Capítulo Quatro - Quarenta e cinco do segundo tempo.

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olaaaaaaaaaaaar

. . .

- O que?!

Marinette tombou a cabeça para o lado, com um olhar extremamente irritado para Aurora, que bufou.

- Ele quer que fique na sala que fica ao lado da dele. - A loira deu de ombros, parecendo não ligar. - Diz que o estagio é com ele, então ele tem que ficar mais próximo de você.

- Ele só pode estar de brincadeira comigo!

- Ele não é de brincar.

- Estranharia se dissesse o contrário. - Suspirou. - Onde estão minhas coisas?

- Já foram movidas para a sala. Só falta você ir para lá.

Marinette pensou em bater os pés, negar, dizer que não iria, mas não tinha escolha. Ele era o chefe, se havia decidido, ela deveria seguir. Bufou, e andou em direção a porta da que, agora, era sua sala. Abriu-a, e ficou um pouco surpresa.

A sala era maior do que imaginava.

Uma visão panorâmica chamou sua atenção. As janelas enormes, que dominavam toda a parede, tinham uma vista exclusiva para toda a Champ-Élysées. Se restringiu a fechar a porta antes de correr como uma criança e apoiar as mãos no vidro, aproveitando a visão que as janelas proporcionavam. Mordeu o lábio inferior.

As pessoas, ali embaixo, pareciam pequenas formigas.

- Poderia ser mais profissional antes de correr até uma janela como uma criança de doze anos.

Deu um pulo, quase tropeçando nos saltos finos que usava. Se desequilibrou, e se não fosse pela cadeira giratória, teria caído. Olhou para o loiro que estava na porta, com uma cara séria. Quis gritar.

- Estou sendo profissional. Por acaso não posso admirar a paisagem?

- Não.

Ela grunhiu.

- Você vai estagiar comigo, senhorita Dupain-Cheng. - Viu-o se aproximar de si, com uma pose de imperador, digno de Napoleão Bonaparte em seus momentos de esplendor. - Saiba que não é nada fácil.

- Já sei disso desde o momento que tenho consciência que vou acordar e ver essa sua cara todo santo dia.

- Se não quiser me ver, só trocar de empresa. Posso fazer com que Theo te troque se quiser.

- Não vou te dar esse gostinho.

- Então seja bem-vinda ao emprego dos seus sonhos. - Deu um sorriso extremamente provocante, antes de rir. - Espero que goste do seu estágio.

- Tenho certeza que vai ser bem proveitoso.

- Assim espero.

Observou-o dar meia volta, saindo pela porta. O sangue fervia em suas veias. Ele estava debochando dela? Ela sabia que sim. Assim como sabia que ele faria o máximo para foder com seus dias naquele bendito estagio.

Pelo menos, estava com uma cartela de comprimidos contra dor de cabeça na bolsa, e sabia que precisaria deles.

[...]

Cinco horas e ela já estava com uma enorme vontade de cometer um homicídio.

Apertou com tanta força a caneta que segurava que pensou que a quebraria no meio. Adrien falava quase cem palavras por minuto e ela tentava anotar tudo, porém, mais se perdia do que anotava.

- Vou almoçar fora. - Murmurou para Aurora, assim que chegaram na sala de espera do andar onde ficava seu escritório. Marinette suspirou. Finalmente, teria algum descanso. - Senhorita Dupain-Cheng vai comigo.

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