A PATRICINHA GRÁVIDA DO DONO DO MORRO

Capítulo 42

❤Bela narrando❤

16: 27 da tarde

O convite do LP foi a melhor coisa que já recebi desde que cheguei no Morro. Não que eu e festa combine mais com o LP a Lê e o Di tudo fica mil vezes melhor. E mesmo sem saber como é aquele baile eu já escolhi a roupa perfeita mesmo sem ter usado ainda.

Bela -- Você bem que podia ter me esperado não? - questionei me encostando na porta do quarto da Lê e cruzando os braços, ela riu negando com a cabeça.

Lê -- Eu pagar de vela pra casal que não é casal? Nunca nenê. Eu sou a cebola que chora por tudo lembra? - brincou e eu concordei.

No início eu diria que esse apelido nunca daria certo a ela mais da forma que até eu sei que ela gosta do Di e eles nunca terão nada... É a Lê é uma cebola mesmo. Claro que até aparecer um daqueles galãs de novela lindos de tirar o fôlego de qualquer mulher e pedi a mão dela em casamento aí ela para de se lamentar pelo meu irmão.

Eu sei, eu estou sonhando alto. Mais não custa sonhar já que algum dia pode se realizar mesmo com as mínimas certezas de que sabemos ser impossível.

Bela -- Agora me conta como é esse tal baile da realeza. Se falou Máfia já sei que deve ser pessoas ruins ou algo assim.

Lê -- É um baile que a Máfia criou só pra pessoas que têm bastante condições de vida. A maioria dos convidados são donos de outros Morros e pessoas da Máfia deles conhecida. A Máfia é um grupo de pessoas que fazem de tudo pra terem o que querem e matam a sangue frio a qualquer custo e a qualquer problema. Mais claro que tem a Máfia boa e a Ruim e a do Antonini é a ruim. Mais temos que manter as aparências já que não queremos confronto com ele. - explicou e a minha cabeça rodou no nome do tal dono dessa Máfia.

Antonini? Eu tenho certeza que já havia ouvido esse nome fora do Morro e não era para o bem. Deixei passar já que não adiantaria tentar lembrar, a bebida havia feito um ótimo trabalho limpando a minha cabeça mais não a memória.

Lê -- Ou Bela tá me ouvindo ou tá dormindo? - questionou rindo e eu me aproximei me sentando na cama dela.

-- Não estava aqui pensando que eu já ouvi falar no nome desse homem e tenho certeza que não era bom. Mais não me lembro aonde foi... Esquece depois eu me lembro. Agora termina de contar.

Lê -- À única coisa que eles sempre pedem é uma dama como acompanhante de cada homem que tiver lá. Claro que não como a Ellys que quando o LP levou ela o Antonini foi a cortejar e ela jogou vinho na cara dele. - abri minha boca sem acreditar no que essa mulher fez e rimos juntas. -- Não se preocupe que o LP não irá deixar o Antonini chega perto de tu. Se ele fala que tu é dele, ninguém se aproxima a menos que tu aceite.

-- E se ele não falar? - perguntei nervosa.

Lê -- E se ele falar? Fica calma Bela tudo vai dar certo. Agora me ajuda com a roupa já que era tu que sempre ia a lugares assim. Entende de moda?

-- Eu? De moda? Querida você não me conhece mesmo. Eu amo moda. Eu vivo moda. Eu visto moda. Eu dou moda. E eu crio moda. - disse e saí desfilando até o meu quarto junto do LP, e a Lê me seguiu. -- Olha na minha mala tem vários vestidos de gala que eu nunca cheguei a usar, alguns até com etiquetas. Que eu vou preparar algo para hidratar os nossos cabelos.

Preparamos cremes e hidratados os cabelos depois lavamos. Fizemos as unhas uma das outras e foi uma sensação maravilhosa passar um tempo com ela. Faltava apenas vestir os nossos vestidos, quando escutamos tiros e ficamos assustadas. Eu mais já que a Lê estava bem mais acostumada com isso.

Lê -- Olha só se acalma Bela. Tu tá grávida e não pode ter aumento de pressão. Só... Só respira por favor. - concordei e puxei o ar várias e várias vezes soltando em seguida.