Oi, eu sou a Seinnomi

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Eu não acordei pela manhã com o despertador arrombando meu tímpano e fiz um coque mais frouxo que um cu numa suruba.

Eu não fiz minhas higienes matinais - nome discreto pra não dizer que dei aquela barrigada marota e entupi o vaso - em seguida.

Não vesti qualquer roupa da Adidas e desci atrasada pro colégio porque eu tava na verdade, tendo a porra do EAD por causa de uma gripezinha aí que só tá em todo o planeta.

E sabe por quê? Porque era duas horas da tarde.

Mas eu faria mesmo assim ou não me chamava Seinnomi.

Tinha que honrar o nome. Um significado é um significado, mores.

Com a audição perdida por um segundo, eu dei um bocejão fake e fui mijar no banheiro que ficava fora da minha suíte-sem-banheiro. Nós se chama Seinnomi, mas nós é humilde. Não se ilude com essas burguesas, não. Tudo nutella.

Cheguei no trono, e apesar da minha coroa, não foi pra sentar.

Abaixei as calças e em pé, soltei aquela cachoeira. Não é porque não tenho flecha que não sou boa de mira.

Depois da ducha fria de arrepiar as penas da peteca, fui me arrumar.

Foi tudo simples: blusa da Adidas de manga longa no frio de 44° graus que tava lá fora, calça rasgadinha, jaqueta de couro do brechó de novecentos reais e claro, minha botinha de cano alto.

Deixa a gatinha aqui dá um miau e vem ser meu gato de botas, moléstia.

Complementei com uma leve maquiagem com mais que a parede da reboco que a casa da tua avó, me olhei no espelho e o espírito de Nazaré Tedesco baixou em mim.

- Goxxxtosa.

Bem basiquinha pra ir comprar pão beninas.

Diário de Um Coque Frouxo [ CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora