo acontece, que não está tudo bem.
Nesse embate eu tenho que escolher um lado, e eu escolho o meu, por muitos anos duvidei dos meus instintos e sensações mas agora não mais, eu sei o que eu sinto e o que eu penso, e eu penso e sinto que não deveria ser assim, isso tudo está muito errado, há algo de errado e eu vou descobrir.
Toda essa certeza, é ele, o rio Han, o lugar que desde que começei a ter problemas me ajudou a principalmente me escutar, com o barulho do mundo ao meu redor eu sempre agi por impulso e depois me arrependia, mas sempre que eu venho ao rio Han e sinto a brisa dele é como se eu me desintoxicasse dos pensamentos que não me pertencem e escutasse a mim mesma. Escutar a ha-yun.
Precisamos conversar. E assim faço
Abro imediatamente meu celular no chat de conversas e escrevo simples.
hobi❤
Você pode vir na minha casa, hoje?
É importante!
16:53Agora que eu tenho todos os meus pensamentos no lugar me sinto mais leve, porém ainda há algo, uma sensação de que eu esqueci de alguma coisa, tento relembrar os acontecimentos da minha vida e lembro, preferia não ter lembrado, mas lembro. O meu vizinho, que pertuba minha mente como se eu já não tivesse muito para pensar.
Aqui, no rio Han, eu consigo pensar que estava sendo dramática demais, talvez tenha sido influenciada pelo o que acontecia comigo e com hoseok e coloquei um peso enorme nisso, mais do que o necessário, como se isso fosse resolver meus problemas ou se fosse me alegrar nesse momento confuso, foi uma esperança que não aconteceu, expectativa.
E agora percebo que isso não me causa nenhum efeito, lógico eu esperava ser respondida, mas ele pode não ter visto ou não querer responder, ele tem esse direito afinal, eu posso até ter invadido o espaço dele, e me aproveitado da minha condição privilegiada, que é a jenela. A minha melhor opção agora é tirar aquilo de lá.
Obtenho minha postura novamente, dou a última olhada para o sol e sua luz na água, respiro, e me dirijo de volta para o fim da ponte, ando o mais devagar possível apreciando a vista, mas sinto algo vibrar no meu bolso, pego o objeto e vejo o chat de conversas pela minha tela de bloqueio.
hobi❤
Estou indo.
17:02[...]
Chego em casa e a primeira coisa que decido fazer é tirar a mensagem da janela, depois de muito pensar sobre resolvi que isso seria o melhor a se fazer, quando chego ao lençol penso novamente que preciso de uma cortina e rio por isso já que eu esqueço disso há semanas.
Retiro o lençol da janela e para minha grande surpresa algo mudou, consigo ver uma folha do outro lado da janela, e de uma caneta de tinta azul meio clara consigo ver um singelo "oi".
Não sei quando isso começou a acontecer mas agora eu sorrio e não consigo me conter. Rapidamente tiro meu papel e penso em algo para responder, se eu escrever um "tudo bem?" ou algo do tipo levarão séculos para que eu o conheça de verdade, seria interessante se eu pudesse conversar com ele ao vivo, uma conversa mais rápida mas que, de alguma forma, eu o conheça, é cedo demais para ele vir na minha casa, e eu nem o conheço seria estranho para mim e para ele, também é improvável demais que estejamos na janela ao mesmo tempo para conversarmos estilo Taylor Swift, me jogo na cama em frustração eu preciso de um rio Han novamente.
Então finalmente, como se uma lâmpada iluminasse minha mente tenho a ideia de chama-lo para conversar na varanda, ele não vai estar totalmente na minha casa mas eu posso vê-lo dessa forma, coloco uma simples seta para o local e espero que ele veja e que nos encontremos. Depois do trabalho de colar a folha na janela me jogo na cama, olhando para o nada e pensando em tudo, agora levando meus devaneios para a realidade, hoseok vai chegar em breve e preciso saber como falar o que quero e devo sem fazer isso tudo virar um bate-boca sem sentido.
Mas não dá tempo para pensar, logo escuto o barulho do motor da caminhonete que eu conheço tão bem e em seguida a campanhia soar pela casa, desço as escadas quase que de uma só vez em decorrência da ansiedade e nervosismo, abro a porta da casa, vejo lá meu namorado com as mãos nos bolsos e um sorriso meia boca sem alegria aparente, vestindo suas calças largas, um corta vento e o usual tênis da adidas, isso me lembra que o estilo dele foi uma das coisas nas quais me apaixonei, perdendo apenas para o jeito que ele me tratava, me fazia sentir única e especial.
— Pode entrar. - aviso acabando com o silêncio entre nós e me afasto para que ele possa passar e quando passa não sinto seu aroma doce que me faz sentir segura, no meu porto seguro, eu conheço esse aroma mas não sei de onde. Ele entra e não se senta no sofá como geralmente faz, apenas fica em pé claramente desconfortável com a situação, e eu não estou melhor do que ele. — Então... - começo.
— Tem uma coisa que eu preciso te contar. - me interrompe e ele, que matinha o olhar no chão me olha com uma cara de culpa, meu coração gela e eu não sinto direito minhas pernas, insisto em não ouvir o que meu cérebro me disse silenciosamente e profundamente desde o começo.
— Diz. - não falo de forma muito simpática, mais pelo fato de que não consigo formar uma frase decente. Ele continua me olhando e seus olhos marejam assim como os meus, medo, medo do pior.
— Eu te.... - ele continua a me olhar como em uma tortura sem fim, já não nego mais, meu coração que antes estava acelerado agora para por um segundo e eu sinto a vontade imensa de chorar e um bolo se formar na minha garganta, então olho para o chão na esperança de que ele não me veja tão frágil assim. — Eu te traí.
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— Me desculpem os possíveis erros e não esqueçam de votar :'). —
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𝑴𝒆𝒖 𝒗𝒊𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝑲𝒊𝒎 𝑻𝒂𝒆𝒉𝒚𝒖𝒏𝒈 || 🄺🅃🄷
Fanfiction[Concluída] Quando ha-yun se mudou sempre escutou as diferentes fofocas sobre o morador da casa 140, alguns diziam que ele era louco, depressivo, psicopata. E agora que vai se mudar para a casa ao lado pode fazer o que sempre quis, tirar suas própri...