Insuficiente, isso o que eu fui esse tempo todo, quanto mais eu exigia dele ele só sentia mais pena e atração por outra mulher. Pois quando ele ainda só queria meu corpo eu queria amizade, companheirismo, romance.
Me sinto tão idiota, uma piada.
Ele sequer pensou em mim, ele pensou que ele estava perdendo algo? Ou se estava me machucando? Mentindo? Ele consguia dormir bem ou se culpava toda noite até que isso se tornou um fardo?
Essas são as perguntas das quais, provavelmente, nunca terei a resposta, e acho que prefiro nunca saber a ter que olhar na cara dele novamente, ele sabe que me feriu e espero que ele engula o próprio remédio.
Me levanto dessa situação lamentável que sou eu encostada nessa porta, abro a geladeira e vejo todos as frutas e coisas coloridas que doem meus olhos, elas me fazem notar a leve dor de cabeça, ignoro isso e apenas pego a última garrafa de soju.
Me dirijo a outra situação lamentável mas agora no andar de cima e na minha varanda onde eu posso ver o céu e pensar melhor em como eu fui corna e como tudo sempre foi tão óbvio mas eu estava tão cega e apaixonada que não percebi, beber até a garrafa acabar e ir dormir para faltar aula amanhã em plena sexta-feira.
Sento-me na cadeira da varanda sentindo o alumínio gelado contra a minha pele quente e soluço pela décima quarta vez essa noite, abro a garrafa de soju e dou o primeiro gole sentindo a bebida descer pela minha garganta seca.
Pela minha visão periférica consigo notar a movimentação na varanda vizinha, provavelmente é meu vizinho kim taehyung mas agora estou ocupada demais me embebedando para poder cumprimenta-lo.
Espera um momento, É MEU VIZINHO KIM TAEHYUNG, O MESMO QUE EU TENTO VER E CONVERSAR A SEMANA TODA.
Meu coração acelera e sem perceber pulo da cadeira e solto o maior arroto da história da minha vida seguido de um soluço, o que me faz querer correr daqui antes que ele me perceba e perceba o meu ato vergonhoso, súbito e nojento. Mas já é tarde demais. Ou eu falo com ele mesmo com a situação esquisita ou eu saio de fininho e nunca mais olho na cara dele.
— Hm, olá? - Ele fala antes de eu concluir meu raciocínio, eu planejava sair de fininho na verdade. Isso de arrotar na primeira troca de olhares não deve ser um bom sinal.
— Er... oi. - me viro rapidamente para o parapeito, talvez seja meu estinto de me jogar ou fingir desmaio ou as duas coisas juntas, mas logo percebo que isso de aparentar pensativa demais só vai parecer mais estranho. Então me viro sorridente e encaro a figura de surpresa, riso e confusão do meu vizinho. — Então... prazer, eu sou a ha-yun.... sua vizinha, eu que mandei o "oi" na jenela. - faço as aspas com os dedos e percebo que talvez eu tenha falado uma coisa meio óbvia.
— É, eu imaginei que fosse. - consigo sentir o tom cômico em suas palavras e de alguma forma isso me deixa mais relaxada e tentada a sorrir. — Eu sou kim taehyung o seu vizinho, prazer.
— É, imaginei que fosse. - ele ri e logo o acompanho, o som grave de sua risada me aquece e só agora lembro das lágrimas no meu rosto. Seco-as rapidamente.
— Tava chorando? Ta tudo bem? - sua feição muda totalmente e ele parece preocupado.
— Ah não, é uma longa história mas eu vou simplificar para você, fui corna. - sorrio cinicamente, provavelmente o único gole de soju já me deixou mais solta, não falaria tão na lata assim se estivesse 100% sóbria.
— Oh, me desculpe, espero que supere isso logo. - ele fala sorrindo, provavelmente não sabe o poder que tem pois isso me deixa envergonhada.
— Também espero. - solto quase sem voz e me virando para a lua, fecho os olhos e respiro o ar frio da noite, realmente espero.
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𝑴𝒆𝒖 𝒗𝒊𝒛𝒊𝒏𝒉𝒐 𝑲𝒊𝒎 𝑻𝒂𝒆𝒉𝒚𝒖𝒏𝒈 || 🄺🅃🄷
Fanfiction[Concluída] Quando ha-yun se mudou sempre escutou as diferentes fofocas sobre o morador da casa 140, alguns diziam que ele era louco, depressivo, psicopata. E agora que vai se mudar para a casa ao lado pode fazer o que sempre quis, tirar suas própri...