"Nem sempre podemos ter aquilo que queremos"

16 1 0
                                    

Quem é vivo sempre aparece. Desculpa mais uma vez pelo atraso.

Boa Leitura...

**************************************

Kikalo narrando

Motivos para odiar-me todo mundo tem, a maior parte das pessoas pode até não concordar com as minhas ações , mas eu não estou nem aí. Eu simplesmente tenho uma maneira diferente de encarar a vida.

Nunca tive que ter muita responsabilidade, sempre tive o que eu queria quando queria, já que eu tenho um pai rico (ele é líder de um dos maiores cartéis de drogas da Colômbia), minha mãe por outro lado é proprietária de um salão de beleza, então minha situação económica sempre foi de certa forma avantajada.

Minha mãe é angolana e foi lá que eu vivi quase toda a minha vida. Quando ela conheceu o meu pai, ela não sabia no que ele trabalhava e quando descobriu ela preferiu se separar dele, mas ela já estava gravida e ele ficou tão feliz por ter um herdeiro que nunca me deixou desamparado.

Apesar de não ser um pai muito presente devido aos seus "negócios" ele nunca deixoiu de mandar dinheiro para que eu tivesse uma boa vida, minha mãe apesar de não concordar não podia deixar de aceitar o dinheiro que era pra mim e não para ela.

E desde muito cedo o meu pai sempre quis que eu fizesse parte do negocio, enclusive foi por isso que eu conheci a Eve. A minha missão era ficar de olho nela, e eu queria mostrar o meu valor na minha primeira missão, mas o problema foi o facto de eu não gostar dela, eu gostava de outra pessoa, e isso estragou tudo, não consegui concluir a missão.

Nem sempre podemos ter aquilo que queremos.

Meu pai nunca fica muito tempo no mesmo país por causa dos negócios, mas ele tinha uma missão importante para fazer no brasil e ficaria lá pelo menos 1 ano, então ele me convidou para participar das transações, conhecer o pessoal e começar a me familiarizar com o negócio. E por sorte ou azar, reencontrei a minha primeira e única missão: a Eve. Agora eu teria novamente a chance de continuar de onde parei e fazer as coisas direito dessa vez, mas por ironia do destino apareceu a Larissa, e mais uma vez a minha missão estava comprometida por causa de uma mulher.

Eu tentei a todo custa evitar mas eu não consegui, a atração foi maior do que a razão e eu sucumbi a paixão. Mais uma vez iria desiludir o meu pai por não ser forte o suficiente.

Mas ele ainda está disposto a me dar uma chance, se não ele não teria mandado um motorista me buscar para me levar a algum lugar que eu ainda não sei qual é, mas eu sinto que isso deve ser um teste, e dessa vez, eu vou provar que sou merecedor de ser seu sucessor.

Chegamos em uma cabana no meio da floresta, eu já achei isso muito estranho, não era isso que eu esperava. Eu desço do carro e vou com a minha melhor postura e confiante de que dessa vez eu vou fazer tudo certo.

Quando eu já estou na entrada da cabana a primeira coisa que eu vejo é um rastro de sangue e que continua até as arvores, parece que um corpo foi arrastado. E a postura e confiança que passei o caminho todo a alimentar desapareceu em 2 segundos como se nunca tivesse existido.

Junto todas as forças que ainda me restam e abro a porta e tem uma possa de sangue bem ao lado dela, eu passo por cima dela e quando olho pra frente vejo uma cena que me deixa ainda mais nervoso, a Eve desmaiada, amarrada e amordaçada em uma cadeira, o meu pai está ao lado dela conversando com um dos seus homens.

E é nesse exato momento, toda a certeza que eu tinha de um dia assumir os negócios do meu pai virou fumaça.

Monteiro: My Hijo lhegaste- ele abre um sorriso e abre os braços para me dar um abraço e eu congelo- vem dar um abraço a tu papá

Tive que fazer um esforço colossal para conseguir mover meus pés, e com a cabeça a 1000 km/h e o coração disparado eu caminhei até ele e o abracei.

O que estou a fazer da minha vida.

Larissa narrando

Depois de quase 2 horas intermináveis em um carro com um clima mais pesado que o céu em dia de chuva e tão silencioso que até conseguia ouvir os batimentos descompassados do meu coração, finalmente chegamos a tal cabana, ou perto dela porque não podíamos chegar muito perto para não perceberem a nossa presença.

O Marcello, o Sr. Santiago e eu descemos à uns 100 metros de distancia da Cabana, o Ricardo deixou bem claro que nós devíamos nos aproximar cautelosamente da cabana para não sermos notados e só podíamos entrar depois do seu sinal, para prestarmos atenção a todos os lados porque podem haver pelo menos uns 3 homens do Monteiro por ai.

Nós aproximamos com toda a cautela possível para não sermos vistos e quando finalmente chegamos na cabanos nos escondemos atrás de uns arbustos que tinha aí perto a espera do sinal.

Marcello: Larissa, você sabe que tem muita coisa para me explicar?...-ele sussurra perto do meu ouvido já que estamos muito próximos

Larissa: Marcelo nós podemos falar sobre isso depois agora não é o momento pra isso... - eu respondo impaciente.

Marcello: Eu sei, mas quando isso tudo terminar vocês duas vão ter muito o que me explicar... - ele insiste

Sr. Santiago: Vocês podem ficar calados por favor ou vão denunciar a nossa posiç...- e antes que ele terminasse a frase nós ouvimos o barulho de um tiro seguido de um grito ensurdecedor que parecia mesmo ser da Eve vindos de dentro da Cabana.

Isso vai dar merda.

A PunkOnde histórias criam vida. Descubra agora