Quando o amor acontece

Capítulo 15

                                                                                 Mariana

( vou lembrar nosso amor para sempre e no sonho mas bonito te guarda você no meu pensamento vai ficar.... )

     Como a vida é engraçada em um minuto tudo era perfeito, a família, os amigos, o homem e no outro estou trabalhando de secretaria para minha mãe. Não me entendam mau, adoro trabalhar, o problema é ser forçada, obrigada a isso. Vinte dia se passaram e tudo mudou. Nunca mais tive contado com Diogo, ele não me procurou nem eu. Todos os dias escrevo um texto enorme para ele e apago, ligo mas antes de completar desligo.Me sinto confusa com medo. Imoral, repugnante, nojento, são essas palavras que ouço todos os dias, minha mãe faz questão de falar disso a todo momento. Ela 'conversa'comigo sobre isso todo dia, o único problema é que nessa conversa não tenho voz ativa, apenas os ouvidos. Meus dias agora são o seu escritório, faculdade e cama. E é nessa ultima, no silêncio do meu quarto que deixo as lágrimas lavarem meu rosto e aliviar meu coração. Não entendo como fui me apaixonar por alguém tão rápido de uma forma tão intensa. Nunca acreditei em amor a primeira vista  mas agora com tudo que estou passando talvez exista sim esse amor louco que tira a gente de órbita.  

      Preciso esquecer Diogo e focar em parar de depender da minha mãe. De verdade achei que isso fosse passar, que foi um momento de raiva mas não, as coisas estão piorando, nem a Ana consegue lidar com ela,brigamos todos os dias, várias vezes por dia. Parei de comer em casa e só fico dentro do meu quarto, graças ao céus tenho um banheiro, computador e celular se não já teria enlouquecido a muito tempo.

    Hoje amanheceu como nos outros dias muito sol, muitas brigas, mas com a diferença é que Melissa Fontes virá aqui hoje, como secretária da minha mãe marquei seu horário na mesma hora do meu almoço, não quero vê-la. Sei que não me fez nada diretamente, mas naquela maldita noite percebi muito bem seu tom e o  sarcasmo ao falar de mim.Faltando exatos dez minuto para Melissa chegar minha mãe me chama na sua sala.

  - Seu dinheiro do almoço. Preciso que você passe no cartório e deixe esses documentos lá. 

  - Eu não quero seu dinheiro. Se é só isso. - pego a pasta pronta para sair.

 - Aonde você está comendo Mariana? Você é tão imbecil, essa sua greve de fome só prejudica a si mesma. 

  - Então não sei por que a senhora tem tanto interesse.- saio sem esperar que ela responda, e caminho em direção ao cartório.Sei que ela em razão, mas a verdade é que não quero nenhum dinheiro dela, então passo o dia todo com um pão  que  vem da padaria para todas as secretárias dos outros advogados que trabalham para minha mãe e a noite janto na faculdade, é verdade que isso não está me fazendo muito bem, estou dando tontura e com uma dor de cabeça infernal, além da fadiga, me sinto cansada a maior parte do tempo. Preciso sair de casa,mas sem trabalho não dá, já distribui vários currículos, pedi a Sara para conversa com a mãe dela, porem a minha mãe chegou na frente e inventou sei  lá o que. Minha ultima esperança é um emprego de faxineira, mas fiz a entrevista a uma semana e até hoje nada todo mundo quer experiência. 

    Gasto quase uma hora só no cartório e o  sol de meio dia está me deixando tonta de tão quente que está.Sento na pequena  praça próximo a escritório, vou esperar mas meia hora para não ter chance mesmo de encontra- la e depois volto. Converso um pouco com a Sara, mas desligo logo, pois a vontade de fazer xixi vem com tudo. preciso de ir no banheiro com urgência. Não sei o que está acontecendo comigo, estou toda hora indo no banheiro. 

    Entro no prédio e para o meu azar, o banheiro acabou de ser limpo e o cheiro forte do produto de limpeza me causa  ânsia de vomito. Mal acabo de fazer xixi e viro para vomitar, toda água  que tomei até agora. Respiro fundo e lavo meu rosto de qualquer maneira para sair o mas rápido, pego os papeis que deixei na bancada da pia e vou para a minha mesa, preciso de uma bala com urgência. 

  - Mariana você trouxe os papeis? - minha mãe pergunta e quero chorar de desespero, meu estomago está super estranho e minha cabeça dói e ainda estou um pouco tonta. O bom é que pelo jeito Melissa já foi. Vou aproveitar e pedir para ir embora mas cedo, devo esta com alguma virose.

 - Estão aqui  e não estou me ...

 - Já fui logo entrando querida sua secretária não estava lá fora e como Bruno e Diogo estão com pressa. - Quase tenho um ataque quando vejo os três ali na minha frente, minha respiração trava, meu coração dispara e sinto o suor nas minhas mãos. Diogo olha para mim e aquele olhar quente e maravilhoso está de volta, mas no mesmo instante ele desvia o olhar e cumprimenta minha mãe com um a perto de mão. Aproveito para reparar em seu rosto, ele parece cansado, o cabelo está bagunçado, pelo jeito ele andou passando a mão no cabelo sem parar.Meu coração dispara e quero beija-lo com força, abraça-lo com vontade.

  - Como pode ver, minha secretária estava aqui, Mariana está trabalhando comigo agora. Mas você não precisa de cerimonias Melissa.

  - Que ótimo então. Querida trás um cafezinho pra gente ?- olho para minha mãe esperando que ela fale alguma coisa.

  - Está esperando o que Mariana? - saio sem acreditar, ela viu que a amiga dela quis me humilhar e apoio ?Não acredito que essa seja minha mãe preciso encontrar um emprego rápido. Passo por Diogo  e Bruno sem olhar para eles e vou pegar o café. Como meu dia pode dar tão errado assim. As lágrimas vem e seguro fundo para não chorar. O cheiro de café  ataca meu estomago, que já não está bom mas seguro firme e volto para sala.

  - Eu quero a casa ou não tem acordo. - Melissa quase grita ao falar.

  - Melissa  você nunca quis aquela casa o seu problema não é a casa. - Diogo se levanta exaltado também.

  -Calma Diogo vamos ficar calmos.

  - Me fala como Bruno? Essa mulher só que tirar minha paz, me fazer vender a casa por puro capricho dela. 

 - Com ou sem capricho eu tenho direito na casa. - Melissa diz apontando o dedo em seu rosto.

 - Como o seu advogado já deve ter informado senhor Fontes minha cliente tem direito a metade da casa.

  - Sim é claro que ele já informou e eu também já falei que pago a parte dela.

  - Mas eu não quero o dinheiro e sim a casa, compro a sua parte também. - Aquilo estava saindo do controle, Bruno  e minha mãe tentavam falar mas os dois começaram a gritar e  ofender um ao outro com palavras, eu queria ouvir mas de repente a bandeja ficou pesada na minha mão minha visão embaralhou, ouvi a a voz do Diogo e da minha mãe gritando meu nome tentei, responder mas de repente tudo ficou escuro.