Jimin pediu Rosé em namoro, com cravos.
Era fim de semana e eu grunhia mais uma vez pela dor de cabeça devido a ressaca, me jogava no sofá e me arrastava pelas paredes, tomava cinco banhos por dia na tentativa de lavar o resto de álcool do meu corpo, tentativa inútil.
Em meio a uma reclamação, onde me culpava por ter bebido tanto, o celular tocou. Rosé me contou tudo e me peguei invejando suas explicações, elas sempre me prendem e consigo entender tudo, diferente das minhas tentativas nas quais começo pelo fim e ninguém entende nada, esqueço os detalhes importantes e falo as besteiras irrelevantes.
Esse foi o fato que me fez sorrir feito boba, a narrativa cativante de Rosé. Fico feliz por eles, Jimin parece cuidar de Rosé e isso é algo tão precioso nos dois. Quando ele anda perto da multidão durante o almoço e Rosé anda do seu lado, próxima à parede onde tudo é calmo, na tentativa de ninguém esbarrar nela. Ela percebe isso, assim como todo mundo.
Eles são fofos.
Mas eu sou toda confusão, ainda estou no olho do furacão e só uma coisa pode me acalmar.
[...]
Finalmente chegando ao Rio Han apenas paro e respiro fundo, apoio meus braços no parapeito e tento organizar os pensamentos como tenho tentado fazer.
— Você já deve estar cansado de me ver, né? - falo baixo sorrindo, como se o Rio Han fosse me responder de alguma forma. Mas se ele pudesse já saberia que viria aqui, pois ele é meu chá de camomila. E por que a vovó sabe de tudo, ela tem uma visão privilegiada agora. Me esperaria aqui se pudesse.
Deixo a brisa fria do rio, juntamente com o calor do sol invadir meus cabelos e balança-los como em um rock pesado e barulhento, pois é assim que ainda me sinto, deixo a luz dourada do pôr do sol invadir minha pele pálida e penetrar minha alma, na tentativa dessa luz conseguir iluminar-me, tão intensamente como faz com o mundo ao meu redor e como faz com meus olhos, sua luz é tão intensa que tenho que fecha-los levemente.
Me sinto tão torturada pelas minhas memórias, aquelas com os sorrisos que se implantaram na minha cabeça e aparecem de repente. Elas me fazem parar de focar na aula e perder o sono, me fazem deixar um copo cair e se quebrar pela falta de atenção. Me faz querer passar na frente de sua casa todos os dias, na esperança de te ver, numa situação que me obrigue a falar e fazer algo.
Parece tão certo, eu sinto algo em mim bater por você. E parece tão errado, não quero brincar com meus sentimentos, muito menos com os seus. Eles me importam demais agora. Temo bater na sua porta dizendo tudo que sinto e você falar que é melhor como estávamos antes e se isso acontecer, não teremos nem isso.
Estou apaixonada por Kim Taehyung.
E isso me assusta.
Assusta porque tenho medo disso, de ser só algo a me machucar outra vez. De não ser verdade apesar de meus sentidos, pensamentos e coração gritarem o contrário. Não deixei de pensar nele um segundo e meus sentimentos são escravos daquele sorriso grave, das piadas sinuosas e dos olhares desafiadores. Mas insisto em negar pois tenho medo.
Assusta porque talvez seja tarde demais, eu teria estragado nossa relação antes mesmo de ela começar de fato, assusta porque agora já é tarde demais, porque talvez secretamente, escondido de tudo e todos, eu tenha imaginado um possível futuro entre nós, e agora não nos falamos mais, já fazem semanas. Assusta porque a luz dourada do sol me lembrou do nome dele e do meu nome, nossos nomes e seus significados juntos, em uma frase que faz sentido. Talvez eu seja seu amor em outra vida, ou num futuro nem tão longe, onde eu serei mais madura e aceitarei o que sinto.
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𝑴𝒆𝒖 𝒗𝒊𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝑲𝒊𝒎 𝑻𝒂𝒆𝒉𝒚𝒖𝒏𝒈 || 🄺🅃🄷
Fanfiction[Concluída] Quando ha-yun se mudou sempre escutou as diferentes fofocas sobre o morador da casa 140, alguns diziam que ele era louco, depressivo, psicopata. E agora que vai se mudar para a casa ao lado pode fazer o que sempre quis, tirar suas própri...