|| Q&A||

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     A fênix que nunca morre ressuscitou das cinzas. Sim, eu sou dramática e exagerada. Me julguem!
    Seja como for, só quis fazer uma introdução descente, mas nem para isso a minha criatividade está servindo, por esse motivo, é melhor esquecer as formalidades e ir direto ao que interessa, não?
      Vamos lá!

     A primeira pergunta vai para o nosso trio inseparável:
    "Três patetas, digo Scott, Peters e Klein, vocês ainda se lembram da cena icônica de quando conheceram a Luna?"
     Peters e Klein começaram a gargalhar, já Scott, fez uma careta.
— Eu nunca vou superar! — gritou Peters, rindo alto.

      Klein concordou com a cabeça, bagunçando os cabelos de Scott.
— Como superar o insuperável? — seu olhar se direcionou à Luna, que olhava para os três fazendo uma cara engraçada.— Aliás, Luninha, aquele foi um belo chute.

      Aquilo a faz rir.
— Está dizendo isso porque o chute não foi em você, seu maldito! — Scott exclamou, parecendo muito indignado. — Achei que fosse ficar estéril.

— Seria um grande feito para a sociedade, se quer saber — seu tom de voz era provocativo.

    Scott negou com a cabeça, fingindo-se de magoado.
— Por que você é tão má comigo?

     Luna, porém, estava rindo.
— Você gosta — piscou o olho para ele.

    Scott faz uma careta, em seguida, volta seu olhar para frente, ficando em silêncio.
— Ah... P-próxima pergunta.

   "Isaac, caso fosse preciso, você escolheria o Rafael ou a Luna?"
    O rosto de Isaac ficou pálido por alguns segundos.
     Ele suspirou.
— Vocês provavelmente vão me criticar por isso, mas eu não saberia, ou poderia escolher entre duas das pessoas mais importantes da minha vida — seu olhar se voltou para as suas mãos. — A Luna sempre... esteve comigo, independe da situação ou circunstância. Ela nunca se importou com as minhas escolhas erradas ou com o fato de tê-la machucado, apenas continuou ao meu lado me dando força e é por isso que eu a amo. Nada que eu diga ou faça vai mudar o que já fiz, mas eu estou tentando o máximo possível retribuir a tudo aquilo que ela me deu — um sorriso gentil surgiu em seus lábios.— Eu aprendi minha lição. Acreditem pelo menos nisso — ele a olhou rapidamente, em seguida, seu olhar voltou ao Rafael. — Agora vocês devem estar meio: Ok, você não quer magoá-la, mas ainda não pode a escolher no lugar do Rafael. Eu sei, parece que tudo que eu acabei de dizer não vale de nada se eu não puder fazer isso. Só que, acreditem em mim, as coisas são diferentes se você as olha de outro ponto de vista — o silêncio dominava o lugar. Todos estavam o observando com atenção. — Ele não é só um idiota. Pelo menos, não comigo. Quando cheguei aqui e percebi a diferença de níveis sociais, imaginei que fosse ficar outra vez sozinho, já que a Luna não estava aqui. Foi então que ele apareceu. Éramos colegas de quarto, mas um garoto como ele não tinha nenhuma obrigação de ser amigo de alguém como eu. Porém, ele se tornou meu amigo. O primeiro amigo homem que eu já tive. Pode parecer estranho para a maioria de vocês, mas para mim, aquilo foi muito importante — ele estava sorrindo.— Eu sempre fui magrelo, tímido e medroso. Nenhum outro garoto queria ser amigo de alguém assim, mas ele por alguma razão quis. Rafael ria das minhas piadas ruins, mesmo quando não as entendia, me ajudava com os treinos pesados, brigava comigo quando eu não fazia minhas atividades e depois da Luna, foi a primeira pessoa da qual pude confiar para contar sobre os meus traumas do passado — Rafael parecia perdido em pensamentos, enquanto Isaac o observava.— Quando eu tive minha primeira crise aqui no colégio, pensei estar sozinho. Rafael ainda não sabia e eu não queria que soubesse; não por falta de confiança, mas porque não queria que ele me tratasse diferente. Era domingo, passavam das três da manhã quando acordei gritando. Rafael e o nosso antigo colega de quarto acordaram assustados.  Ambos queriam saber se estava tudo bem, mas eu estava chorando demais e não conseguia falar. Aquela foi a primeira vez em que vi Rafael tão desesperado. Ele não sabia o que fazer. Eu não sabia o que fazer. Quando as crises começaram, ela sempre estava ao meu lado, mas não estava mais aqui. Pensei estar sozinho nisso, porém ele me abraçou de um jeito desajeitado — ele sorria de um jeito gentil.—... e mesmo sem saber o que estava acontecendo me disse que tudo iria ficar bem. Ele me disse que estava comigo agora. Ele foi meu amigo. Por esse motivo, se algum dia a situação piorar e eu tiver mais uma vez que escolher, minha resposta será a mesma: Os dois são muito importantes para mim, por isso não posso escolher. Em uma situação assim, prefiro me manter neutro.

Todas as verdades de Luna [PAUSASA]Onde histórias criam vida. Descubra agora