Não se Derruba um Lightwood Facilmente

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                Alec acordou meio tonto no meio da madrugada. Sentia-se perdido, sem saber onde estava, nem o que tinha acontecido. Com a visão meio borrada, piscava os olhos, tentando enxergar com mais nitidez. Clary estava do lado dele, sentada numa cadeira, com a cabeça encostada em seu próprio ombro.

                Alec olhou para o lado, e com a visão um pouco mais nítida, identificou a cunhada e a enfermaria do Instituto. Ela acordou ao ouvir alguns gemidos que foram emitidos pelo cunhado.

                – Alec? – Ela alongava o pescoço, que doía.

                – Clary? O que houve? – Ele ainda estava meio confuso.

                – Você foi atacado por dois Raum.

                – Agora me lembro. – Ele falou com dificuldade.

                – Você está bem? Precisa de algo?

                – Não. – Ele disse e virou a cabeça para o lado contrário da cunhada.

                – O que houve, Alec? Sente alguma dor?

                Não ouve resposta.

                Clary acomodou-se na cadeira, e ficou observando o cunhado. Após longos minutos ele disse:

                – Que irônica tem sido minha vida. – Fez-se silêncio por longos segundos. – Quando Jace te conheceu, eu disse a ele para tomar cuidado, pois uma runa para consertar um coração partido era muito mais dolorosa. – Ele voltou a fazer silêncio.

                – Você esperava que Magnus viesse? – Clary perguntou com cautela, mas o cunhado não respondeu.

*****

                – Jace! Jace! – Isabelle batia na porta do quarto do irmão, enquanto o chamava.

                – O que é? – Ele perguntou abrindo a porta, sem camisa.

                – Anda. Vamos ir ver o Alec.

                – Calma. – Ele disse, adentrando novamente o quarto para colocar uma camisa.

                – Estou preocupada – Ela disse encostando-se ao umbral da porta.

                – Se alguma coisa tivesse acontecido, Clary teria nos chamado.

                – Você está muito tranquilo, levando em consideração que ele é seu Parabatai.

                – Se alguma coisa estivesse muito errada, eu sentiria. – Ele disse expulsando Isabelle de onde ela estava e saindo do quarto.

                – Alec sempre foi um dos melhores. – Isabelle começou a dizer, enquanto caminhavam em direção à enfermaria. – Não acha estranho ele ter sido atacado por dois Raum?

                – Ele estava lutando sozinho com três demônios enquanto nós dois lutávamos com dois. Não vejo algo tão estranho assim.

                – Mas já lutamos com mais que cinco demônios e saímos ilesos.

                – Talvez ele estivesse preocupado com você. Sem falar que eu e ele lutamos separados e isso modifica nossa forma de lutar. Você sabe disso.

Aku Cinta KamuOnde histórias criam vida. Descubra agora