Capítulo 35

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                                                                                      Diogo 

( Há o momento da chegada, e o instante de partida, quanta vida  já vivi, quanto  resta a ser vivida?) 

   Sabe aquele dia que nos perguntamos o motivo de ter acordado? Esse é o meu, deveria ter ficado quietinho dormindo com a minha mulher. Pensar nela me faz bem em meio ao caos que está esse inicio da manhã. Saio do escritório pois preciso visitar uma obra e depois quero tirar uma foto da minha surpresa para Mariana. Eu queria que ela visse pessoalmente, porem seus pesadelos estão lhe dando medo de sair de casa. Ainda preciso marca um psicólogo para ela. Até hoje não consigo acreditar que meu filho foi capaz de agredi-la. É decepcionante para um pai, ver o filho se torna uma pessoa completamente diferente. Se ao menos  fosse um diferente bom.  

   Assim que chego na obra afasto qualquer pensamento da cabeça. Está  obra está dando tanto trabalho. Chamo o pessoal e conversamos sobre a melhor maneira de fazer a piscina entre outras coisas, prometi uma bonificação para cada um deles já que eles estão tento trabalho dobrado. Saio de lá e vou direto para  surpresa de Mariana. Sim comprei um lote bem grande em um condomínio maravilhoso, quero construir essa casa do zero, quando vi esse lugar fiquei encantado. Tiro varias fotos de ângulos diferentes, primeiro para ela ver, e também por que preciso para começar a montar o projeto da casa. Termino tudo e assim que entro no carro, uma sensação estranha me atinge, penso logo em Mariana e resolvo ligar para ela. Pego meu celular, só que  ele está desligado. Estranho já que nunca desligo, porem apenas ligo o aparelho e coloco  o carro em movimento. Sei que é errado dirigir e falar ao telefone só que estou realmente preocupado. Assim que pego o telefone para discar a pelo menos dez mensagem na caixa postal o que já e deixa em total alerta, ligo para escultar e quase perco o controle ao ouvir a voz do meu filho. E as mensagem que vem depois me levam ao limite. Acelero o máximo que posso, avanço sinais e quase faço um acidente até chegar no meu prédio e confirmar que algo não está certo.

 Há uma  multidão de gente do lado de fora uns falam de tiro, outros que chamaram a polícia, passo por eles empurrando desesperado, minhas mãos estão suando e acho que vou ter um infarto, porem não paro,chamo o elevador mas não consigo esperar, subo as escada quase caindo no processo, e finalmente chego no meu apartamento, e vejo a pior cena da minha vida, um verdadeiro filme de terror. Melissa está no chão pedindo para Vanessa parar, e meu filho está caindo e coberto de sangue e em baixo dele está Mariana. Não consigo saber se quem está mais machucado já que o corpo dele tampa o dela, entro para acudi-los.  

 - Olha só quem chegou, mais um membro da família feliz. - só então percebo vanessa  ali com uma arma na mão. 

 - Por favor Vanessa meu filho vai morrer para com isso. - Melissa diz em total desespero. Tentando acorda Carlos.

 - Ele te traiu Melissa, como a minha filha fez, preferiram esse homem a nós e olha que ele nem é filho dele. Te fiz u favor, vamos acabar com todos eles, e fugirmos daqui.- Vanessa está completamente louca, e Melissa só sabe pedir pelo amor de Deus, sei que preciso agir rápido.

 - Viu o que fez Diogo, te pedi tanto para deixar minha filha em paz. Isso tudo é culpa sua, minha menina perdeu a oportunidade de um futuro brilhante por sua causa.  

  - Vanessa  abaixa  essa arma, por favor, sei que você ama sua filha então abaixa essa arma. - tento argumentar com ela, pois sei que seu ponto fraco é Mariana.

 - Claro que há  amo,  e é por isso que estou aqui, vim salva-la de você. Só que esse moleque estragou tudo. Era para gente está longe daqui, eu iria criar o bebê com ela. Não precisamos de você. - olho para os dois no chão desacordados e o desespero começa a tomar conta de mim, avanço para cima dela .

 - Parado onde está ou atiro na sua cabeça.

 - Então atira Vanessa, atira e carregue a culpa por matar pessoas inocentes, carrega a culpa por matar a sua filha , ou se ela sobreviver aguente o seu ódio.- seu olhar desvia rapidamente para Mariana caída no chão e é minha unica chance. Pulo em cima dela e começamos uma luta sem fim , pressiono Melissa na parede tentando imobiliza-la. A arma cai no chão e grito Melissa. 

 -Liga para policia Melissa , rápido. 

 - Isso não vai ficar assim Diogo, sou advogada, vou sair de lá e matar todos vocês. 

 - Não Vanessa você não vai. 

 - Larga essa arma Melissa por favor. - Para o meu total desespero Melissa está com a arma de vanessa na mão.

 - Não posso Diogo, eu errei tanto e por minha culpa meu filho está morto. - as lágrimas vem antes que eu consiga segurar não é possível, meu filho não. 

- Não Melissa, ele precisa de um médico. Nosso filho está bem.

- Sinto por tudo isso Diogo, você é um homem incrível, mas o Carlos é filho do Bruno. - Não tenho tempo de assimilar o que acabei de ouvir, tudo acontece num piscar de olhos, a polícia chega gritando, Melissa atira em  Vanessa bem ali na minha frente. 

 - Sinto muito Diogo, saiba que ele preferiu ser leal a você

 - Melissa não  não não- Porem já era  tarde, Melissa tirou a própria vida, uma poça de sangue se formou ali, duas vidas perdidas , bem na minha frente. Saio do transe quando os policiais me abordam, tudo começa a passar bem na minha frente, respondo perguntas e vejo meu filho e Mariana serem levados para  ambulância. Vou junto e seguro nas mãos de cada um. A chegada no hospital é tão louca quanto a saída daquele show de horrores. Mariana é levada para um lado e Carlos bem, ele começa a ter uma  parada cardíaca bem na minha frente.  Eles me mandam afastar e cortam sua camisa e  ligam o choque . Nunca senti tanta dor em toda minha vida.

 - De novo, não podemos perde-lo.  

 - Vamos lá de novo - e mais um a vez  eles ligaram o choque.

 - Conseguimos , conseguimos. - algum médico gritou e levaram meu filho para sala de cirurgia. Fiquei ali parado sem saber para onde ir queria ver Mariana, mas também o Carlos, viro para a porta do hospital e minha mãe e Bruno estão chegando.

 - O meu querido, como eles estão, como isso aconteceu? - minha mãe fala em prantos , porem não consigo responde-la,estou de olho em Bruno, as coisas simplesmente começam a fazer sentido, Bruno pediu meu celular emprestado hoje, para fazer uma ligação  o dele tinha sido roubado. 

 - Mãe como a senhora chegou aqui? - dona Iolanda me olha sem entender.

 - Foi o Bruno que me trouxe, ele me ligou e avisou tudo. 

  - Sinto muito Diogo por tudo e...

   -É claro que sente. - não espero ele acabar de falar, dou o primeiro soco e outro até os enfermeiros  me tirar de cima dele. 

  -Ela me ameaçou Diogo, ela disse que ia te contar que tivemos um caso, se eu não ajudasse, sinto muito cara eu não queria isso. Não era para ser assim , ela disse que ninguém ia se machucar. - Bruno diz com a boca ensanguentada e fico fora de mim volto a ataca-lo, até sentir uma picada no meu braço. De repente meu corpo fica mole, e a ultima coisa que vejo é minha mãe dizendo que vai ficar tudo bem.


Quando o amor aconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora