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Estamos no carro retornando para a casa. Eu disse a Rebecca que aceitava o título de ser sua filha na fé, e acabei descobrindo que a mesma é noiva de João.

Ela é muito amável.

Estou me sentindo muito melhor agora do que quando cheguei à igreja.

Ana tentava sorrir em meio à conversa no carro, mas eu via o quanto ela estava péssima.

— Você vai ficar bem? – pergunto a Ana enquanto caminhamos, e observo o modelo do carro do meu padrasto estacionado em frente à casa.

Será que a minha mãe está aqui?

— Vou sim. – ela responde seguida de um suspiro.

Eu espero.

Ela abre a porta e ouço a voz da minha mãe. Ainda desacreditada, entro na casa e vejo nada mais do que meus pais sentados em um sofá conversando com a pastora Sara.

— Mãe. – chamo a sua atenção e ela sorri ao me ver. Sem esperar, vou em sua direção e a abraço apertado, tomando cuidado para não machucar sua barriga.

— Filha, quantas saudades. – ela me aperta um pouco e percebo que sua voz está embargada.

— Não chora. – peço enxugando suas lágrimas, vendo ela sorrir.

— Oi princesa. – meu padrasto beija minha testa assim que me afasto do abraço da minha mãe.

Logo Natã, João e Ana cumprimentam meus pais. O pastor pede que eles fiquem até o almoço, mas eles respondem que vieram apenas me buscar.

E assim, subo com Ana para buscar meus pertences.

— Eu vou sentir a sua falta. – ela diz me encarando. Deixo a mochila no chão e me sento na cama ao seu lado.

— Eu também. – respondo.

— Posso ligar para você mais tarde? – ela pergunta criando desenhos imaginários na minha mochila com o dedo.

— Pode, eu vou ligar ele e baixar os aplicativos. – eu não sou muito de ficar no celular. Comentei isso com Ana, e a mesma me disse que eu parecia um ET.

— Obrigada por me dar aqueles conselhos, mesmo que eu não tenha dado ouvidos. – ela diz. — Ele e a Débora são lindos. Ah Zoe, eu sou uma idiota. – afunda o rosto nas mãos.

— Você não é idiota. – digo tentando passar um pouco de apoio para ela.

— Tem razão. Não se preocupe comigo, eu ficarei bem. – ela diz sorrindo, mas sei que está triste.

Descemos em direção à sala, e encontrei meus pais me esperando juntamente com os pastores, João e Natã.

— Amamos ter você aqui, Zoe. Venha mais vezes. – a pastora me abraça e sorri.

— Ouviu a pastora, vê se não some. – o pastor diz e eu concordo.

Natã se aproxima de mim, também sorrindo, e logo sou puxada para um abraço.

Não estava esperando.

— Até breve, Zoe. – ele me cumprimenta tendo em seu rosto o mesmo sorriso. Balanço a cabeça em confirmação.

Percebo o meu padrasto nos encarar.

Minha mãe diz que está cansada, e todos seguem em direção à frente da casa onde o carro do meu padrasto está estacionado.

— Posso falar com você? – João pergunta e eu confirmo. — A Rebecca é a minha noiva como você já sabe, e ela me contou sobre você ter aceitado ser adotada nas orações dela. Zoe, eu também quero te adotar em minhas orações. Eu e Rebecca oramos juntos pedindo alguém para orientar a luz da bíblia, mas alguém cujo o Senhor nos direcionaria. E você chegou. – ele relata entusiasmado e vejo um brilho em seus olhos.

De repente, um vento forte transpassa sobre nós, e não tenho dúvidas de que Jesus testifica em mim. Podemos sentir Jesus nos elementos da natureza, em som de instrumentos, em palavras, canções, bíblia, e até em puras lágrimas.

Jesus está em tudo. E Ele segue escrevendo para mim uma nova história.













N/A: Olá pessoas de Cristo! O que estão achando?

Vem muitas novidades por aí!

Beijos!!

Zoe - Cheia de Vida [ PAUSADO TEMPORARIAMENTE]Onde histórias criam vida. Descubra agora