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Um herdeiro justo e responsável que consegue dar conta de...
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A ilha
Quando Natália explicou aos sogros no sábado como tinha resolvido todos os problemas levando Valentina para substituí-la na mansão Dalgliesh como babá de Justin, todos concordaram que era o melhor a ser feito.
Os Shriver estavam com medo do casamento não sair como planejado, Marcus, obviamente, estava apavorado que tivesse que abrir mão da esposa seis dias por semana como fazia agora, mesmo depois de casarem.
O pai de Natália também pareceu aprovar a ideia e todos estavam muito satisfeitos, a exceção de Valentina di Fiore.
Apesar da grana alta e da suposta segurança que teria na Ilha, ela não se sentia tão confiante. Nunca tinha trabalhado numa casa de família antes, não sabia se conseguiria manter a distância necessária dos patrões e empregados, mas especialmente, não sabia como manteria o profissionalismo com uma criança.
Ela simplesmente amava crianças, sua alegria, sua ingenuidade, e um garotinho de três anos certamente invadiria seu coração. Como ela ficaria quando tivesse que se despedir dele?
Seu pobre e emendado coração já doía quando pensava em se despedir de sua amiga espevitada, do tímido Marcus, da correta e gentil Fiona, do comilão Ray até mesmo do atrapalhado Nathan do depósito.
Tinha rido mais naqueles quase dois meses em que estava com aquelas pessoas do que a vida toda, sua vida adulta, pelo menos.
Mas seria bom afastar-se da figura materna de Fiona – a preocupação da inglesinha muito ativa com a sua alimentação que ainda estava meio precária, era o máximo de cuidado que alguém já tinha destinado à ela, a exceção de Natália.
A amiga tinha lhe dado roupas, conselhos não requeridos, feito brincadeiras bobocas que a fizeram se descontrair e Valentina era tão grata que ela nunca mais tivesse tocado no assunto que a levou até ali, que a amaria ao máximo só por esta gentileza, mesmo se tivesse sido a única.
De malas prontas ela adentrou a embarcação exclusiva dos Dalgliesh – Natália pegou o seu passaporte vencido e disse que isso bastaria ao patrão se ela conseguisse conquistar Justin o que jurou que não seria nada difícil.
___ O Pequeno Príncipe é a criança mais amável que você vai conhecer por essas bandas, juro que ser dono de tudo e de todos não subiu à cabeça dele!
___ Natália, o garoto tem três anos! – Valentina achou graça dos delírios amigáveis da maluquinha.
___ Você se surpreenderia com a atitude de algumas crianças que eu conheço por aqui! – virou os olhos – Graças a Deus o patrão encerrou a possibilidade de qualquer mãe que tenha filhos em idade próxima ao dele de inventar play-dates, sério, teve uma oportunidade sinistra, quando uma das mães...
___ Natália, isso não é importante.
Era o que Valentina sempre dizia para impedir a amiga de fazer fofocas. Mas sabia que para sobreviver no que já começava a temer ser um ninho de cobras, ela teria que se inteirar de algumas.
