Quando o amor acontece

Capítulo 19

                                                                                         Mariana 

   - Tenho  experiência como garçonete, já trabalhei em um bar.- digo muito  seria tentando passar profissionalismo.

  - Você tem disponibilidade de horário?-  dona Ruth me pergunta e seu tom arrogante me assusta  mas tento me manter firme. Seu olhar é tão avaliador que estou surpresa de não ter corrido.

  - Sim posso trabalhar qualquer horário. E aprendo rápido.

   - Bem podemos fazer um teste, mas vou logo avisando não aceito mulheres com crianças pequenas e com namorado ou marido louco para vim aqui fazer barraco. Aqui é um bar por isso pode ter cantadas ou qualquer coisa do tipo. Te espero as cinco tudo bem?

   - Estarei aqui com toda certeza. Nem sei como te agradecer. E pode ficar tranquila não tenho filhos, marido ou namorado.

   - Chegue no horário e trabalhe direito, é um ótimo agradecimento.- sua resposta é rude mas não me importo eu tenho um emprego e isso é o que importa.

  - Ok muito obrigada. - saio do bar com vontade de gritar e pular como uma louca , eu consegui. Minha alegria era tanta, após quinze dias de sofrimento e desespero finalmente consegui o serviço. Dá ate vontade de chora. Saio em disparada para minha casa, e pela primeira vez em quinze dias sorrio ao entrar. Vou fazer o possível para ser a melhor funcionaria e me manter lá. Falta pouco para primeira parcela do empréstimo vencer, estava ficando louca.  Ando de um lado para o outro de tanta felicidade, quero ligar para Sara ou para Vanessa e dizer eu consegui , mas é melhor esperar para não sair nada errado.Como não tenho hora para chegar decido dormi para poder aguentar a noite toda no meu emprego.

    O meu novo local de trabalho é um bar super bem frequentado, vários engravatados e pessoas de alto escalam. O ambiente é bem romântico com poucas luzes. Tudo estava indo bem até sentir minha cabeça estranha como no dia que desmaiei. Isso não pode acontecer no meu primeiro dia. Sirvo mas algumas mesas e vou para o banheiro. Passo uma água no rosto respiro fundo, vou em direção a cozinha tomar um copo de água  porem dona Ruth me para avisando que chegou mas clientes. 

  - Boa... - nem termino a frase pois meus olhos encontram  o rosto que não sai do meu pensamento, a barba mas grossa, o cabelo levemente bagunçado, seu olhar me perfura e fico sem ar, tudo me atinge de uma vez saudade, medo , surpresa. Fico como uma idiota olhando para ele.

  - Mesa para quatro querida. - e então a magia acaba, ao lado dele está uma e que mulher, alta com um corpo maravilhoso, seus braço esta em volta da sua cintura e quero morre nesse momento. Eles estão junto.

  - Mariana o que você faz aqui? - Diogo me pergunta tão surpreso quanto eu. Queria ter o poder de ler sua mente, de saber tudo que se passa nela. Queria saber se ele sentiu toda essa energia que nos envolve.

 - Eu estou trabalhando aqui - ele me olha tentando entender a situação mas a mulher a seu lado tosse  quebrando mas uma vez nossa conexão.

  - E a nossa mesa querida.- a bonitona diz e quero enfiar esse querida no rabo dela, se meu emprego não fosse tão precioso faria isso. levo os dois até a mesa e logo em seguida seu amigo Bruno chega acompanhado de outra mulher tão linda quanto a primeira. Me afasto deles com o coração na mão, ele ta namorando essa mulher? Não posso acreditar, sei que já passou um tempo mas poxa. Um bolo se forma na minha garganta e a vontade de chorar vem com tudo chego na cozinha passo o pedido no automático. Pego a cerveja e levo ate a mesa.

  - Vocês desejam mais alguma coisa? - digo sem olhar para eles tudo que quero é sumir daqui, por que tudo tem que ser tão difícil para mim.

 -Mariana?? - Bruno fala com a mesma cara de espanto de Diogo 

 - Trabalho aqui agora. Se não precisam de mas nada, com licença.- ouço Diogo me chamar porem não respondo, saio pela porta dos fundos em buscar de ar. Não posso chorar, não posso desmoronar, ele segui a vida dele, com uma mulher não uma garota como eu. Faço de tudo para evitar eles mas a risada alta dela é impossível de ser ignorada.  Ele parece sem jeito no meio deles como se não quisesse estar ali, quem to querendo enganar ela é linda, parece ser uma mulher rica tem a idade dele, a unica pessoa que não quer estar aqui e é obrigada sou eu. Mais clientes chegam e volto a me movimentar a dor no peito só aumenta sinto o olhar do Diogo em mim a todo instante porem me mantenho firme sem olhar para ele, mesmo que seja tudo que mais quero. 

 - Querida trás mas uma por favor? - respira Mariana você é capaz de servi eles sem matar essa mulher. A culpa não é dela, vocês só não deram certo, ele nunca iria sair com você assim a vontade pois todo mundo iria julgar, ele iria fazer isso.  Quase entro dentro do freezer para pegar a cerveja e faço tão rápido que sinto minha cabeça girar. Aquela sensação ruim me pega de novo.  Caminho até a mesa deles  mas sinto meu corpo estranho, minhas mãos começam a soar, minhas pernas parecem pesadas e tudo fica escuro de novo.