Ally
Acordei ainda no colo de Ashton, que me abraçava possessivamente, agora em uma conchinha confortável. Não que nunca tivéssemos estado nessa posição antes, mas agora era diferente. A sensação era estranha ao mesmo tempo que gostosa. Seu rosto encaixado na curva do meu ombro me causava arrepios cada vez que sua respiração pesada batia naquele ponto e seus braços rodeados em minha cintura me deixavam com vontade de nunca mais sair dali.
Remexi-me o mais cuidadosamente que pude, virando de frente para ele, que ainda dormia profundamente. Observei seu rosto, agora transmitindo uma paz que chegava a ser reconfortante, livre de preocupações. Ele era tão bonito que me fazia suspirar. Lentamente ele abriu os olhos, me pegando o analisando descaradamente e um sorriso preguiçoso brotou em seu rosto.
— Como você está se sentindo? — foi a primeira coisa que falou. Revirei os olhos, deixando que o sorriso que não conseguia esconder brincasse por ali.
— Bem melhor — bocejei — Podemos começar a nos arrumar para nosso tour pelo país.
— Você não perde tempo nunca, né? — riu e me puxou mais para perto, fazendo-me engolir o sorriso.
— Nunca — respondi séria. Desviei meu olhar para sua boca, que se abriu, meu coração dando um solavanco dentro do peito. Olhei de novo nos olhos de Ashton, que desviou o olhar para minha boca e eu quase me contorci em antecipação.
Não tinha como negar que isso era muito mais forte que a gente e não dava mais para fingir tudo estava bem como antigamente. Nada mais estaria bem, nunca mais.
Ashton levou a mão livre até minha nuca, puxando-me em sua direção lentamente, dando-me tempo para desistir, o que eu não faria. Nossas bocas estavam quase se encostando, quando o celular do Ash começou a tocar em algum lugar pelo quarto, assustando a nós dois que nós separamos rapidamente. Ele me lançou um olhar significativo antes de levantar e pegar o celular para atender seja lá quem fosse o estraga prazeres que estava ligando. Joguei-me na cama, encarando o teto, tentando recuperar meu juízo de alguma forma, mesmo que ele tivesse saído correndo pela janela desde o momento que acordei. Eu já havia dito isso, mas eu estava tão ferrada.
— Você quer mesmo fazer aquele tour pelo país? — Ashton perguntou, me fazendo voltar a realidade. Ele parecia muito melhor que eu.
— Claro — respondi, esquecendo o mau humor por termos sido interrompidos.
— Se arruma então. A gente sai em meia hora — foi até a porta, virando-se para mim antes de abrir a porta — Não se esqueça de levar uma mochila com uma ou duas roupas. Vamos passar a noite por lá.
E saiu, como se nada tivesse acontecido. Talvez ele tivesse muito mais autocontrole do que eu própria.
Conforme combinado, em meia hora estava arrumada, cheirosa e pronta para começar nossa folga. Não sabia para onde iríamos, mas era a Itália, nada poderia ser ruim.
Luke apareceu balançando a chave do carro que eles haviam alugado, anunciando que ele seria o motorista pela próxima hora. Entramos todos no veículo e demos início a nossa pequena aventura. Estava sentada entre Calum e Ashton, que batucavam o assento da frente, enquanto Luke e Michael cantando a plenos pulmões, enquanto eu ria e filmava tudo. Definitivamente isso ia parar em algum vlog da tour.
Algumas horas mais tarde, chegamos em Cinque Terre, que é um conjunto de vilas centenárias à beira-mar na acidentada costa da Riviera Italiana. Lugar mais calmo e tranquilo, eu entendia o porque da escolha dos meninos. Era bom se distanciar um pouco às vezes. Eles precisavam disso. O lugar era lindo, com casinhas coloridas e vinhedos que se agarravam a terraços íngremes, além da vista pro porto, cheios de barcos de pesca. O lugar por si só já dava uma sensação de felicidade.
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Best Years // ashton irwin
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