Little Things

Capítulo Vinte e Dois - Chegada Inesperada.

o penultimo, aaaaaaaa <3

. . .

— Céus, não sei porque Adrien insistiu para que eu ficasse contigo esses dias. Estou grávida, não incapacitada de ficar uns dias sozinha.

Marinette murmurou. Um biquinho estava formado em seus lábios.

Adrien havia viajado. Precisava resolver assuntos na Suíça, e Marinette não quis o acompanhar, mesmo tendo a permissão da médica. Pelo que dizia, Hugo Agreste-Cheng ainda não dava sinais que queria vir ao mundo, e a gestação calma de Marinette parecia querer estender-se até as quarenta semanas. Marinette sentia-se relaxada com aquilo, mas ainda preferia ficar em casa. Imprevistos sempre aconteciam com ela, e ela não queria ter um parto em pleno avião ou ter que pousar de emergência para que Hugo pudesse escorregar e conhecer o mundo em sua totalidade.

Adrien havia aceitado aquela decisão, era uma decisão até mesmo inteligente, porém, Adrien não era doido de deixar Marinette sozinha na casa em que viviam desde o casamento. Por isso, havia a deixado sobre os cuidados de Chloe antes de viajar, mesmo com protestos e biquinhos feitos pela Dupain-Cheng.

Era a opção mais segura, principalmente para ele.

Chloe riu, enquanto andava até a geladeira.

— Porque ele tem medo de voltar para casa e te encontrar com Hugo nos braços, enormes balões e um "surpresa".

Marinette rolou os olhos com preguiça.

— Eu o chamaria para uma vídeo chamada na hora do parto, pelo menos.

Chloe soltou uma gargalhada densa, antes de virar-se com um enorme pote de sorvete. Marinette salivou pelo sabor de creme, e Hugo pareceu também gostar — mesmo não estando vendo — pelo chute que dera em sua costela.

— Aí. — Resmungou, com uma careta.

— O que foi?

— Hugo acha que meus ossos são bolas de futebol para ficar chutando toda hora.

Olhou para a loira, apoiando o rosto sobre a mão direita no balcão. — Daya era assim?

— Por mais que pareça, não. Daya era um puto anjo na barriga. Mansa e tranquila como nenhuma outra. — Chloe pareceu nostálgica enquanto buscava por taças no armário. — Agora? Não para quieta por meia hora. Não sei como está dormindo há quase uma.

— Eu ficaria chocada se não estivesse. Fez uma folia enorme comigo enquanto você estava no escritório. Nunca alguém abraçou tanto minha barriga como ela. Espero que ela não pense que tem um E.T. aqui. — Marinette disse, enquanto apontava para a barriga pontuda de trinta e oito semanas e meia.

— Pelo menos, já nutre amor pelo priminho. — A aloirada deslizou uma taça vítrea e demorada para Marinette pelo balcão, junto à uma colher de prata.

Marinette respondeu Chloe com um sorriso, antes de dirigir o olhar para o pote de sorvete. Não demorou a "atacá-lo" como quem não comia há séculos. Encheu a taça, sem um pingo de receio ou vergonha. Chloe soltou uma risadinha pelo jeito esfomeado da cunhada.

"Cunhada." Chloe sorriu ao lembrar do novo título que Marinette carregava. O casamento do "cabeça-oca" de seu irmão havia sido há semanas. Ela havia chorado como uma criança quando Marinette entrou na igreja — depois de Hugo, claro. A exorbitante barriga havia passado antes da própria Marinette — e, junto à ela, Emilie quase desfez-se em lágrimas. Adrien estava finalmente se casando! Aquilo era tão impossível e havia se tornado realidade!

O mais ranzinza dos descendentes de Gabriel havia finalmente largado o posto de solteiro.

E Adrien estava impecável como um príncipe naquele casamento. Emilie adorava ver o filho de tal modo, e poderia afirmar que nunca o vira tão bem vestido como no dia do casamento. O terno preto caia como uma luva, assim como o vestido branco que adornava o corpo de Marinette, que assim como ele, estava deslumbrante. Um véu longo, a coroa de flores rosadas que combinava com o rubor da bochecha — que intensificou-se nos votos, ao ponto de Adrien pensar que ela estava passando mal e quase ter parado a cerimônia para levá-la ao pronto-socorro por medo de um parto prematuro — e os lábios languidos e abonecados que só ela tinha.