Zoe - Cheia de Vida [ PAUSADO TEMPORARIAMENTE]

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Nota da autora: Bom, eu espero de verdade que vocês gostem desse capítulo. Foi um misto de emoções escrever cada palavra.

De verdade, com muito carinho para vocês.

Aproveitando também para comunicar que os capítulos sairão todo sábado.

Boa leitura!

O ensaio acabou se estendendo devido aos erros incomuns. Eu travava dentro de mim uma batalha, sem saber se ia conversar com Natã ou dava um tempo para que ele refletisse sobre seja lá o quê ele estivesse passando.

Não éramos mais duas pessoas desconhecidas. Éramos melhores amigos. Nos falávamos todos os dias, comentávamos sobre filmes e séries, compartilhávamos versículos e até tínhamos piadas internas.

De início eu fiquei relutante perante a ideia, mas conversando sobre o assunto com a minha mãe, a mesma me garantiu que o que eu estava sentindo era apenas medo da novidade que estava a chegar a minha vida. Eu nunca tive amigos tão legais, e agora que tinha, não sabia como me comportar.

E Natã era legal, assim como Bela, Ana e Benício. Não poderia admitir a minha ansiedade atrapalhar tudo o que Jesus estava me proporcionando.

E foi por essa razão que optei por não conversar com Natã. Ele aparentava estar muito chateado, sério.

— Você quer que eu espere o seu pai com você? – Ana pergunta. Estamos em pé na entrada da igreja.

— Não precisa, Ana. Eu vou mandar mensagem para o Eduardo e... – me dou conta de que esqueci minha bolsa dentro da igreja.

— E você esqueceu a bolsa. – Ana completa sorrindo, e eu confirmo. — Vai lá pegar, eu estou aqui te esperando.

Entro na igreja novamente refletindo o quanto eu sou distraída. Logo visualizo a bolsa, e enquanto vou pegá-la, noto que Natã está sentado em uma das primeiras fileiras de bancos próximo ao altar, com a cabeça baixa, completamente solitário.

Algo dentro de mim muda diante daquela cena. E quando menos percebo, estou indo até o seu encontro.

— Oi, você está bem? – pergunto para ele, que agora direciona seus olhos tristes a mim.

Talvez eu tenha sido direta demais.

— Oi Zoe. Não, não estou nada bem. – ele responde seguido de um longo suspiro.

Me sento ao seu lado.

— Eu posso ajudar em alguma coisa? Você quer conversar? – questiono reprimindo a vontade de repousar a mão em seu ombro.

— Você é uma fofa, sabia? – ele sorri fraco, e percebo o quanto está abatido. — Eu não quero te encher com meus problemas, mas agradeço a ajuda.

Eu não sou fofa. Ou será que sou?

— Natã, você não vai me encher com seus problemas, mas eu não vou insistir. Somos amigos, tanto para as horas ruins quanto boas. – encaro seus olhos. — Se não quiser conversar comigo, procure alguém da sua confiança e desabafe. Fica com Deus, eu estou indo. – sorrio fraco para ele e giro meus calcanhares em direção à saída.

— Espera. Não é isso, Zoe. – ele suspira mais uma vez e eu me viro para ele. — Sabe, você está certa. Eu preciso desabafar com a minha melhor amiga.

Estou sorrindo.

— Eu só preciso que você me garanta que depois de ouvir, as coisas não vão mudar entre a gente. – ele diz em tom magoado.